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Mente de Kuroi - Mundo Lúdico XkMipMx

Esse espaço mental é um lugar singular e misterioso nas profundezas da mente do jovem aventureiro. Nesse espaço, as fronteiras entre passado, presente e sonhos se dissolvem, formando uma escadaria infinita de memórias. Cada degrau é um compartimento, um quarto onde as lembranças se materializam. Kyosuke eventualmente pode explorar esse espaço, enfrentando suas emoções mais profundas e buscando compreender a si mesmo.

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Mente de Kuroi - Mundo Lúdico 6ekPYCM
Algum lugar - Madrugada
Por volta das ?? horas.

Na penumbra da cela, Kyosuke Kuroi despertou. O ambiente era opressor: uma masmorra imunda, impregnada com o fedor de comida em decomposição, excrementos e urina. A consciência do jovem estava turva, como se um véu de esquecimento tivesse sido lançado sobre suas memórias, ele realmente lembrava pouca coisa. Ele estimava ter entre 6 anos a 9 anos, mas não conseguia lembrar sua idade exatamente. O que o trouxera a esse lugar? E por que a droga que dominava seu corpo era tão poderosa, transformando-o em um mero espectro de si? As respostas, como as sombras na cela, permaneciam elusivas.

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A sensação irracional de lágrimas aflorava nos olhos do jovem quando percebeu que seus dedos estavam petrificados, transformados em madeira imóvel. Nenhum músculo de suas mãos obedecia aos seus comandos. Contudo, um dos companheiros de cela notou seu despertar melancólico e, com um sorriso amigável, proferiu:

Força, camarada! Tenho certeza de que o Raikage virá nos resgatar deste lugar maldito. Mantenha-se firme! — Disse o sujeito, cujos olhos pareciam conter cores distintas.

Seu nome era Kasuga, um sobrevivente do experimento envolvendo as células de Senju Hashirama, assim como o próprio Kyosuke. Aquele garoto não conseguia andar de forma normal, seus pés haviam sido petrificados. Ele era um garoto sonhador que supostamente queria se tornar Raikage algum dia, porém, ele não tinha nenhum talento assim como Kuroi e havia curiosamente caído no mesmo inferno particular que nem ele. Ele e Kuroi até que conversavam bastante, quando não estavam totalmente desacordados pelo efeito das drogas potentes que aplicavam em seus corpos.

Ao ouvir o que Kasuga falava, uma voz feminina extremamente irritada comentava num sussuro:

Raikage? Manter-se firme? — Sussurrava uma voz vindo de uma cama vizinha. — Kasuga... Tenha certeza que o próprio Raikage está financiando esse projeto, somos apenas ratos de laboratório, nosso destino aqui é a morte ou até mesmo pior... Temos que arranjar uma forma de escapar daqui por conta própria, não podemos depender de mais ninguém!

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A dona daquela voz... Aquela garota supostamente se chamava Ann, ela parecia estar sempre braba e soltava uns palavrões aleatórios do absolutamente nada. Ela era a segunda mais velha daquela cela e parece ter adquirido a personalidade de uma mãe extremamente raivosa que protegia todos os outros daquele ambiente, era praticamente a única que se revoltava com os cientistas, mas também era a que mais sofria. Supostamente ela tinha uma capacidade única que impedia que pudesse morrer. Seu corpo lentamente estava ficando acizentado, e seus cabelos, que antes eram extremamente azuis, agora estava adquirindo uma cor mais apagada e escura conforme o tempo passava.

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Outro garoto respondia naquele instante:

O Raikage jamais faria algo dessa espécie, pode apostar que ele não sabe o que está acontecendo aqui. Quando ele souber... Ele vai nos salvar!

Vocês parecem ter bastante confiança no Raikage... Pessoalmente, mesmo se Kirigakure no Sato soubesse que eu estava aqui, duvido muito que Mizukage iria gastar recursos para me salvar…

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Dentro daquele pequeno lugar, uma voz assustadora ecoava, emanando de um indivíduo que todos temiam. Ele era uma cobaia, assim como os outros, mas possuía um controle excepcional sobre suas habilidades. Era capaz de se transformar em qualquer pessoa, desde que usasse a estranha máscara fundida ao seu próprio corpo. Gentil com seus companheiros de cela, ele, no entanto, estava gradualmente perdendo a sanidade a cada dia que passava naquele maldito local. Seu nome? King Clown. Pelo menos, era assim que ele preferia ser chamado.

