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descriptionXenosaga Episode 1: Der Wille Zur Macht — Análise EmptyXenosaga Episode 1: Der Wille Zur Macht — Análise

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"Eis a luz que se espalha perante os vossos olhos. Essa luz uma vez simbolizou a civilização — a própria vontade da raça humana. Mas o que pode ser obtido da luz que vemos hoje? As pessoas deste mundo lançaram fora a sua vontade de criar: afogando-se em um ciclo interminável de consumo... O que você vê agora é a luz enganosa lançada por seus olhos estagnados. As pessoas que você encontrou em sua vida não são realmente pessoas. São menos do que humanos — meros sacos de carne e ossos. Somente após a realização da própria vontade, uma pessoa pode realmente ser chamada de homem... Você escolheu rejeitar a falsa luz, se recusou a sucumbir às suas mentiras... É por isso que você nunca vacilou, mesmo depois de todo o recondicionamento da personalidade. Há muito tempo, o homem foi forçado a deixar para trás sua pátria... Isso foi provocado pelas massas que extinguiram a própria luz que dirigia sua vontade. Então, que tal, Cherenkov? Vamos reviver a tocha para que a consciência humana volte a ressuscitar... Por nossa causa... E a do nosso deus..."Margulis

Xenosaga Episode 1: Der Wille Zur Macht — Análise Shion_kos-mos

Não é nenhum segredo que eu sou um grande fã das histórias que só os games conseguem contar. Muitas vezes, elogiei esse tipo de mídia por sua capacidade de me fazer mergulhar em uma história, mas é importante reconhecer que quando eu realmente reviso o enredo de um game — discussão sobre o enredo, jogabilidade e apresentação — estou falando de três partes iguais de um todo maior. Se faltar um desses aspectos, dependendo do game, o todo é grandemente enfraquecido. Os melhores games são aqueles em que a jogabilidade, a história e a apresentação são da mais alta qualidade — e esta breve tangente nos leva ao assunto do que espero que seja uma revisão em três partes da série Xenosaga.

Já que o clássico Xenogears é um dos meus games favoritos (não me diga, Wesley, não me diga), eu certamente me interessei no primeiro projeto de Tetsuya Takahashi depois de sua saída da Square e formação da Monolith Soft. Originalmente concebido para servir como um épico de multi-gerações de seis partes (episódios) que englobaria todo o universo do começo ao fim, Xenosaga acabou por ser lembrado como um caso de falha de ambição: sendo reformulado para apenas três games como consequência das vendas decepcionantes... Entretanto, Xenosaga foi capaz de fornecer algo especial e único, mesmo nunca tendo conseguido atingir seu pleno potencial. Então, vamos discutir o primeiro episódio dessa problemática saga: Der Wille Zur Macht — The Will to Power.


Enredo

Xenosaga Episode 1: Der Wille Zur Macht — Análise IBRr6lv

Milhares de anos no futuro, a humanidade só existe no espaço profundo. A Terra é lembrada como um bastião inatingível chamada Velha Jerusalém, e a Federação da Galáxia abrange os remanescentes de nossa sociedade. Mas nem tudo está bem, pois, há uma ameaça alienígena conhecida como Gnose ameaçando a humanidade (duh). Além disso, artefatos misteriosos conhecidos como Zohars (um termo que qualquer um que jogou Xenogears vai se lembrar e imediatamente se intrigar) estão aparecendo, e várias facções possuem o desejo de controlá-los. Aqui entra Shion Uzuki, uma designer de uma andróide anti-Gnose chamada KOS-MOS — que deve descobrir o mistério dos Zohars e a real importância que eles têm para a humanidade.

É dificultoso discutir Xenosaga sem entrar em comparações com seu antecessor, Xenogears, o qual conta uma história incrivelmente complexa mergulhada na psicologia junguiana e com temas religiosos pesados. Xenosaga seguiria o exemplo, mas a história presente no Episódio 1 é apenas a primeira parte de muitos episódos (bem, para meu azar, como eu disse, acabou por ser apenas três episódios). Infelizmente, devido em parte à natureza episódica da série, a história aparece como um mero prólogo para os eventos futuros. Personagens são introduzidos, vários mistérios que esperamos que sejam resolvidos em episódios posteriores manifestados, e os conflitos básicos e intrigas são estabelecidos — mas pouca coisa possui uma resolução no Episódio 1. É o início de uma história, não uma completude; pelo menos, os elementos que entram em cena são devidamente apresentáveis (com um uma narrativa de cair o queixo desuuuu) — os personagens são adequadamente encaixados no sub-gênero de ópera espacial, e o universo do game é claramente bem pensado em cada detalhe: o cenário é encaixado magistralmente no contexto da história. As coisas começam em um ritmo lento, com nuances de suspense, então, minha dica é que você jogue-o com um colchão por perto... Melhor ainda: jogue repousando em sua cama com um travesseiro bem aconchegante! xD


Jogabilidade

Xenosaga Episode 1: Der Wille Zur Macht — Análise Xenosagareview

Infelizmente, este é o lugar onde os problemas começam. O primeiro episódio mais parece com uma demonstração de tecnologia do que um produto final. É como se a Monolith Soft e a Namco tivessem juntado um monte de conceitos de jogos inacabados... O que conseguimos foi certamente uma primeira impressão ruim do épico planejamento de Takahashi. O primeiro game da trilogia oferece um monte de coisas que nós esperamos dos RPGS de console, incluindo alguns minigames, sidequests, chefe opcional: mas há relativamente pouca carne no osso proverbial.

