Mente de Yashin - Mundo Lúdico

Esse espaço mental é um lugar singular e misterioso nas profundezas da mente do jovem aventureiro. Nesse espaço, as fronteiras entre passado, presente e sonhos se dissolvem, formando uma escadaria infinita de memórias. Cada degrau é um compartimento, um quarto onde as lembranças se materializam. O Uchiha eventualmente pode explorar esse espaço, enfrentando suas emoções mais profundas e buscando compreender a si mesmo.

Yashin despertou sobre uma mesa repleta de livros, sua visão embaçada e o som de crianças ao seu redor. Sem lembranças de como chegara ali, recordou-se de ter ido à biblioteca em busca de aprimorar seu controle de chakra, mas adormecera no processo. Instintivamente, ajeitou-se na cadeira, buscando um relógio inexistente pelas paredes daquela biblioteca. Por um breve instante, o sonho de uma luta com o Raikage cruzou sua mente, mas julgou ser apenas fantasia infantil, afinal, um estudante da academia naturalmente poderia ter algum tipo de sonho besta daquela espécie, não é mesmo?


Ao seu lado compartilhando a mesma mesa da biblioteca, um indivíduo estranho tossia incessantemente, sangue escorrendo de sua boca e nariz. Seus olhos ocultos pelos cabelos peculiares pertenciam a um professor que ensinava técnicas para escapar de genjutsu, que ocasionalmente dava aulas para a turma de Uchiha Yashin, basicamente era um especialista em genjutsu. O indivíduo se ergueu da mesa e verificou o relógio presente em seu pulso, ele parecia carregar um livro em seus braços, o título daquele livro era "O Profeta da Tempestade".

— Argh... Vou me atrasar… Não posso deixar o Yotsuki-sama esperando…

O sujeito tentou se mover para fora daquela mesa, mas imediatamente caiu no chão da forma mais desastrada possível, a doença que estava o afetando ela parecia ser bastante severa. Aquele professor em si, não era bem respeitado pela sua turma da Academia Ninja pelo seu jeito "obscuro", no entanto, era um bom professor pela vaga lembrança do Uchiha. Deveria ajudá-lo? Ou chamar alguma ajuda para o mesmo?

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Uchiha Yashin aproximou-se do sujeito, e nesse momento, a realidade ao seu redor pareceu distorcer por um breve instante, tornando-se perceptível até mesmo para a jovem criança Uchiha. No entanto, logo tudo voltou ao normal. Ignorando parcialmente essa estranha sensação, o jovem viu seu professor se levantar com dificuldade, apoiando-se na mesa onde estivera sentado anteriormente. O homem magro notou que Yashin estava acordado e, com uma voz baixa e tímida, repreendeu-o brevemente:

— Ah, Yashin-kun, você e-estava aqui, não é mesmo?— disse o professor. — Não quis te acordar, pois p-parecia cansado. No entanto, não é saudável dormir na biblioteca com a coluna c-curvada por tanto tempo. Isso pode causar tensão muscular e outros problemas.

O professor pausou e, por fim, respondeu à pergunta do jovem:

— Quanto a esse livro… Trata-se de uma reescrita de um antigo conto que serve como base para uma religião ancestral. O Raikage-sama me pediu para investigar os sintomas de uma doença estranha, diferente das enfermidades comuns. Curiosamente, os sintomas mencionados por ele se assemelham à doença que alguns personagens desse livro adquiriam em tempos chuvosos… Mas continuo tentando descobrir qual ligação exata, hmmm…


Após isso, outra tosse feia iria ocorrer naquele indivíduo, sangue iria se espalhar no chão nesse momento, fazendo Yashin inevitavelmente chamar rapidamente por ajuda. Algumas pessoas e crianças observam a situação, mas todas não se moviam, por algum motivo, Yashin sentia que todas elas tinham pupilas alaranjadas e um ar sombrio em sua volta. Uma verdadeira cena de terror. Por qual motivo as pessoas em sua volta não estavam ajudando aquele sujeito?