Kyosuke Kuroi se encontrava sentado na sua cama. Seu corpo estava fraco. Mas ele sentia que conseguia andar e conversar. Ele faria alguma coisa? Tentaria interagir ou aprender alguma coisa naquele lugar?

Ação livre para @Gaius

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De fato tem algo estranho no ar. Sendo assim, ainda que eu esteja sem nível para um combate, acho que foi a melhor solução. Se por acaso eu for morto os superiores vão ficar sabendo, então não serei inútil em nenhum cenário... Ao andar mais por aquele vale, encontraria uma presença familiar, ainda que não fosse nada esperado que se fizesse presente naquele local. Madarame!?




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Onde eu estou? O que eu estou fazendo aqui? A sensação era agoniante. Aquele local específico não me trazia nenhuma lembrança, porém, de forma contrária, tinha uma sensação horrível com o que via. Era como se eu só não tivesse as imagens na cabeça, mas os sentimentos que possuía com aquele local me faziam acreditar que por algum momento eu já tivesse criado um vínculo com aquilo tudo. Eu... eu estou paralisado? Onde estão meus amigos!? Por que essa madeira me segura? Não... eu sou a madeira! Poucos momentos depois percebia que não estava sozinho: havia um garoto por lá também. Seus olhos me chamavam a atenção, ainda que não fosse nem mesmo um por cento do problema que eu passava. Apenas depois perceberia seu real problema. Em alguns instantes, aquela situação já se tornava parcialmente familiar para mim.

— Kasuga-kun, agradeço as palavras. Ann-chan, infelizmente tenho que concordar com você. Apenas o Raikage poderia estar por trás disso. Acho que vocês também não lembram bem como chegaram aqui, mas certamente não viemos aqui por conta própria. Ou fomos raptados ou fomos enganados! Bravejava com o pouco de força que eu possuía. — E você, garoto do lenço, realmente acredita que o homem que pode ter nos colocado aqui é que vai nos salvar? Sabia que não conseguiríamos fugir tão facilmente, especialmente dadas as circunstâncias as quais estávamos situados. Pouca energia, partes petrificadas, doenças, além de que por óbvio aquele lugar era mantido em algum lugar escondido e com defesas estratégicas para evitar fugas e invasões.

Logo o clima que parecia até ter uma certa energia se tornou caótico apenas ouvindo uma voz que ecoava de outro local. Essa voz... — King Clown, acho que na verdade estávamos bem divididos e seu voto foi o decisivo: os Kages de nossa vila não devem nos salvar, pelo contrário, imagino que estejam por trás disso. Sentia como se aquilo tudo não fosse real. Talvez fosse um sonho, talvez fosse uma realidade que eu estivesse drogado. De qualquer forma, começaria a arriscar mais independente das consequências. — Por que você está aqui? Como você veio de Kirigakure no Sato para cá? Acho estranho o fato de sermos experimentos científicos e você, vindo de outra vila, esteja recebendo recursos de pesquisas de Kumogakure no Sato. Àquele momento imaginava que ele tivesse sido raptado, mas aguardaria por qualquer resposta. — Aliás, aproveitando que você parece ser o mais velho e "lúcido" daqui: o que sabe sobre mim? Logo após, meus pensamentos intrusivos somados à estranha coragem que sentia pareciam tomar conta e então falaria com todos:

— Vejam nosso estado. Estamos todos progressivamente piorando e não temos qualquer previsão de resgate. Há quanto tempo estamos aqui? Se quisessem nos salvar já teriam o feito! Ann-chan, Clown-san e quem mais tiver vontade de ser livre: vamos fugir daqui o quanto antes! Vamos pegar os horários que os guardas vêm nos drogar e tentar uma fuga. Nós cinco devemos ser capazes de derrubar um, se vier individualmente. Com as habilidades do Clown-san ele pode tomar a forma de um guarda e tenho a certeza que ele é furtivo o suficiente para passar despercebido. Se isso acontecer, contamos com ele para conseguir outras informações sobre os horários e sobre essa masmorra, levando o tempo que for. E se mesmo assim ele apenas conseguir ir embora sem nos ajudar de volta, entendam que pelo menos um se salvou e pode revelar isso para todo o mundo!

— Quem está do meu lado?

