Remilia escreveu: Ah, gostaria que você saiba, Moisés i.i
Erros de português não são pérolas. .-.
Se postar como pérolas, serão muito sem graça, pois muita gente escreve errado(com abreviações), e acha isso normal i.i
Mas se for um erro mega grave, como em vez de falar "pérolas" fala "parabola" e ainda no lugar errado, ai sim merece um lugar nas pérolas xD
Mas... corrigir as pessoas por errinhos básicos de português é até um tanto que chato, pois algumas sabem que escreveram errado, mas é só um jeito de escrever mais rápido. ><'
Por favor Moisés, pare um pouco de corrigir o pessoal ;-;
E o Asuma não é só um moderador, é o Administrador :3
"Com Certeza" eu sei que corrigir os outros é chato pra caramba, mais abreviar "Com Certeza" não tem principio algum.
As duas palavras "Com Certeza" juntas formam 10 letras, com o espaço 11, já o "Concerteza" também tem 10 letras, só não tem o espaço, diria o mesmo sobre o "Naum" você aperta 4 teclas, mas se escrevesse corretamente "Não" também apertaria, por isso não vejo principio para abreviar tais palavras, tanto é que a palavra "Você" abreviada eu já vi até em redações, agora imaginem se isso se espalha?
Quem estiver com paciência, dá uma lida nesse texto, isso caiu em uma prova do concurso público do IBGE 2010.
AbreviadosNem faz tanto tempo assim, as pessoas diziam vosmecê. “Vosmecê concede a honra desta dança?” Com o tempo, fomos deixando a formalidade de lado e adotamos uma forma sincopada, o popular você. “Você quer ouvir uns discos lá em casa?” Parecia que as coisas ficariam por isso mesmo, mas o mundo, definitivamente, não se acomoda. Nesta onda de tornar tudo mais prático e funcional, as palavras começaram a perder algumas vogais pelo caminho e se transformaram em abreviaturas esdrúxulas, e você virou vc. “Vc q tc cmg?”
Nenhuma linguagem é estática, elas acompanham as exigências da época, ganham e perdem significados, mudam de função. Gírias, palavrões, nada se mantém os mesmos. Qual é o espanto? Espanto, aliás, já é palavra em desuso: ninguém mais se espanta com coisa alguma. No máximo, ficamos levemente surpreendidos, que é como fiquei quando soube que um dos canais do Telecine iria abrir um horário às terças-feiras para exibir filmes com legendas abreviadas, tal qual acontece nos chats. Uma estratégia mercadológica para conquistar a audiência mais jovem, naturalmente, mas e se a moda pegar? Hoje, são as legendas de um filme. Amanhã, poderá ser lançada uma revista toda escrita neste código, e depois quem sabe um livro, e de repente estará todo mundo ganhando tempo e escrevendo apenas com consoantes – adeus, vogais, fim de linha pra vocês. O receio de todo cronista é ficar datado, mas, em contrapartida, dizem que é importante este nosso registro do cotidiano, para que nossos descendentes saibam, um dia, o que se passava nesta nossa cabecinha jurássica. Posso imaginar, daqui a 50 anos, meus netos gargalhando diante deste meu texto: “ctd d w”. Coitada da vovó mesmo. Às vezes me sinto uma anciã, lamentando o quanto a vida está ficando miserável. Não se trata apenas dos miseráveis sem comida, sem teto e sem saúde, o que já é um descalabro, mas da nossa miséria opcional. Abreviamos sentimentos, abreviamos conversas, abreviamos convivência, abreviamos o ócio, fazemos tudo ligeiro, atropelando nosso amor-próprio, nosso discernimento, vivendo resumidamente, com flashes do que outrora se chamou arte, com uma ideia indistinta do que outrora se chamou liberdade. Todos espiam todos, sabem da
vida de todos, e não conhecem ninguém. Modernidade ou penúria? As vogais são apenas cinco. Perdê-las é uma metáfora. Cada dia abandonamos as poucas coisas em nós que são abertas e pronunciáveis.
Martha MedeirosAgora pensem...