O primeiro episódio é um jogo guiado pelo plot e, como resultado, há linearidade de exploração. Novas áreas são desbloqueadas conforme o enredo exige, e é apenas através da conveniência do enredo/um sistema de realidade virtual acessível a partir de alguns pontos de save que áreas antigas podem ser exploradas: com pouquíssimas exceções. Consequentemente, isso permite algum retrocesso e exploração, o tornando diferente de um Final Fantasy XIII (de uma perspectiva de jogo, pelo menos), mas, perspectivamente, faz o universo expansivo parecer um pouco menos coeso.

Tanto o sistema de combate quanto a progressão de personagem sofrem de uma combinação curiosa: ser desnecessariamente complicado, mas estranhamente subdesenvolvido. O sistema de combate, em particular, parece mais uma versão diluída do sistema de Xenogears, onde diferentes combinações de botões permitem que cada personagem execute comandos diferentes. O sistema de combate envolve uma opção de Boost, que permite que os outros membros da party "se adiantem", com o custo de pontos que lentamente se acumulam ao longo do tempo. Isso adiciona um bom grau de estratégia aos combates, já que os inimigos podem usar Boost contra a sua party também, mas, no fim, é uma habilidade bastante simples e que não é realmente explicada corretamente no jogo. Como consolo: as lutas contras os bosses tendem a ser bastante desafiadoras e exigem um bom grau de estratégia quando comparadadas com as batalhas normais (que se tornam repetitivas com pouco tempo de jogatina).

O que nos leva ao problema real com o primeiro episódio não é o sistema de combate, os sistemas de avanço de personagens, ou mesmo a progressão do enredo (todos os três são funcionais, apesar de tudo). É o ritmo glacial. Tudo nesse primeiro episódio, seja batalhas normais, conquista de novas habilidades, exploração de novas áreas etc — tudo leva muito mais tempo do que deveria. A história tão bem elogiada não se propaga antes que a lentidão da jogabilidade comece a incomodar o jogador. Então, é fácil entender o motivo de Xenosaga não ter captado imediatamente seu público.


Apresentação

Assim, a história é muito, muito boa, embora funcione como um mero prólogo, e a jogabilidade é média para fraca. Então, Power, como está a apresentação? Felizmente, pessoal, está maravilhosa. Embora não no nível de algo como Final Fantasy X ou Kingdom Hearts, as imagens apresentadas no Episódio 1 são muito boas, tanto em um nível estético (a direção de arte é mais do que excelente) e em termos de qualidade de animação. As poucas sequências de CG são direcionadas um pouco melhor do que as cenas in game, e elas são eficientes em oferecer a sensação hollywoodiana que a Monolith Soft estava objetivando. O som do jogo também é muito bom, com uma excelente performance em inglês e uma trilha sonora de Yasunori Mitsuda — simplesmente o lendário compositor que também trabalhou em Xenogears.

Ainda assim, eu tenho uma queixa séria quando se trata da trilha sonora: a ausência dela em 90% do game. Mitsuda é um compositor talentoso, e a música no Episódio 1 é divina, mesmo que eu não possa dizer que foi o seu melhor trabalho. No entanto, parece que só existem em cutscenes, a maior parte do in game é carregado pelo silêncio. Disseram-me que o silêncio foi uma escolha proposital, destinado a invocar um senso de drama semelhante a filmes famosos como 2001 — Uma Odisseia no Espaço, mas se assim for, eles falharam. Eu adoro um silêncio dramático, mas tal coisa exige que algo dramático aconteça — a falta de música durante longos trechos de uma dungeon ou em torno de cidades só faz a monotonia da jogabilidade ficar ainda pior... Especialmente quando a música é tão boa que quase suplica em querer ser ouvida!


Conclusão

É seguro dizer que Xenosaga não começou com o pé direito. Ainda assim, serve como o início de algo muito maior. No final do dia, não deixa de ser o prólogo de um enredo que só Deus sabe como acabará! o/

Última edição por UchihaPower em 26/8/2017, 13:27, editado 3 vez(es)

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Suas conclusões minuciosas tem um angulo integro e me fizeram ter um olhar deveras brilhante sobre o aclamado e excepcional jogo da série

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Voltou a ser Power e já fez uma análise :lol:

Muito interessante o jogo, pelo que me passa o enredo há um grande conflito espacial.  Curti a história desse Xenosaga, apesar de que achei a história do Xenogears melhor e mais profunda, tendo em vista os pontos abordados. 


tudo leva muito mais tempo do que deveria.


Fico boladaum com jogos que enrolam demais, fazer coisas pra caraca que levam a nada. 

Nunca joguei o Xenogears do PS1, mas ele possui uma fama famosa, por meio deste texto extremamente elaborado e convincente, me sinto persuadido a jogá-lo, se a preguiça me permitir é claro.
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