No entanto, o sujeito pálido continuaria falando:

— Bom… Curiosamente, eu fiquei doente bem no início da minha investigação… Mas acho que eu estou perto de descobrir a verdade sobre is…


Nesse momento, uma mulher iria prontamente emergir no meio das pessoas que olhavam Yashin de forma assombrada. Ela parecia um pouco mais viva do que as pessoas ao redor do Uchiha e tinha claros traços semelhantes que lembravam alguém familiar. Com certo esforço, ela ajudaria aquele sujeito a se levantar, enquanto uma de suas mãos utilizava ninjutsu médico nas costas do mesmo, fazendo aquela pele branca recuperar um pouco da coloração que deveria ter. Ela começaria a levar aquele sujeito em direção do hospital, no entanto, ele alarmado, falaria:

— Não, A-aiko-chan... O Yotsuki-sama me p-pediu para visitá-lo nesse horário... Não p-posso ir para o hospital...

— É tão importante assim, você falar com esse tal Yotsuki? Você vai morrer se não tratar essa tosse estranha. Ela parece mais persistente e seu corpo nunca teve uma saúde realmente relevante.

Ele insistiu.

— Por favor, me leve até o Kagehira-sama... Eu tenho que explicar minha teoria sobre essa maldita doença para ele... É urgente…

— Você fala, como se eu conseguisse te carregar por muito tempo, eu não sou forte fisicamente, você sabe disso. — Ela notaria nesse momento a presença de Yashin, o rosto da mulher parece adotar uma feição mais formal. — Ah, o neto do Ryo-dono. Pode me ajudar a carregar esse cabeça de vento? Vai ser rápido.

Sem perceber, o professor deixaria o livro que ele carregava cair no chão. Ele não perceberia que havia perdido aquele livro.

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A mulher com cabelos presos, embora ainda um tanto desalinhados, encarou Yashin por alguns segundos. Após a confirmação de sua ajuda, ela inclinou a cabeça em um sinal de respeito. Seu comportamento, apesar de um pouco antipático, lembrava muito o de seu avô. A maneira como ela se movia e agia era incrivelmente semelhante.

— Bom garoto. Vamos lá então...

Yashin e Aiko, naquela situação, não eram exatamente os mais fortes fisicamente. Para piorar, nenhum dos indivíduos no caminho parecia disposto a ajudar. À medida que avançavam, Yashin começava a se arrepender de ter oferecido ajuda, especialmente quando o céu começou a nublar e uma chuva fria, embora fraca, começou a molhar seu corpo. O homem que carregavam, apesar de magricelo, era bastante alto, tornando a tarefa de movê-lo um verdadeiro desafio para o jovem e a jovem mulher que o auxiliava. Depois de longos minutos de esforço exaustivo, Yashin e Aiko finalmente chegaram a uma montanha próxima ao prédio do Raikage. A vista dali era grandiosa, com a chuva criando um véu sobre a paisagem, como se purificasse o caminho que tinham percorrido. Com um último esforço, entregaram o homem doente ao ambiente que ele desejava estar.



Nesse momento, Uchiha Yashin teve algum tempo para vasculhar o livro, algumas palavras pareciam um pouco complicadas, a linguagem era culta e antiga mesmo o livro sendo claramente atual, além disso, grande parte do texto parecia demasiado exaustivo e pareciam focados essencialmente em pura pregação religiosa, no entanto, o jovem Uchiha naquela idade, conseguia entender uma parte crucial.

O Profeta da Tempestade
Texto recuperado e rescrito por Dr. Myuzaki

Após o extermínio da sociedade caótica nos tempos imemoráveis, emergiu um profeta como resposta divina à tirania ditatorial imposta por Yoikami. Esse homem, inicialmente um devoto fervoroso da entidade caótica, foi abençoado pelos céus com a capacidade de prever eventos climáticos. Era como se os próprios deuses tivessem escolhido este homem para ser o arauto da justiça e da renovação. Seu nome era Kaminari, um nome que ecoava como um trovão no coração dos desesperados.