@Ben Ikneg

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Mente de Kuroi - Mundo Lúdico 6ekPYCM
Algum lugar - Madrugada
Por volta das ?? horas.

A escuridão da cela de Kyosuke Kuroi não era apenas a ausência de luz, mas um véu que cobria a verdade de sua existência. Aos poucos, seus olhos não apenas se acostumavam com a penumbra, mas também com a obscuridade de seu próprio ser. Cinco almas compartilhavam aquele espaço confinado, mas a presença de Kuroi era como um eco em um vazio mais profundo, sugerindo que havia outros naquele lugar, mas que agora estavam ausentes, e eles haviam deixado suas marcas ali. Kuroi notaria algumas flores de oleandro espalhada pela cela, assim como existiam resquícios de algodão avermelhado que pareciam estar jogado como lixo no chão daquele ambiente.

Onde estariam os outros? Essa pergunta ecoava em sua mente, não como um pensamento, mas como uma reverberação do próprio universo questionando sua natureza. Atrás das grades, seus olhos buscavam movimento, vida, uma faísca de existência além da sua própria. Mas o silêncio era a única resposta, um silêncio que falava mais sobre o destino daquele amontoado de crianças e cobaias do que qualquer palavra poderia expressar.

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A dor lancinante em sua cabeça não era meramente física, mas o clamor de memórias aprisionadas, desesperadas por se libertarem das correntes daquela realidade opressora. Kasuga, deitado em sua cama, parecia uma sombra do que um dia fora, frágil e esquelético. Seus olhos, no entanto, brilhavam com uma intensidade que desmentia sua fraqueza física, fixando-se em Ann no exato momento em que ela também percebia algo incomum no comportamento do garoto. Foi quando Kasuga, com um vislumbre de humor, comentou:

Huh… Você concordando com a Ann-chan nesse aspecto é um pouco engraçado… Vocês naturalmente mais discordam do que concordam… Hahaha... — Sua voz trazia um misto de confusão e diversão, como se aquela concordância fosse uma anomalia do universo. Um meio sorriso iluminou seu rosto anêmico, um instante de leveza em meio à gravidade da situação. — Bom… Eu tenho algumas suspeitas que os indivíduos que estão administrando essa pesquisa são realmente de Kumogakure no Sato, e eles precisam realmente de um amontoado de financiamento para produzir suas pesquisas, porém… É possível conseguir recurso financeiro sem depender necessariamente de uma figura tão importante quanto o Kage. E posso apostar que o Raikage nunca aceitaria algo tão desumano quanto isso... Se eu fosse chutar um nome que estivesse envolvido nessa treta inteira, seria o filho do Senhor Feudal... Yotsuki Kagehira... O próximo cotado a herdar as riquezas do País do Relâmpago, e também conselheiro direto do Raikage...

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Mimi, o garoto que usava um lenço, apenas comentaria de forma casual, enquanto olhava para uma sombra que parecia se movimentar longe daquela cela.

Bom, eu só sei de uma coisa... A pessoa que está envolvida no nosso sequestro, tem muito poder politico ou poder financeiro... Mas ela não parece estar trabalhando em total acordo com a nação de Kumogakure no Sato. Se tivessem, não estaríamos tão distante da população geral. A temperatura e o ar desse ambiente é de um local próximo com o País da Geada.

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Naquele instante, King Clown apenas soltaria uma gargalhada alta que faria tanto Kasuga e Mimi ficarem em alerta, se os guardas soubessem que eles estavam despertos, eles nem poderiam imaginar o que poderia acontecer. O sujeito com o rosto desfigurado que parecia fusionado com uma máscara que não se encaixava bem em seu rosto, apenas responderia Kuroi naquele instante.

Minha especialidade como shinobi é essencialmente investigar e agir como espião, Yagura me pediu para vigiar Kumogakure no Sato e tinha esperança que eu pudesse capturar Killer Bee e Nii Yugito, mas infelizmente mesmo que eu tivesse armado um disfarce perfeito, eu acabei sendo capturado pelos indivíduos que colocaram vocês aqui. Os cientistas gostaram tanto da minha capacidade de omitir e mentir, que acabaram fazendo experimentos com nisso. E essa máscara que está fusionada no meu rosto, parece me conceder a capacidade de copiar não apenas a aparência, como algumas habilidades do indivíduo que eu olhar diretamente. Apesar de que... Eu ainda não sei muito bem, o que eu perco em troca disso, talvez minha própria mente? — Ele falaria gargalhando e batendo sua mão de forma lunática no próprio joelho, após isso, ele se acalmaria e responderia a outra pergunta de Kuroi. — Não sei muito além do que você já contou aqui... Você é Kyosuke Kuroi, um garoto sem talento que tinha um grande desejo de ser relevante para o mundo, mas que não foi agraciado com nenhuma habilidade ou talento notável. Você nasceu em Kumogakure no Sato, porém, eu sinto resquícios em você... De um chakra de uma família bastante respeitada no País das Fontes Termais, mas, além disso... Não sei de nada...  

