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[ Lemonade ] — Tópico visual  Screen36

[...] Okay, okay, ladies, now let's get in formation, cause I slay
You just might be a black Bill Gates in the making [...]

6 de fevereiro de 2016. Já se faz um ano desde que Beyoncé com seu segundo álbum visual, intitulado como "Lemonade" foi lançado. Relembre seu marco histórico na industria musical, e principalmente no âmbito social, no qual foi a grande proposta desse seu álbum mais intimista.


Formation é uma música da cantora Beyoncé para seu sexto disco solo de estúdio, intitulado Lemonade. A canção foi lançada em 6 de Fevereiro de 2016 exclusivamente pelo serviço de streaming TIDAL junto com o clipe (que também foi disponibilizado no canal pessoal da cantora no YouTube), e um dia antes da performance especial de Queen B no show de intervalo da banda Coldplay no Super Bowl. Tanto o conteúdo lírico da música, quanto os visuais do clipe e da performance causaram grande controvérsia e muito debate na mídia, se tornando uma das músicas mais comentadas e repercutidas do ano (se não a mais). Confira o vídeo abaixo:

Liricamente, 'Formation' é uma canção sobre empoderamento racial, o que fica claro em versos como "I like my baby hair with baby hair and afros. I like my negro nose with Jackson 5 nostrils". Também é sobre empoderamento feminino, quando Beyoncé convoca as mulheres (negras) a entrarem em formação: "Ok ladies now let's get in formation". No decorrer da canção, Beyoncé ainda se direciona à rumores e ícones populares, como a teoria de conspiração dos illuminatis, o restaurante Red Lobster e o empresário Bill Gates.

O vídeo, por sua vez, contém referências mais pesadas. O clipe começa com Queen B em cima de uma viatura de polícia numa região inundada. A região em questão é a cidade de New Orleans, um dos locais que foi devastado pelo furacão Katrina em 2005 em que na época o governo do então presidente George W Bush foi acusado de abandonar a região, onde as equipes de resgate foram reduzidas e as pessoas mais pobres da área ficaram sem apoio. Milhares de famílias foram para o estádio do Superdome da Luisiana e ficaram abandonadas por lá.

Essa pouca importância dada pelo Bush ao desastre do furacão Katrina levou algumas pessoas a questionarem se isso aconteceu por ser uma região predominante de pessoas negras e pobres. No clipe é possível conferir uma interpolação falada de Messy Mya, um YouTuber negro e gay, que foi assassinado pela polícia em 2010. No vídeo, podemos ouvir ele dizendo 'What happened after New Orleans?', fazendo novamente referência a cidade traumatizada pelo furacão e descaso do governo. Temos ainda outra interpolação com o rapper Big Freddia, negro, gay, e que nasceu na mesma cidade em questão, dizendo 'I came to slay, bitch'.
[ Lemonade ] — Tópico visual  Sem_ty44
Hoje na História: 2005 - Furacão Katrina devasta Nova Orleans :


Posteriormente, o clipe mostra imagens de Martin Luther King, ativista negro mais popular e influente da história da América, além de um menino dançando em frente a um paredão de policiais e ao lado de uma parede com a seguinte mensagem: 'Stop shooting us', fazendo referência ao genocídio da população negra nos Estados Unidos e ao BlackLivesMatter.

Beyoncé e suas dançarinas também aparecem no clipe fazendo analogia com as mulheres ricas e brancas (as famosas sinhás) do século 19. Esse trecho traz referencia a famosa Guerra Civil Americana que terminou em 1865, uma guerra entre o Norte (abolicionista)e o Sul (escravista), sendo assim um dos episódios mais sangrentos da história do US. O vídeo é protagonizado por pessoas negras, que muitos dos que participaram do vídeo são pessoas comuns e moradores de New Orleans até hoje.
[ Lemonade ] — Tópico visual  Tumblr12

Outras criticas podem ser vistas na música, como quando ela se direciona ao empoderamento negro, ao fazer criticas aos comentários racistas já produzidos, tanto contra sua família quanto a demais artistas:

• Cabelo da Blue
[ Lemonade ] — Tópico visual  Blue-Ivy-Formation81aaf
Quem não lembra quando os primeiros flagras de Blue Ivy começaram a surgir na internet? E ainda que não lembra dos comentários feitos na epoca? De que a Beyoncé não penteava o cabelo da Blue, que a Beyoncé não arrumava o cabelo da filha e deixa a garotinha aparecer com “aquele cabelo horrivel”. Os comentários eram tão maldosos que surgiram até memes (Vá pentear seu cabelo) e petições mas quem disse que a Beyoncé liga? O cabelo crespo/afro é lindo e ela deixa claro que gosta da Blue assim

• Nariz
[ Lemonade ] — Tópico visual  Tumblr_o25ac8q2gi1rgqb8fo1_250
Há referencia aos Jackson 5, grupo formado pelos irmãos Jackson que sofreram racismo por conta de seus narizes. Michael Jackson em vida contou vários episódios de racismo já sofrido. Tal trecho da música pode ser também encarado abertamente, já que tal caso não se limita a família Jackson, como por exemplo o Jay-Z, marido de Beyoncé que já sofreu ataques racistas por contas de suas narinas.

• Black Bill Gates
[ Lemonade ] — Tópico visual  Beyonc10
Bill Gates não somente referência quando o assunto se diz respeito a fortunas acumulada, como também solidariedade. O executivo não poupa esforços para causas nobres, onde de acordo com a Bloomberg, Bill Gates, sozinho, já doou US$ 28 bilhões para a B&MGF, que é tida como a maior fundação privada em operação no mundo.

Beyoncé nos trechos "You just might be a black Bill Gates in the making" & "I just might be a black Bill Gates in the making" Procura estimular pessoas a apoiarem o movimento negro, assim como a mesma junto de seu marido já fazem através de doações, como por exemplo. O Tidal (empresa do casal) doou cerca de 1,5 milhão de dólares para a fundação Black Lives Matters. Tal trecho pode ser interpretado também como referência ao poder da Beyoncé como personalidade americana.


Vale ressaltar que o single 'Formation' foi lançado no dia 6 de fevereiro, um dia após o aniversário de Trayvon Martin, um garoto de 17 anos que foi assassinado pelo vigia comunitário George Zimmerman com tiros. Trayvon estava desarmado e morreu na hora, Zimmerman foi acusado de crime de ódio racial mas foi absolvido com alegação que o tiro foi em legitima defesa. Com isso foram realizados protestos em todo os Estados Unidos, inclusive a própria Beyoncé foi a uma passeata em Nova York.
[ Lemonade ] — Tópico visual  Jay-z-10
Se o clipe não fosse o suficiente pra causar muita euforia entre os fãs e a mídia, Queen B ainda performou a canção no dia seguinte ao lançamento no show de intervalo do Super Bowl, roubando completamente o espetáculo das mãos de Coldplay e sendo a artista mais comentada do evento. Bey aproveitou a oportunidade para fazer outra referência importante a cultura negra: as Panteras Negras. Com sua equipe de dança completamente vestida como as Black Panthers, Queen B cantou os versos polêmicos e dançou sua rotina de coreografias.  

Partido dos Panteras Negras :

Assista à performance abaixo:

A performance foi ainda mais debatida e criticada na mídia que o clipe em si, e ocorreu justamente durante o mês da consciência negra nos Estados Unidos. De acordo com o LA Times, a performance de Beyoncé foi o ato mais negro e visualmente provocante de toda a história do evento. O Super Bowl é o programa televisivo mais assistido em todo mundo, tendo mais de 100 milhões de espectadores. O evento tende a ser politicamente neutro, então o ativismo negro de Beyoncé escancarado para todas as TVs da América não agradou a ala conservadora da sociedade americana, que acusou Bey de transmitir uma mensagem anti-policial em sua música/vídeo/performance.

