Satomi observou a cena com receio. Ela não tinha escutado nada, mas a julgar pela reação de Ben e do contexto envolvendo a espada, pode deduzir que alguém estava tentando se comunicar com ele. Ao que Ben volta-se para ela, a musicista apenas dá de ombros. Ela não entendia muito da técnica e também não sabia o que esperar. Ela apenas decide ficar de atenta, pronta para reagir caso a arma tentasse mais alguma coisa.
Àquela altura, as feridas de Ben estavam um tanto longe de estarem 100% curadas, mas o sangramento e a dor haviam parado. Ele sentia que conseguiria se mover um pouco melhor sem que a ferida abrisse, mas ainda não poderia fazer nada de muito brusco.
Sendo assim, sua decisão final foi tocar no cabo imbuído por energia amaldiçoada.
Imediatamente perdeu qualquer contato com seu corpo físico. Não sabia do estado dele e nem do que mais acontecia do lado de fora. Se viu em uma imensa escuridão, cuja placidez não durou muito. Começou a cair. Caiu por um longo tempo até finalmente atingir dolorosamente o que parecia ser um chão de madeira. Não demorou a reconhecer a sala do prof. Salieri.
Enfileirados estavam o prof. Salieri, sua escrivaninha com a mesma lâmina que Ben lutara e aquele que certamente deveria ser o prof. Nodart.
- Você não entende, Nodart, dessa vez realmente consegui - Salieri balançava as mãos de forma desesperada - Esse é o instrumento supremo. Com isso nossas habilidades musicais progredirão anos, senão décadas! - ele bateu sua mão sobre a mesa, desarrumando a já caótica e incomum partitura circular ao redor do ponto de cravamento da espada.
- Não, Salieri, é você quem não entende - dignamente, Nodart viraria a face, elevando a palma da mão - Esse não é o jeito certo de aprimorar as nossas habilidades musicais. Não passa de um atalho. Treinamento e esforço é que… - voltaria a olhar nos olhos do seu colega, bastante sério.
- Treinamento e esforço… - indignado, Salieri interromperia aparentemente indignado - Vindo de um gênio natural… - Salieri pareceu ficar bastante irritado - Nós, pessoas normais e não abençoadas por Deus nem sempre podemos nos dar a esse luxo - novamente bateria as mãos apoiadas na escrivaninha - Há limites que só esforço e trabalho duro não quebram! - quase bradaria, bastante irado por dentro.
Benjamin pode sentir o arrependimento vindo de Nodart. Não queria machucar seu amigo ou que ele se sentisse mal. Salieri, por sua vez, apenas estava irritado com o fato de que seu amigo não conseguia entender seu ponto de vista. Nodart, talvez no fundo reconhecesse essa possibilidade de não entender exatamente o que era ser uma pessoa sem talentos musicais desde a infância. No entanto, Salieri e Nodart não eram os únicos seres que pareciam sentir ali. Diante da raiva de Salieri, a lâmina inesperadamente começou a ressoar. Era como se a raiva emitisse uma frequência, imediatamente captada pela lâmina especial feita com otojujutsu. Ambos deram um passo atrás, mas era tarde demais. Flutuando e tomando os desejos de seu mestre, ainda que fossem só da boca para fora, a espada afundou-se no peito de Nodart.
Ao que banhou-se no sangue do coração de Amadeo, a aura amaldiçoada da espada subitamente pareceu estabilizar-se. Até então, parecia uma simples arma inanimada. No entanto, com aquela morte havia a forma flamejante negra que Benjamin reconhecia de sua luta anterior.
Por muitos minutos, Salieri permaneceu completamente em choque com o que havia acontecido. Era culpa sua. Tudo culpa sua. Se não tivesse inventado aquela coisa para começo de conversa nada daquilo teria acontecido. Mas… E agora? O que fazer? Salieri entrou em desespero. O que fazer a não ser sumir com o corpo? Não. Tinha que controlar seus pensamentos. Não queria privar seu colega até mesmo de um velório digno.
Cuidadosamente sacando a arma do peito de seu colega, só conseguia pensar em como queria que a arma sumisse. Naturalmente, apesar de ter controlado seus pensamentos anteriormente, deixou esse escapar. A espada subitamente reagiu: como se tivesse vida própria, começou a voar para fora da sala. Vibrando, totalmente embedida em chakra sonoro, a lâmina desapareceu em pleno ar. Salieri, no entanto, em seu desespero parecia conseguir vê-la de alguma forma. A lâmina saiu pela porta aberta, sendo seguida por Salieri às pressas.
O cenário, apesar de seu aspecto claramente mental, parecia bastante livre para o garoto. Restava a ele escolher o que fazer. Seguir o professor? Investigar o que pareciam ser as memórias de alguém?
Ação Livre para @Ben Ikneg
Àquela altura, as feridas de Ben estavam um tanto longe de estarem 100% curadas, mas o sangramento e a dor haviam parado. Ele sentia que conseguiria se mover um pouco melhor sem que a ferida abrisse, mas ainda não poderia fazer nada de muito brusco.
Sendo assim, sua decisão final foi tocar no cabo imbuído por energia amaldiçoada.
Imediatamente perdeu qualquer contato com seu corpo físico. Não sabia do estado dele e nem do que mais acontecia do lado de fora. Se viu em uma imensa escuridão, cuja placidez não durou muito. Começou a cair. Caiu por um longo tempo até finalmente atingir dolorosamente o que parecia ser um chão de madeira. Não demorou a reconhecer a sala do prof. Salieri.
音隠れの里の音楽先生 Otogakure no Sato no Ongaku Sensei
Professor de Música da Vila Oculta do Som