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A garota, com seus cabelos desbotados e pele tingida de um cinza pálido, avançava em direção a Kyosuke Kuroi com passos que ressoavam autoridade e uma fúria mal contida. Ignorando qualquer forma de consentimento, suas mãos, embora delicadas, impunham-se sobre a testa do garoto com uma urgência impulsiva. Era evidente que Ann suspeitava que a atual determinação ferrenha de Kuroi fosse o resultado de um delírio febril. Seus olhos verdes, carregados de uma tempestade iminente, fixavam-se nele, lendo-o como um enigma a ser decifrado. Após um tenso silêncio, ela retirava sua mão, a raiva em sua voz mal disfarçada por trás de palavras medidas:

Você está queimando de febre ou é apenas a sua cabeça que está fervendo com ideias tão insanas? — indagava ela, cada palavra carregada com o peso de sua suspeita e um rastro de zombaria, enquanto um sorriso sarcástico e desafiador se formava em seus lábios. — Bom... Eu gostei da sua proposta, então vou segui-la... Vamos dar um jeito de sair daqui, o mais rápido possível...

Com a voz trêmula, tingida de um medo que lhe corroía as entranhas, Mimi falava, suas palavras gaguejadas revelando o terror que lhe assolava o peito:

Mas já t-tentamos… E nos puniram fisicamente, sem se importar que éramos “sobreviventes” de inúmeros experimentos… Se tentarmos de novo, o que diabos eles farão conosco? Kuroi… Você conhece a Ann… Você não pode simplesmente dançar conforme a música dela.

Enquanto isso, a garota de olhos verdes, com uma determinação feroz, vasculhava o chão frio e sujo da cela. Seus dedos encontraram algo que parecia um chifre de animal, pontiagudo e ameaçador, ao lado de uma cama esquecida pelo tempo. Com dois desses artefatos em mãos, ela se erguia, descartando as preocupações de Mimi com uma frieza calculada:

Eu vou assumir a culpa, eles gostam de bater em mim, pois sou difícil de matar, então relaxem… Além disso, esses objetos são afiados o suficiente para perfurar a garganta de um guarda… São armas perfeitas, embora… Só temos dois… Que droga…

Kasuga olharia para aqueles chifres com surpresa:

Espera, como esses chifres estão aqui? Pensei que eles tivessem...

O que vocês estão tagarelando tão cedo? Pelo visto, seus corpos estão se acostumando com as drogas, que saco...

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A voz sinistra ecoou pelo corredor, fazendo com que Ann, num movimento quase reflexo, arremessasse os chifres que segurava para o abismo escuro sob sua cama. Seu olhar, carregado de aversão e fúria, fixou-se no vulto que emergia das sombras. Era Okabe, uma figura que inspirava terror não apenas pelo nome, mas pela aparência grotesca que assumia. Seu corpo parecia um mosaico de carne e suturas, cada ponto um lembrete de suas abominações científicas. Os cabelos, cinzentos como a névoa de um cemitério ao amanhecer, caíam sobre óculos de lentes tão grossas que distorciam a realidade por trás deles. Os fios que se entrelaçavam em sua pele pareciam ter vida própria, ondulando como serpentes à espera de um sinal para atacar.

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Com um olhar que destilava desprezo, Okabe encarava cada alma naquele recinto, como se avaliasse qual seria a próxima cobaia de seus experimentos macabros. Ele retirou uma chave do bolso, cujo metal frio e escuro refletia a pouca luz que se atrevia a invadir aquele lugar. Com um giro suave, a porta da cela se abriu, rangendo como um lamento de espíritos condenados. Okabe adentrou o espaço, que exalava um odor de desespero e decadência, e cada passo seu era um prenúncio de horrores inomináveis que estavam por vir.