A cantora foi alvo de críticas de apresentadores da Fox News, que acharam desnecessário a artista usar o espaço para "se vestir fazendo tributo às Panteras Negras" e mencionar "o movimento Black Lives Matter", adicionando que foi o show mais controverso da história do Super Bowl. O ex-prefeito norte-americano Rudy Giuliani aparentemente chamou a performance de "ridícula" e disse: "Isso é futebol, não Hollywood. Acho que foi realmente ultrajante ela usar a plataforma para atacar policiais”. Tomi Lahren, uma comentarista política e conservadora que apresenta o programa "Tomi" para o canal TheBlaze, também atacou Beyoncé, dizendo que "agora o Super Bowl virou uma forma de politizar e alavancar a ideia de que as vidas dos negros valem mais [que as dos brancos]”. A apresentadora Wendy Williams comentou sobre o caso em seu programa, defendendo Beyoncé, dizendo não entender os ataques virtuais que Queen B estava sofrendo e que ser negro e orgulhoso disso não é ofensivo. Confira os vídeos abaixo:
Spoiler :

A hashtag "BoycottBeyonce" explodiu nas redes, com os usuários pedindo para os estádios cancelarem os shows da turnê de Queen B, para as pessoas não comprarem seus CDs e um grupo anônimo planejou uma manifestação contra a cantora em frente à NFL para o dia 16 de fevereiro, mesmo dia em que os ingressos para a Formation World Tour começariam a ser vendidos. Ironicamente, apenas fãs da Beyoncé apareceram na manifestação em defesa da cantora, dessa forma, o que era pra ser um "anti-Beyoncé Protest", acabou virando um “anti-anti-Beyoncé Protest”, como chamaram o acontecimento na época, ou seja, uma manifestação contra os haters da cantora:

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A reação do público americano foi tão assídua ao manifesto político-social de Queen B que o programa humorístico Saturday Night Live lançou um esquete onde reproduziam com muito humor a resposta dos americanos à música da cantora, nomeando o quadro como "O dia em que Beyoncé virou negra". Confira o vídeo abaixo:

E não foi só pessoas comuns que se revoltaram com a música de Queen B. Em Nashville, nos Estados Unidos, o chefe de polícia da cidade incentivou outros policiais a não trabalharem voluntariamente para cobrir a segurança do show de Beyoncé na cidade devido a sua mensagem "anti-policial". O espetáculo teve que ser adiado por conta disso. Algo semelhante aconteceu em Miami e em Tampa.

No Canadá, um conselheiro do ministro tentou impedir que Beyoncé se apresentasse no país por sua mensagem anti-policial, sugerindo que o ministro da imigração investigue Queen B, banindo seu visto. Felizmente as tentativas não deram em nada e Queen B se apresentou com a Formation World Tour lá com vários shows esgotados.
[ Lemonade ] — Tópico visual  Screen24

O impacto da música foi tanto que chegou à política literalmente: Em um debate presidencial promovido pela CNN, com a candidata à presidência Hillary Clinton, o entrevistador perguntou a opinião da candidata sobre a performance de Beyoncé no Super Bowl, adicionando que "a cantora irritou muitas pessoas da comunidade policial, que se sentiram atacadas". Hillary prontamente respondeu apoiando à cantora, dizendo que "temos muitos policiais honestos que merecem todo o respeito, porém há problemas sim no sistema criminal de justiça e não podemos ignorar isso", fazendo referência às mortes dos jovens negros. Veja um pedaço do debate abaixo:

Em outra ocasião, a governadora Betsy McCaughey que apoia a candidatura de Trump chegou a atacar Hillary usando a música Formation como desculpa. Na entrevista, a governadora defende o linguajar desrespeitoso de Donald em um vídeo vazado na internet onde ele diz absurdos a respeito das mulheres, afirmando que Hillary se diz abismada com o linguajar de Trump, porém adora músicas como 'I came to slay, bitch. When he f-ed me good I take his ass to Red Lobster'. Sim, a governadora disse esses versos ao vivo numa entrevista de TV em horário nobre. Mediante a essa declaração, a conta no facebook da governadora foi atacada por fãs da Beyoncé com constantes emojis de abelhas e críticas a sua absurda comparação entre as barbaridades de Donald Trump e uma música de empoderamento da Queen B. Posteriormente, a governadora teve que excluir sua conta na rede social para evitar os ataques. Veja o vídeo a seguir:
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Beyoncé, como boa empresária que é, transformou toda essa negatividade em MARKETING, lançando blusas com a mensagem "BoycottBeyonce" escrita, fazendo ironia com a reação das pessoas à sua mensagem de empoderamento. Além disso, a citação da rede de restaurante Red Lobster fez as vendas deles aumentarem em 33%, e segundo a própria agente de relações públicas da rede, "está claro que Beyoncé que contribuiu para isso. Essa é a prova do poder da cultura pop nos negócios". Não satisfeitos, a rede ainda lançou uma camisa com a mensagem "Someone's thinks I'm #LobsterWorthy" ["Alguém pensa que eu sou "DignoDeSerLevadoAoRedLobster", em tradução livre], fazendo referência à música e ganhando mais dinheiro em cima de Beyoncé. O serviço de streaming Tidal também teve um grande impulso após a exclusividade de Formation na plataforma, alavancando o número de assinantes. A mídia na época reportou que "Beyoncé pode ter acabado de salvar o Tidal".
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E nem tudo foi negativo, muito pelo contrário. Com essa música Beyoncé adquiriu a mesma quantidade de haters que de novos partidários, e seus antigos fãs se tornaram ainda mais orgulhosos e defensores de sua diva. Muitos veículos de mídia defenderam a importância da mensagem de Queen B, inclusive muitos artistas que demonstraram isso nas redes. Veja alguns abaixo:
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Um episódio interessante foi quando a atriz Viola Davis, que interpreta a personagem Annalise Keating na série 'How to get Away with Murder', deu uma entrevista no programa da apresentadora Ellen DeGeneres. Lá ela contou que sua filha de 6 anos é obcecada com a Beyoncé e que a mesma surtou quando lhe foi negado o pedido de comparecer aos shows de Formation World Tour, adicionando que sua filha disse: "Você não sabe o que o ‘Lemonade' significa pra mim. Você não sabe o que Beyoncé significa pra minha vida". Veja o vídeo abaixo:

Em outra ocasião, a atriz e comediante Loni Love, que é uma das anfitriãs do programa The Real do canal Fox, saiu em defesa de Beyoncé e da mensagem de Formation também, numa declaração emocionada e aos prantos, disse que "muitas mulheres negras se sentem colocadas de lado, inferiorizadas, e Beyoncé chegou e deu a elas poder. Quando Beyoncé entrou no Super Bowl, marchando com aquela roupa, e em cima do carro de polícia no vídeo [de Formation], ela estava se sentindo muito bem. Eu acho que Beyoncé não percebe o poder que ela deu a esse grupo de mulheres", disse ela com lágrimas nos olhos. Veja o vídeo abaixo:

E não parou no território norte-americano não, a repercussão da música chegou até o Brasil. A atriz Taís Araujo foi perguntada sobre a polêmica de Formation e a comparação que o jornal britânico The Guardian fez entre Beyoncé e Jay Z e ela [Taís] e Lázaro Ramos. Taís respondeu que "achou genial o posicionamento dela [Beyoncé com Formation], absolutamente corajoso", dizendo ser uma grande fã. Já as cantoras Karol Conka e MC Carol deram uma entrevista sobre racismo e violência policial no Brasil. No decorrer da entrevista, a música Delação Premiada de MC Carol foi comparada a Formation, e o entrevistador perguntou por que é tão difícil para as pessoas falarem desse assunto. MC Carol prontamente respondeu que "é perigoso", o que fica nítido quando analisamos os boicotes e reações negativas do público à Formation. Karol Conka continuou, dizendo que "Beyoncé não falou sobre racismo antes exatamente por esse perigo, ela esperou acumular bastante poder para não acontecer o que aconteceu com Nina Simone que não foi compreendida, hoje não adianta tentar boicotar a Beyoncé [devido ao seu poder]".
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O ativista DeRay McKesson, do Black Lives Matter, destacou a importância de Beyoncé para o movimento negro em entrevista a Pitchfork, adicionando que ela "usou sua plataforma pública para expressar seu amor e apreciação à negritude, especialmente como uma mulher negra". A co-fundadora do movimento, Alicia Garza, enalteceu Queen B como "uma especialista em encorajar algumas de nós mulheres negras a amar nós mesmas, exatamente como nós somos, e um pouco mais" e ainda disse "Bem-vinda ao movimento".
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A representatividade de Beyoncé para o movimento negro foi tão importante que virou até tema em uma faculdade no Texas, terra natal de Queen B. A descrição do curso foi a seguinte:
"O projeto audiovisual 2016 de Beyoncé Knowles, Lemonade, tornou-se um movimento. O Professor Harry M. Benshoff, um estudioso de cinema na Universidade do Norte do Texas, proclama que Beyoncé colocou o mundo inteiro para assistir um filme vanguarda de 55 minutos. Lemonade é uma meditação sobre a feminilidade negra contemporânea. O objetivo da classe é explorar os quadros teóricos, históricos e literários do feminismo negro, que são apresentados proeminente em Lemonade. Usaremos LEMONADE como ponto de partida para examinar as questões socioculturais que são mais proeminente na feminilidade negra através da teoria feminista negra na literatura, música e cinema."

O Museu de Arte de New Bedford, nos Estados Unidos, fizeram em novembro uma exibição gratuita do filme Lemonade, que foi seguida por uma discussão sobre os temas contemporâneos presentes no filme, o que prova que o buzz em torno da era ainda não tinha acabado no fim do ano.
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A Faculdade de Oxford inseriu a palavra "Bama" que faz parte da composição da canção de Formation (e que significa algo como caipira, referente a quem vem de alabama, interior do país, pessoas rústicas) em seu dicionário, adicionando que a expressão, que antes era local, teve grande proeminência e destaque a nível global por conta de Formation, e por isso a nova edição do dicionário de inglês de Oxford conterá a palavra.

Em dezembro de 2016, o Google liberou as palavras mais pesquisadas do ano, e para surpresa de todos (ou não) Formation foi a canção mais jogada no Google durante o ano de 2016, vencendo os maiores hits do ano como One Dance e Hello, e até mesmo os maiores virais como Black Beatles e Panda. O mesmo aconteceu no Instagram, com Formation sendo a música mais comentada na rede social de acordo com dados baseados em legendas, comentários e fotos. Beyoncé também foi a artista mais pesquisada na plataforma do Google e no Tumblr.
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Um mercado nos Estados Unidos também entrou na onda e fez um trocadilho com a letra da música, substituindo "bag" por "bowl", que significa tigela, se referindo a seção de pimentas do estabelecimento:
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A popularidade de Formation foi tão grande que é possível ver diversos vídeos de covers, paródias etc na internet. Inclusive de policiais que apoiaram o manifesto de Beyoncé, professoras que usaram da música para ensinarem seus alunos, e até ensaios fotográficos de casamentos inspirados nos visuais do clipe. Segue abaixo alguns:
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E o impacto cultural continuou até o Halloween, onde o vestuário do clipe de Formation e da performance no Super Bowl se tornaram os mais copiados do ano, por inclusive algumas celebridades:
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Em setembro de 2016, a revista norte-americana The Roots, criada em 2008 para enaltecer a cultura afro-americana, colocou Beyoncé no topo de sua lista anual de "Os 100 afro-americanos mais influentes" dizendo que Queen B foi responsável pelo "momento cultural, movimentos sociais e ideias mais significantes do ano". A TIME também incluiu Beyoncé em sua lista anual de pessoas mais influentes do ano, sendo Queen B a única artista da lista no meio de presidentes, políticos e empresários. Eles adicionaram que, a partir do momento que Formation foi lançada, o Lemonade já era um fenômeno.