[...]

Kaminari, iluminado pela graça celestial, rapidamente conquistou prestígio e admiração entre a sociedade que a mulher cega ignorava existir. Este salvador estendeu seus braços benevolentes para esses indivíduos esquecidos, ascendendo politicamente no meio dos influentes e proprietários de vastas terras improdutivas, frequentemente afligidos por um clima hostil. No entanto, mesmo com suas previsões precisas e guiadas por uma mão divina, ele nunca alcançou o topo da sociedade que, na prática, apenas o respeitava.

Não apenas um profeta do clima, Kaminari possuía a habilidade de lançar maldições relacionadas aos elementos, um dom que se dizia concedido pela entidade primordial conhecida como Aoshin. Com a ajuda de seus devotos súditos, ele criou um pequeno monstro composto de nuvens e raios, ao qual deu o nome de Raijinganma. Esta criatura se tornou a arma perfeita para o Culto Kaminarinokami, consolidando ainda mais o poder e a influência de Kaminari. No entanto, como toda maldição, seu poder era intrinsecamente maligno e impuro. A força deste pequeno monstro aumentava à medida que ele ceifava mais vidas, refletindo o próprio sacrifício do povo que venerava Kaminari como um deus.

Apesar de sua influência crescente, Kaminari não era carismático o suficiente para mobilizar grupos a realizarem sacrifícios em quantidade suficiente para alimentar a entidade ao ponto de se erguer contra a própria sociedade de Yoikami.

[...]

Durante longos anos, uma tempestade devastadora assolou aquela região, como um julgamento divino. Os indivíduos no topo da hierarquia social ficaram absurdamente doentes, com sangue vazando de seus orifícios e cavidades, um presságio de uma purificação necessária. Seus filhos, os herdeiros do poder, relatavam mudanças abruptas de comportamento, como se possuídos por espíritos inquietos, apesar de manterem plena consciência. A fraqueza física os dominava, acompanhada de uma tosse forte com sangue, dores nas costas e uma vontade incontrolável de dar ordens à população, um reflexo de sua arrogância e opressão.

Eventualmente, o legado sombrio desses líderes foi passado para Kaminari, que se tornou o líder supremo, ou melhor dizendo, o próprio rei. Os antigos líderes, que um dia sucumbiram à doença, morreram seja pelo agravamento da enfermidade, seja pelos raios purificadores de Raijinganma. Assim, a entidade se alimentou de parte da população, fortalecida pela fé e pelo medo, até conseguir se sustentar sozinha. Kaminari, agora como um monarca divino ao lado do monstro conhecido como Raijinnoganma, reinava sobre uma terra transformada, onde cada trovão era uma lembrança do poder celestial que ele representava e da justiça divina que finalmente havia prevalecido.

[...]

Alguns diziam que Kaminari havia projetado aquela doença estranha, mas todos que investigavam ou transmitiam tais fatos... Também adoeciam e por fim, morriam de forma definitiva por um poderoso raio que vinha do céu. Mas era fato que... Todos que adquiriam essa doença, a morte chegava para esse indivíduo, seja cedo, ou seja, tarde.

Aiko e Yashin, embora proibidos de entrar na mansão, demonstravam algum interesse na situação. A mulher, de olhos negros, observou a imponente mansão por alguns minutos, mas logo teve que disfarçar ao perceber os guardas lançando olhares intensos em sua direção. Por fim, ela virou-se, visivelmente disfarçando e se aproximou de Yashin que ainda estava na região, o jovem Uchiha segurava um livro e se concentrava em suas escritas, a jovem mulher notando isso, lançou um comentário mal-humorado após ver ele folheando algumas páginas.