No instante em que King Clown desencadeou sua habilidade de metamorfose, uma aura sombria envolveu o ambiente. Ele saltou com a intenção letal de perfurar a jugular do cientista, mas Okabe, com um sorriso que gelava a alma, formou um selo com as mãos e, como se invocasse uma maldição ancestral, fez o palhaço desabar no chão, paralisado pelo terror invisível que agora o dominava.

Kuroi, com o coração batendo em um ritmo frenético, sentia as memórias de tormento ressurgirem, cada uma como uma lâmina afiada cortando sua sanidade. A presença de Okabe era como uma névoa venenosa, sufocando qualquer vestígio de esperança. Ann, com olhos flamejantes de determinação, posicionou-se como um escudo humano diante de Kuroi, mas foi recebida por um punho brutal que a lançou contra a parede, seu grito de dor ecoando como um réquiem.

Mimi, paralisado pelo medo, era uma estátua de desespero, incapaz de intervir. Kasuga, no entanto, explodiu em um brado de revolta, sua voz rasgando o silêncio opressor:

SEU MONSTRO, ELE MAL SOBREVIVEU À ÚLTIMA VEZ… DÊ-NOS UM DESCANSO, MALDITO!

Okabe suspirou, um som carregado de desdém e frieza. Ele desviou sua atenção de Kuroi, seus passos lentos e calculados em direção a Kasuga, prenunciando um destino cruel.

Kuroi e Kasuga, vocês são criações quase divinas, capazes de futuramente abrigar fragmentos da essência de Aoshin, em breve poderão voltar para a sociedade e "servir" Kumogakure no Sato como verdadeiros soldados que devem proteger o nosso verdadeiro "rei". No entanto, suas falhas físicas são um empecilho para a próxima etapa dos experimentos… Um de vocês com as pernas petrificadas por causa das células de Hashirama… O outro com os braços transformados e prejudicados, que ironia desgraçada… Porém... A compatibilidade genética entre vocês é promissora por causa dos genes de Hashirama, então, é hora de sacrificar um para o avanço do outro. — O sujeito comentava naquele instante enquanto segurava firme seus óculos que estava preso em seu rosto. — As pernas de Kyosuke Kuroi serão transferidas para seu corpo, Kasuga... Esteja feliz... Você vai conseguir se mover novamente...

Kasuga iria arregalar seus olhos naquele instante, ele genuinamente se importava com Kuroi e não podia deixar aquilo continuar, porém, o que ele faria para impedir o avanço daquela loucura? Seus olhos nesse instante iriam se mover em direção da cama de Ann. Ele sabia que existia um objeto que podia ser utilizado como arma naquele local. Mas o que ele pretendia fazer? As memórias de Kuroi falhavam, mas ele sabia que aquele garoto era um verdadeiro seguidor do que era "certo", ele visivelmente não aceitaria receber as pernas do seu próprio companheiro de cela.

Ação livre para @Gaius

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— Independente do senhor feudal ou de seu filho, sabemos que os maiores interessados em ter potências bélicas dentro de uma vila são seus próprios Kages, os quais têm controle direto e hierárquico sobre todos os ninjas. Não descarto a participação desse tal Yotsuki Kagehira, mas vejo a prioridade de criar shinobis fortes como uma atribuição do líder da aldeia e não do país. Responderia ao Kasuga, retrucando. Após, especialmente com a manifestação do Mimi, perceberia principalmente que fugir daquele local seria algo mais difícil do que parecia, assim como receber resgate. Não obstante, a necessidade de nos manter fora da vila e próximo às fronteiras era um indicativo de que talvez pudéssemos também apresentar algum perigo caso algo desse errado.

As falas do King Clown eram mais impactantes ao meu ver. — Entendo, então você tem habilidade de sensoriamento e consegue inclusive inferir a semelhança de meu chakra com um do País das Fontes Termais. Quando sairmos daqui procurarei a respeito disso, mas por hora é bom apenas guardar essa informação... — Se o Mizukage lhe enviou é porque acreditava plenamente que você era capaz de realizar uma missão desse nível, ainda que eu não conheça as pessoas de quem fala. Também não imagino que ele mande alguém resgatá-lo ou ao menos envie uma precatória ao Raikage para que ele possa fazer algo. Se fôssemos peças de um jogo de Shogi, seríamos apenas peões, infelizmente.