Vanity Fair também elegeu Beyoncé como o #10 ícone cultural mais poderoso de 2016, sendo a única cantora da lista repleta de empresários das empresas mais importantes do mundo, como Facebook, Disney, Apple, entre outras.
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Já em 2017, tivemos dois acontecimentos que nos levaram de volta ao impacto de Formation. Primeiro, tivemos a Women's March (Marcha das mulheres), uma manifestação a nível mundial contra o Donald Trump e a favor de mais legislações sobre os direitos humanos. No protesto, mais uma vez, Formation foi figurinha repetida entre as mulheres, carregando cartazes com letras da música e até de outras canções do Lemonade.
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Como se isso não fosse o suficiente, a Marvel lançou no final de janeiro de 2017 um quadrinho de uma heroína latina e homossexual com os visuais inspirado no estilo de Beyoncé em Formation. Um claro manifesto anti-Trump usufruindo da imagem política e mensagem de Formation:
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Surpreendentemente, a música obteve sucesso considerável nos charts. E qual seria a surpresa numa música polêmica e repercutida fazer sucesso? Beyoncé por algum motivo decidiu boicotar a música para todas as plataformas, não disponibilizando a música para download no iTunes durante o lançamento, bloqueando o vídeo no YouTube (o que evitou que a música debutasse na Hot 100 na época pois a Billboard não contabiliza vídeos com funções desativadas) e não enviando a canção para as rádios. Mesmo assim, Formation conseguiu alcançar o Top 40 das rádios americanas com pico de audiência de 45M, mais do que muitos singles oficiais e enviados as rádios de muitas divas. E as rádios tocavam a música porque só se falava disso na época, e havia muitos pedidos. Tudo isso fez com que a música se tornasse o maior debut de toda a carreira da Beyoncé no chart Billboard R&B/Hip-Hop Airplay, que contabiliza apenas as músicas do gênero mais tocadas nas rádios do US, tendo mais de 16 milhões de audiência só na primeira semana com 88 estações de rádios a apoiando. Billboard ainda destacou na matéria o fato da música não ter sido oficialmente promovida às rádios pela gravadora de Beyoncé, Columbia, o que torna este feito ainda mais impressionante:
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Quando foi finalmente lançada no iTunes, em 25 de abril de 2016, ou seja, 2 meses e 20 dias após o lançamento para download gratuito no Tidal, ninguém esperava um grande desempenho depois de tanto tempo em estado de gratuidade, mas a música chocou novamente e foi direto para o topo de iTunes US, UK e diversos outros países, figurando o topo do iTunes US e WW por mais de 1 semana. A música debutou com +174 mil downloads pagos no US, em apenas 3 dias e meio de contagem, ou seja, metade de uma semana, e mesmo assim conseguiu o título de maior debut feminino do ano de 2016 no US. O resultado disso foi um debut na posição #10 na Hot 100, se tornando o maior debut da carreira de Beyoncé nesse chart e o primeiro single Top 10 solo desde Sweet Dreams, em 2009. Estima-se que as vendas totais no território americano atualmente estejam aproximadamente na casa dos 900 mil, sendo uma das músicas mais vendidas do ano.

Os críticos musicais também tomaram uma posição partidária à canção, sendo eleita:

Melhor música do ano pela TIME, Rolling Stone, Pretty Much Magazine, Idolator, Complex, Entertainment Weekly, Entertainment Tonight, The Washington Post, NPR, Pop Matters, Paste Magazine e Fuse TV

Segunda melhor música do ano pela Spin e Billboard, e Top 10 em praticamente todas as listas que saíram neste ano

Melhor vídeo do ano pela Vulture, V Magazine, Complex e Grindr

Dessa forma, Formation se tornou também a música mais aclamada de 2016, com os críticos enaltecendo a produção marchante e as batidas hipnóticas, e a convocação à luta e ao amor próprio em sua composição, se tornando talvez a canção mais aclamadas de toda a carreira de Beyoncé.