— Você pediu permissão para ele para ficar com esse livro? Bom... Paciência... Quando o ver na academia ninja novamente, não esqueça de devolver! — Ela por fim, parece soltar um olhar discreto para aquela mansão. — Acho que vou dar uma pequena espionada, sinto que tem algo errado aqui, recomendo que você volte para a casa quanto antes.

Por fim, a mulher misteriosa iria calmamente fingir que iria embora daquela região, mas ela claramente estava tentando vasculhar algum ponto cego naquele ambiente em que ela pudesse adentrar sem que fosse observada ou impedida pelos guardas da região.

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Com movimentos silenciosos, a mulher de quimono branco adentrou o jardim da mansão e se escondeu em um arbusto. Yashin, por sua vez, decidiu segui-la, inadvertidamente produzindo sons audíveis. Um guarda, com ouvidos aguçados, percebeu o som suspeito e se aproximou da região onde eles se encontravam. Seus olhos atentos vasculharam o arbusto onde Aiko e Yashin estavam. Com alguns passos apressados, ele se aproximou até encontrar os dois. Quando o guarda encarou finalmente a dupla, suas pupilas se encontraram diretamente com os olhos de Aiko, e por algum motivo, ele desmaiou instantaneamente.


Nesse momento, Yashin notou que a mulher havia usado de alguma forma o doujutsu que apenas o Clã Uchiha deveria possuir. Era perceptível que um sharingan de exatamente três tomoes estava posicionado onde ficavam seus olhos escuros. Aquilo não fazia sentido; não deveria existir mais Uchihas além dela e seu avô. Quem raios era aquela mulher? No entanto, ela parecia suspirar um pouco cansada. Após isso, finalmente encarou o jovem Uchiha ao seu lado e, de forma mal-humorada, acertou um peteleco na testa do garoto.

— Francamente, moleque... Que raios você tá fazendo? — A mulher repreendia Yashin, mas logo desativaria seu sharingan como se usar aquilo fosse um pouco exaustivo para ela. — Paciência… Não conte para ninguém o que você viu. Isso vai me causar problemas. O que estou fazendo aqui é importante, não me atrapalhe!

A jovem mulher suspirou, sacou algumas chaves do bolso do guarda e reposicionou o corpo dele numa região que soubesse que ninguém acharia aquele corpo, por fim, observou uma pequena janela naquele local enquanto confirmava que ninguém estava olhando. Então, aplicou um salto e adentrou a região numa velocidade até coerentemente rápida. Yashin, com alguma teimosia, também faria o mesmo. Uma vez dentro daquela mansão, Yashin notaria que iria precisar apertar o passo para acompanhar aquela mulher que não parecia se importar em dar brechas para que ele o seguisse, mas conforme ela era obrigada a parar para despistar algum guarda ou algum familiar do Daimyo, ele teria tempo suficiente para chegar perto dela. A mulher que era visivelmente uma Uchiha, estava incomodada em ser seguida pelo Uchiha mirim, mas notavelmente não impedia que ele continuasse a segui-la.




Em certo momento, ambos teriam que adentrar num tubo de ventilação para despistar uma garota bizarra que estava brincando de boneca enquanto corria pela imensa casa, mas até que aquele comportamento havia sido útil, já que não demorou muito para que eles conseguissem achar através da ventilação, o local que ficava o escritório de Kagehira, que naquele momento parecia estar conversando com um homem que eles não conseguiam ver quem exatamente era, mas era notável que se tratava do professor de Yashin, só que nesse momento ele parecia completamente outra pessoa.

— Kyosuke Kuroi está se acostumando bem com sua nova vida em Kumogakure no Sato. Yotsuki Ann parece ter alguns transtornos de personalidade que mesmo a lavagem cerebral não conseguiu apagar completamente, sua mente está bem instável e problemática. No entanto, todos eles parecem seguros e leais a nossa nação assim como planejado. Aoshin-sama, o que você pretende com isso? Não seria melhor, você assumir tanto o cargo de Raikage quanto Daimyo de uma vez? Isso não iria agilizar nossos planos?