O clima de breve animosidade e reconhecimento chegaria ao fim. O...Okabe. Que péssima hora. Tremia de medo. Aquela coragem repentina causada aparentemente por um estado de desconhecimento estranho seria pulverizada com a presença daquele homem. Seus fios, sua voz e principalmente suas intenções nos arrepiavam. A facilidade a qual ele derrubou o King Clown sugeriria talvez um fuinjutsu específico que talvez todos nós, meros experimentos, possuiríamos, então certamente atacar diretamente não faria qualquer sentido. Tinha confiado demais que viria apenas um guarda qualquer e não justamente esse homem no próximo encontro, e a investida do garoto mascarado havia deixado claras nossas intenções.

— Ann! O que o Kasuga quis dizer com "ele mal sobreviveu?". O que será que aconteceu em meu último experimento!? Aoshin!? Por que esse nome me beira alguma familiaridade? — Não me importo com o que você quer de nós, muito menos com o "verdadeiro rei" de vocês. Aquilo por si só me dava a sensação de que talvez o Raikage não tivesse de fato plena ciência do que acontecia. Uma organização paralela dentro de Kumogakure no Sato aparentemente era a possibilidade mais sólida. — Imagino que isso vai me matar e que logo após o Kasuga poderá ser liberado se tiver êxito no transplante, certo? E após isso, por óbvio, estaremos perdendo nossas memórias, senão claramente vocês serão descobertos. Esse Aoshin é a pessoa na qual vocês querem trazer de volta, mas, quem são vocês? Estão agindo por trás dos panos. Quem é seu líder? O que o Kasuga quis dizer com "ele mal sobreviveu?". Após tentar extrair qualquer informação, suspiraria, vendo que nada poderia fazer diante desse cara e que expor a todos nós seria ainda mais arriscado. Sentiria também naquele momento uma bela paz com minha própria decisão, como se tivesse retirado um grande peso das costas e um profundo medo do coração. — Lembrem-se do que eu falei antes sobre sair daqui. Kasuga, Ann, Mimi, King: se um de nós sobreviver e mantiver a consciência terá como objetivo de vida eliminar esses desgraçados, independente de outras metas pessoais. Kasuga, não reaja, apenas aceite as pernas. Com elas você vai poder correr para bem longe daqui quando for liberado, e parte de mim ainda vai estar nesse plano. Vivam uns pelos outros. Adeus.

Me permitiria ser levado pelo Okabe. Se eu tivesse o domínio de algum elemental naquele momento, utilizaria contra o Kasuga caso esse decidisse insurgir-se contra minha decisão, senão, apenas gritaria para que ele acatasse.

@Ben Ikneg

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Naquele instante sombrio, o sujeito ouviu a voz de Kuroi, um sussurro que cortava o ar como uma lâmina afiada. Seus olhos se voltaram para o garoto, e ele respondeu com um sorriso cruel, como se estivesse desvendando um enigma macabro:

Não há necessidade de explicações para uma cobaia. Tudo o que você faz, cada escolha, cada movimento, já está inscrito em seu cérebro como um código genético que eu mesmo implantei. O seu livre arbítrio é uma ilusão, e você não passa de um fantoche nas mãos do “verdadeiro rei”. Aceite essa realidade, e talvez sua vida seja menos miserável. Mas, no final das contas, sua existência é apenas um grão de poeira na vastidão do universo.

Kuroi notando que nenhuma de suas dúvidas haviam sido respondidas, sentiu seu peito se encher de raiva e então ele proferiu com sua própria boca. Ele havia ordenado a eliminação desses desgraçados, e a sentença ecoou como um trovão nos ouvidos das cobaias. O medo se espalhou como uma praga, e eles se olharam, os olhos refletindo o terror que agora habitava suas almas. A ordem de Kuroi iria ecoar para todo sempre, reverberando nas mentes atormentadas daqueles que estavam sofrendo com ele.

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Kasuga fecharia seus olhos naquele instante e apenas comentaria calmamente:

Não... Isso não é certo, eu não vou aceitar isso... Se você quer que realmente lutemos contra eles, então não vou aceitar que você morra aqui!

No interior daquela sombria câmara de experimentos, o ar estava impregnado com o odor metálico da tensão. Kuroi até tentaria impedir o que estava prestes a acontecer, porém, a movimentação de seus braços era praticamente nula demais para tentar fazer alguma coisa naquele instante. Kasuga, suas pernas inúteis e a determinação ardendo em seus olhos, lançou-se com a força que tinha em seus braços. Seus músculos retorcidos, como serpentes de fogo, desafiavam a própria gravidade. Com um grito primal, ele caiu gerando um impacto contra o chão de concreto que reverberou como um trovão, ecoando pelas paredes úmidas e sujas.