1 ÁLBUM
12 FAIXAS
+ – 10 SAMPLES
5 SINGLES
70 COLABORADORES
2,9 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS


Com isso, Beyoncé se tornou a primeira artista da história da parada a estrear seus seis primeiros álbuns (solo) na liderança do ranking. Ela também se tornou a primeira mulher a colocar 12 músicas de uma vez na Billboard Hot 100: ou seja, todas as faixas do disco. Só na semana de lançamento, foram 115 milhões de streams no Tidal – onde ficou com exclusividade.
[ Lemonade ] — Tópico visual  Bey611

Com participações de Jack White, The Weeknd, James Blake e Kendrick Lamar, o álbum chamou a atenção pela temática sociopolítica, sublinhada na parte visual. O chamado "conceitual" não impediu sua popularidade. "Lemonade" recebeu certificados de platina dupla no Brasil e na Colômbia, platina nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Austrália, no Canadá e na Holanda, e ouro na Bélgica, Nova Zelândia e Polônia. O disco também rendeu uma turnê de estádios de 49 shows, que vendeu mais de 2,2 milhões de ingressos e faturou US$ 256 milhões de bilheteria. Foi a segunda turnê de 2016 mais bem sucedida comercialmente, e uma das 20 de maior faturamento da história.

Além disso, "Lemonade "abocanhou a maioria dos prêmios. Só ao Grammy, foram nove indicações. Beyoncé concorreu como melhor performance pop, rock e rap de uma vez. Levou os prêmios de melhor álbum urbano contemporâneo e melhor clipe, por "Formation". Mas Adele, vencedora da categoria álbum do ano, achou que Beyoncé também era merecedora e quebrou seu troféu para uma divisão simbólica. No VMA, Beyoncé foi indicada, de uma só vez, a 11 categorias e levou oito troféus para casa, tornando-se a maior vencedora de todos os tempos (24 VMAs), superando a Rainha do Pop Madonna (que tem 20 VMAs).

2 GRAMMYS
8 VMAS
3 BET AWADS
4 SOUL TRAIN AWARDS


A estreia na HBO levou "Lemonade" a receber quatro indicações ao Emmy Awards, maior premiação da TV americana. Falando em televisão, aliás, essa "era" também gerou performances ímpares: no BET Awards, no VMA, no CMA Awards e no Grammy, gravidíssima de gêmeos.


















Créditos: Pandlr & POPline

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Ficou ótimo, @Rodrigo Gouveia!!
Parabéns pelo trabalho <3

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@Darui escreveu:
Ficou ótimo, Rodrigo Gouveia!!
Parabéns pelo trabalho <3

Obrigado ^^


Beyoncé anuncia programa de distribuição de bolsas escolares a jovens mulheres americanas

Beyoncé irá fornecer bolsas de estudos a jovens estudantes americanas em parcerias com quatro escolas/faculdades dos Estados Unidos. O anúncio foi feito via o site oficial da cantora e em celebração ao aniversário de um ano do álbum visual "Lemonade".
[ Lemonade ] — Tópico visual  Lemona12

"Em adição a celebração de um ano do LEMONADE, Beyoncé Knowles-Carter anuncia a criação do prêmio Formation Scholars para o ano acadêmico 2017-2018, para encorajar e apoiar jovens mulheres que não possuem medo de pensar fora da caixa e são fortes, criativas, conscientes e confiantes.

Quatro bolsas escolares serão presenteadas, uma por colégio, para mulheres graduadas ou ainda estudantes, novatas que buscam estudar arte, música, literatura ou estudos afro-americanos. As escolas selecionadas são a Berklee College Of Music, Howard University, Parsons School of Design e Spelman College. Todos os detalhes e prazo das inscrições estão disponibilizadas diretamente nas escolas", diz o aviso publicado.

— POPline

Bill Gates negro em formação atacando novamente :nyoron:

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