Antonio Salieri
-x-
呪剣 Juken
Lâmina Amaldiçoada

音叉の刃 Onsa no Yaiba
Lâmina Diapasão
-x-
音隠れの里の音楽天才 Otogakure no Sato no Ongaku Tensai
Gênio da Música da Vila Oculta do Som

Amadeo Nodart
Professor de Música da Vila Oculta do Som

Antonio Salieri
-x-
呪剣 Juken
Lâmina Amaldiçoada

音叉の刃 Onsa no Yaiba
Lâmina Diapasão
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音隠れの里の音楽天才 Otogakure no Sato no Ongaku Tensai
Gênio da Música da Vila Oculta do Som

Amadeo Nodart
Enfileirados estavam o prof. Salieri, sua escrivaninha com a mesma lâmina que Ben lutara e aquele que certamente deveria ser o prof. Nodart.
- Você não entende, Nodart, dessa vez realmente consegui - Salieri balançava as mãos de forma desesperada - Esse é o instrumento supremo. Com isso nossas habilidades musicais progredirão anos, senão décadas! - ele bateu sua mão sobre a mesa, desarrumando a já caótica e incomum partitura circular ao redor do ponto de cravamento da espada.
- Não, Salieri, é você quem não entende - dignamente, Nodart viraria a face, elevando a palma da mão - Esse não é o jeito certo de aprimorar as nossas habilidades musicais. Não passa de um atalho. Treinamento e esforço é que… - voltaria a olhar nos olhos do seu colega, bastante sério.
- Treinamento e esforço… - indignado, Salieri interromperia aparentemente indignado - Vindo de um gênio natural… - Salieri pareceu ficar bastante irritado - Nós, pessoas normais e não abençoadas por Deus nem sempre podemos nos dar a esse luxo - novamente bateria as mãos apoiadas na escrivaninha - Há limites que só esforço e trabalho duro não quebram! - quase bradaria, bastante irado por dentro.
Benjamin pode sentir o arrependimento vindo de Nodart. Não queria machucar seu amigo ou que ele se sentisse mal. Salieri, por sua vez, apenas estava irritado com o fato de que seu amigo não conseguia entender seu ponto de vista. Nodart, talvez no fundo reconhecesse essa possibilidade de não entender exatamente o que era ser uma pessoa sem talentos musicais desde a infância. No entanto, Salieri e Nodart não eram os únicos seres que pareciam sentir ali. Diante da raiva de Salieri, a lâmina inesperadamente começou a ressoar. Era como se a raiva emitisse uma frequência, imediatamente captada pela lâmina especial feita com otojujutsu. Ambos deram um passo atrás, mas era tarde demais. Flutuando e tomando os desejos de seu mestre, ainda que fossem só da boca para fora, a espada afundou-se no peito de Nodart.
Ao que banhou-se no sangue do coração de Amadeo, a aura amaldiçoada da espada subitamente pareceu estabilizar-se. Até então, parecia uma simples arma inanimada. No entanto, com aquela morte havia a forma flamejante negra que Benjamin reconhecia de sua luta anterior.
Por muitos minutos, Salieri permaneceu completamente em choque com o que havia acontecido. Era culpa sua. Tudo culpa sua. Se não tivesse inventado aquela coisa para começo de conversa nada daquilo teria acontecido. Mas… E agora? O que fazer? Salieri entrou em desespero. O que fazer a não ser sumir com o corpo? Não. Tinha que controlar seus pensamentos. Não queria privar seu colega até mesmo de um velório digno.
Cuidadosamente sacando a arma do peito de seu colega, só conseguia pensar em como queria que a arma sumisse. Naturalmente, apesar de ter controlado seus pensamentos anteriormente, deixou esse escapar. A espada subitamente reagiu: como se tivesse vida própria, começou a voar para fora da sala. Vibrando, totalmente embedida em chakra sonoro, a lâmina desapareceu em pleno ar. Salieri, no entanto, em seu desespero parecia conseguir vê-la de alguma forma. A lâmina saiu pela porta aberta, sendo seguida por Salieri às pressas.
O cenário, apesar de seu aspecto claramente mental, parecia bastante livre para o garoto. Restava a ele escolher o que fazer. Seguir o professor? Investigar o que pareciam ser as memórias de alguém?
Ação Livre para @Ben Ikneg