Okabe, o cientista antipático, observava a cena com olhos sem emoção. Seus óculos refletiam a luz fria derivada de algumas velas que existiam do corredor, e um sorriso sem emoção dançava em seus lábios. Ele havia criado essas cobaias, moldando-as à sua vontade, e agora as via se rebelando...

Determinação e sentimento de justiça... — murmurou Okabe, sua voz um sussurro sinistro. — Uma qualidade admirável, mas inútil quando se está preso em corpos tão frágeis. Aceite seu destino, Kasuga... Ouça seu companheiro de cela. A dor será breve, você provavelmente vai agradecer o tempo passado aqui no futuro.

Mas Kasuga não estava disposto a aceitar. Seus dedos encontraram algo sob a escuridão que existia logo abaixo de uma cama daquela imensa prisão, algo que Ann, a garota, havia escondido. Eram chifres extremamente pontiagudos. Ele os ergueu, sentindo o peso e a textura áspera. Era como se uma própria besta ancestral estivesse guiando sua mão.

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Ann, no chão, se levantou com agilidade felina. Seus olhos verdes brilhavam com uma mistura de medo e determinação. Ela lançou um chute em direção ao rosto de Okabe, mas ele bloqueou com facilidade com o antebraço. Um golpe aparentemente inútil, porém a distração de Ann foi a oportunidade que Kasuga precisava.

Com um grito primal, ele arremessou um dos chifres em direção ao cientista como se fosse uma kunai sendo jogada por um verdadeiro shinobi. O objeto cortante voou como uma flecha envenenada, acertando precisamente a bochecha de Okabe. O sangue jorrou, e o homem cambaleou para trás, os olhos arregalados de horror. O chifre perfurou a carne, atravessando a bochecha e atingindo o fundo de sua garganta. Okabe engasgou, sufocando-se com seu próprio sangue e por fim, iria cair no chão.

O quarto se encheu com o som da agonia, o cheiro metálico se intensificando. Kasuga, Kuroi e Ann se entreolharam... No entanto, antes que pudessem fazer alguma coisa, eles apenas veriam o cientista arrancar o chifre que estava jogado em sua garganta e se levantar de uma forma aterrorizantemente sobrenatural. Por fim, eles apenas veriam os fios negros de seu corpo se juntarem e começaram a costurar seu ferimento, tanto da bochecha e a garganta. Então o sujeito iria suspirar e encarou o garoto Kasuga naquele instante, era notável que aquilo havia irritado ele.

O ar se partiu como um vendaval, e Ann e Kuroi mal tiveram tempo de processar o que estava acontecendo. O punho do homem de óculos, uma força primordial, atingiu Kasuga com a precisão de um raio. O impacto foi devastador, como se o próprio universo estivesse conspirando contra o jovem garoto. Ele voou, um boneco de pano desamparado, até colidir com a parede de concreto. O som do impacto foi ensurdecedor. A cabeça de Kasuga bateu com força, e o mundo girou em um redemoinho de dor e escuridão. Era impossível sobreviver a algo assim. Os ossos se fragmentaram, o crânio se rachou, e a vida parecia escapar do corpo do garoto como areia entre os dedos. Mimi simplesmente havia congelado e Ann iria olhar aquilo incrédula e com uma raiva tão intensa que seus olhos pareciam explodir a qualquer instante, era a primeira vez que aquele sujeito tinha utilizado um golpe tão forte contra eles.

Merda... Ele vai ficar completamente irrecuperável depois dessa, que saco... Bom, ainda temos o Kuroi-san de qualquer forma.

Dessa vez até mesmo Mimi, o garoto covarde não conseguiu suportar, ele tentou avançar para cima daquele sujeito, Ann também tentou... Talvez Kuroi originalmente tentasse fazer algo, mas suas memórias acabariam naquele instante, sem dar tempo para ver o que tinha acontecido depois daquilo.

Memórias de Kyosuke Kuroi [1/8]
- Ego "Kyuiin" agora consegue falar.
- Ego "Kyuiin" tem direito a uma técnica Rank C de sua escolha.


Narração continua no seguinte tópico: @Gaius
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