Algum governante já se importou de verdade com o Brasil?

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Talvez os do passado, como JK.
Odeio política

Acho que o que chega mais perto é o Dom Pedro II.

Na prática, Vargas foi o estadista que mais mudou o país, instaurando uma série de benefícios para os trabalhadores urbanos (a CLT foi a maior delas) e uma rápida industrialização (uma das maiores da história, ainda que seja ridiculamente baixa pras dimensões continentais do Brasil), que fortaleceu o país e deu alguma autonomia produtiva (além dos produtos primários, e principalmente as commodities), que antes era virtualmente inexistente. O mesmo era conhecido como "pai" dos pobres, mas também a "mãe" dos ricos... além de suas conquistas políticas terem demorado horrores para chegar aos trabalhadores do campo. (Aliás, em muitos lugares ainda não chegaram... Vide a quantidade de trabalho análogo a escravidão que existe no norte/nordeste... Porém, isso é um problema mundial, não é algo só nosso...)

Em teoria, Jango (João Goulart) seria o mais próximo de um presidente "perfeito", dada suas ações pra tentar erradicar as desigualdades sociais no país. Uma delas seria uma reforma agrária, que foi uma das falhas políticas de Vargas de não tentar abordar o assunto. Essas mudanças abalariam radicalmente as estruturas do poder, principalmente as regionais (latifundiários em maioria); o que acabou não acontecendo. Os mesmos problemas ainda perpetuam, ainda que tenham diminuído significativamente. (mas muito longe do "ideal")

Ambos não eram santos na terra; aliás, nunca vai existir estadista nenhum perfeito, em lugar nenhum do mundo... Ainda mais aqui. Na política não existem amizades, e sim interesses.

Última edição por Ice Ice Baby em 4/5/2020, 17:49, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Correção)

Apesar dos bons posts, é um pouco evidente que não adianta alguém se importar com o Brasil.

Porque há uma divisão dos poderes. Ou seja, o presidente fala uma coisa, os partidos querem outra, as emissoras - que parece que no Brasil formam um poder - querem seus benefícios, as empresas querem outra.

Aí mesmo que um presidente queira, por exemplo, desenvolver o Brasil teria que dar de frente com partido pedindo negociação; com emissoras querendo dinheiro público; com grandes empresas não querendo vir ao Brasil; com centenas de milhares de funcionários públicos/comissionados/concursados ganhando muito acima do salário mínimo; com um povo sem opinião própria que faz o que a TV fala para fazer.

Ou seja, ele pode nascer com a bandeira do Brasil pendurada no pescoço que não resolverá sozinho.