Kagehira iria bocejar e soltar um olhar tedioso naquele momento.

— Kaminari-san, você sabe por qual motivo, eu não posso ser derrotado ou morto ao contrário de você?

O sujeito parece ficar um tanto confuso naquele momento.

— Não, senhor…

Ele comentaria de forma calma.

— Essencialmente, sou uma grande massa independente de chakra, conectada à energia que percorre este mundo. Semelhante a uma bijuu, posso eventualmente morrer, mas estou destinado a retornar à vida mesmo que eu seja morto. Acordei neste corpo maldito no primeiro segundo de sua manifestação física. Antes de ser Aoshin, sou, na prática, o filho do Senhor Feudal. Reviver neste corpo foi uma das piores experiências que já tive. Além de ser fraco e sem potencial, qualquer movimento que faço atrai atenção indesejada. Isso causou problemas em minha longa jornada de vida. Hagoromo, Kyosuke, Uchiha, Senju, Kaguya, Hyuuga… todos aparecem como insetos para me enfrentar. O destino é irônico nesse aspecto. Prefiro habitar um corpo forte, como o de um peão promissor, como Kuroi, Ann e Ken, do que esse maldito corpo sem potencial, que está constantemente sob vigilância e ameaça de inimigos.

Assim que uma das suas dúvidas fosse respondida, Kaminari como um servo obediente, comentaria:

— Senhor... O que eu faço com esse corpo, ele está perto da verdade…

Kagehira iria olhar para ele de forma tediosa:

— Eu não me importo caso descubram quem nós somos, na prática, isso não afeta meus direitos sobre o território do País do Relâmpago e ainda por cima, eu até gostaria de transmigrar outro corpo o mais cedo possível, mas se você está tão incomodado... Você consegue executar todos que algum dia já foram infectados pela sua doença, não é mesmo? Apenas faça o que quiser... Aliás…

— Não se preocupe, não sou tolo... Eu já notei…

Nishimura Aiko nesse momento iria gelar, lentamente ela iria se mover para trás na tubulação de vento, tentando fugir daquele local. Uchiha Yashin naquele momento seria puxado pela mulher da forma mais abrupta que podia.

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Última edição por Ben Ikneg em 22/5/2024, 06:22, editado 1 vez(es)

A dupla de Uchiha emergiu do sistema de ventilação com agilidade. A mulher, envolta em sombras, puxou Yashin para acompanhá-la até a janela mais próxima. No entanto, algo estava errado. A realidade ao redor deles começou a distorcer, como se o mundo estivesse se desfazendo em fragmentos.

A chuva lá fora era densa e obscura, preenchendo a mansão com uma atmosfera pesada. Uma gota de suor escorreu pela testa da mulher Uchiha enquanto ela avaliava a situação. Talvez não fosse seguro sair dali com aquele garoto.

Yashin, confuso e curioso, não conseguiu conter sua pergunta. O que fez a mulher soltar um outro longo suspiro, em seguida, resmungando em voz baixa.

— Sou uma kunoichi que trabalha no mercado negro, especializada em espionagem e assassinato. Minha missão atual é investigar os segredos mais obscuros desta nação, um deles se refere, aos poderes estranhos que Yotsuki Kagehira demonstrou na última grande guerra. Mas há algo mais pessoal para eu ter aceito essa missão nessa nação em específico. Eu desejo reestruturar o Clã Uchiha, reunir os sobreviventes e bastardos dispersos por este mundo sombrio. Quero coletar o conhecimento remanescente, unir todos os que possuem nosso sangue e restaurar a glória perdida do clã. Mas desta vez, em uma nação segura, administrada apenas por nós…


Seus olhos, agora com o Mangekyo Sharingan ativado, fixaram-se em Yashin:

— Ryo é um membro restante do Clã Uchiha, que foi responsável pela minha sobrevivência, mesmo que ele não tenha muita noção disso. Ele tenta se esconder, mas seu chakra a denúncia para os melhores sensores e conhecedores do Clã Uchiha. O poder do Sharingan é cobiçado por todas as nações devido as suas capacidades unicamente exclusivas, não deve demorar muito para que uma nação dominada por indivíduo corrupto tentem fazer alguma coisa contra vocês, caso eventualmente demonstrem a capacidade de ativar o sharingan. Eu não posso permitir que algo aconteça com vocês... Já me revelei ao seu avô e propus que vocês fujam comigo para um lugar seguro. No entanto, ele parece feliz aqui, ele simplesmente não aceitou minha proposta... Mas por respeito a ele e a você, preciso garantir sua segurança, e por isso… Pedirei para um amigo bloquear sua memória por segurança para não fazer nada imprudente com a informação do Kagehira que você acabou adquirir, por fim, voltemos para o mesmo lugar que um dia já compartilhamos juntos... Yomotsu-Shikome!

Antes que Yashin pudesse processar completamente suas palavras, a realidade se desfez como vidro se quebrando, e isso aconteceria quando Aiko iria focar sua visão esquerda em Uchiha Yashin, aquilo era o poder de seus olhos. Guardas corriam pelos corredores, mas tudo parecia insignificante diante do estranho poder do Mangekyo Sharingan.


Yashin e “Aiko” desapareceram daquele local como se fosse mágica e ressurgiram numa montanha distante onde a realidade parecia um pouco diferente do que Yashin imaginava, ele estava dentro da biblioteca novamente, ele não sabia explicar muito bem o que era, mas alguma coisa fora do comum, tinha acontecido com o espaço/tempo propriamente dito, era quase como se eles tivessem voltado um pequeno fragmento do tempo atrás, um mesmo local que tanto ele quanto Aiko teriam compartilhado. Nishimura Aiko iria cair no chão, sentindo uma dor alucinante em seu olho esquerdo e suas reservas de chakra simplesmente cairiam numa intensidade assustadora ao ponto de ser até mesmo perigoso ficar em pé, mas antes que ele pudesse de fato fazer mais alguma coisa, o garoto acabaria encarando os olhos da mulher e foi nesse momento que ele foi pego por um genjutsu, caindo perfeitamente no chão sem nenhuma reação... E novamente, a escuridão atingiria sua visão.



Uchiha Yashin novamente acordava no meio da escuridão, lembrando de tudo que havia acontecido. Só que dessa vez no meio da escuridão, pupilas de cor alaranjada emergiriam no plano mental. Kaminari emergia em sua frente enquanto usava uma imagem falsa, do seu próprio corpo. Sua voz era equivalente ao de Yashin:

— Hoh... Parece que consegui desbloquear uma memória em sua cabeça que me parece interessante... Nishimura Aiko... É uma Uchiha? E que habilidade foi essa que ela mostrou? Ela parecia incomodada com o fato de você a seguir, mas... Ela não o impediu mesmo que fosse claramente perigoso... Uma habilidade envolvendo o tempo? Parece ter alguns defeitos técnicos, já que ela não parece ser capaz de ativar sem a companhia de outro indivíduo que tenha compartilhado um mesmo espaço que ela, além do gasto de chakra absurdo para voltar apenas alguns minutos atrás, mas... Interessante... Muito interessante... Assim que eu escapar desse seu maldito selamento, darei um jeito de parasitar o corpo daquela mulher. Você me foi muito mais útil do que eu poderia imaginar, Uchiha Yashin. Muito obrigado mesmo!

Yashin parece descobrir algo muito importante naquele momento, algo terrivelmente absurdo e até mesmo sem sentido, sua vida estava realmente lotada de eventos absurdos. O que ele faria diante de tudo aquilo?

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