Vale do Fim - País do Fogo

O Vale do Fim, situado na fronteira entre o País do Fogo e o País do Som, é um local de grande significância histórica. Após a fundação de Konoha, Hashirama Senju ascendeu como Shodaime Hokage, despertando a inveja de Madara Uchiha, um dos antigos líderes caídos que supostamente teria enlouquecido depois desse evento. Determinado a destruir a aldeia, Madara desencadeou uma batalha que deixaria uma marca indelével no vale. Os eventos desse confronto foram eternizados nas paredes do vale e, devido à sua importância histórica, foram erguidas duas estátuas gigantescas representando ambos os inimigos mortais que um dia já foram grandes amigos. Assim, o Vale do Fim se tornou um monumento vivo da história ninja, um local de reflexão para as futuras gerações.

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Com a mente mergulhada na contemplação do território ao redor da casa, Hanya se questionava se sua escolha de resgatar Kaguya Kimimario tinha sido sábia. Talvez Orochimaru esperasse uma resposta mais específica dela, algo que fosse além do simples ato de salvar uma vida. Consciente de que não havia mais anomalias nas proximidades, a jovem Uchiha desativou seu Sharingan e se dirigiu de volta à residência do misterioso Senju. Lá dentro, ela se preparava para absorver os conselhos do médico, cuja utilidade inicial parecia promissora, embora pudesse esconder segredos mais profundos.

Ao chegarem à fronteira do País do Fogo, a equipe deparou-se com duas imponentes estátuas, erguidas em homenagem aos lendários Uchiha Madara e Senju Hashirama. Ao contemplar a grandiosidade dessas representações de seus antepassados, Hanya sentia um misto de orgulho e responsabilidade por carregar o sangue Uchiha em suas veias. Foi nesse cenário grandioso que a equipe avistou dois indivíduos de aparência peculiar. Um deles lembrava vagamente um tipo de criatura aquática, enquanto o outro...

Em concordância com Rena, Hanya decidiu seguir a garota e investigar os propósitos daqueles estranhos, cuja presença destoava do típico perfil dos ninjas de Konoha. Ao chegarem ao local, Rena assumiu seu papel habitual de questionadora, liderando o diálogo. Foi então que Hanya percebeu que um dos rapazes tinha olhos avermelhados, semelhantes aos seus, e características físicas típicas de um Uchiha de linhagem pura. Ativando seu Sharingan como um gesto de identificação, Hanya encontrou o olhar de seu possível parente distante, transmitindo não hostilidade, mas sim uma espécie de reconhecimento mútuo de herança e conexão.


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Naquela região isolada, onde a natureza reinava em sua plenitude, um clima tenso e angustiante se estabelecia lentamente. Cada membro do grupo sentia como se estivesse sendo observado por olhos de um predador insano, e quanto mais essa sensação se intensificava, mais uma névoa de medo imaginário se infiltrava em seus pensamentos. A cachoeira próxima, com sua queda d'água imponente e ensurdecedora, acrescentava uma aura de mistério ao ambiente. O rugido constante das águas que se precipitavam de uma altura vertiginosa criava uma trilha sonora sinistra para a tensão que pairava no ar. Gotículas d'água, dispersas pelo vento, refletiam a luz do sol em arco-íris fugazes, criando um contraste surreal com a atmosfera sombria que envolvia o grupo.


O amplo lago criado pela queda d'água, com suas águas profundas e enigmáticas, parecia ser mais do que um simples reflexo da paisagem ao redor; era como se também espelhasse os medos e as preocupações dos viajantes. Cada ondulação na superfície ecoava os temores ocultos que assombravam cada um deles. À medida que Myato se aproximava lentamente, Tayuya, percebendo sua movimentação, tentou dissuadir seus companheiros:

— Não, "Miado-san"... A presença desses sujeitos é tão angustiante quanto estar no mesmo recinto que Orochimaru. Deveríamos seguir em frente e torcer para que eles não nos abordem.


Kimimaro ouviu o conselho de Tayuya e sussurrou em resposta:

— Seria imprudente agir assim, Tayuya... Eles foram os primeiros a nos observar de forma tão persistente. Aquelas vestes que usam... Tenho a sensação de já ter ouvido Orochimaru-sama mencionar algo sobre isso. Uma das razões pelas quais mudamos de base constantemente no País do Som é justamente para escapar de indivíduos que Orochimaru, supostamente, traiu no passado. Não era para eles nem imaginarem que a base atual do Orochimaru ficava em Otogakure no Sato, mas os Irmãos Kamizuru estão constantemente falando que indivíduos da Akatsuki estão andando no território do País do Som de forma suspeita. Talvez exista algum traidor de Oto que de alguma forma esteja vazando informações sobre nossa vila.

Por fim, a dupla de membros do Clã Kaguya seriam os primeiros a agir naquele instante, assumiram a frente e caminharam calmamente em direção daquela imensa estátua, porém, quando menos esperavam aquela dupla de homens iriam emergir na frente da dupla numa velocidade abismal, aqueles dois eram tão absurdamente rápidos que eles não imaginavam nem mesmo Kabuto se mover daquela forma.


Agora mais próximo deles, eles podiam notar melhor seus traços físicos: Um desses homens era um shinobi bastante alto, de quase 2 metros de altura e tinha uma musculatura avantajada. Ele tinha uma aparência distinta parecida com a de um tubarão com um tom azul-claro acinzentado, pequenos olhos redondos brancos, marcas faciais parecidas com brânquias sob seus olhos e afiados dentes triangulares. Ele também tinha o cabelo em uma forma parecida com uma barbatana de tubarão. Ele parecia um pouco mais comunicativo que o outro indíviduo que estava ao seu lado, sua voz era um tanto notável e ele falava algumas informações gritantes sem pesar nenhum na consciência.

— Boa tarde, meus jovens. Podem me chamar de Hoshigaki Kisame. Vocês são indivíduos de Otogakure no Sato, correto? Se importariam de responder algumas perguntas? Digamos que estamos investigando alguns boatos não conclusivos que um companheiro nosso, andou soltando ao conversar com o meu amigo aqui do lado. — Falaria o sujeito com pele azul, por mais irônico que parecesse, ele parecia estupidamente gentil, era quase um tanto macabro, ele prestaria atenção neste instante em Rena, apesar de não perceber de imediato as características físicas da garota. — Ohhh, estão a procura de uma pessoa chamada Tsunade, é? Talvez meu amigo saiba alguma coisa sobre ela, sim...


O indivíduo que acompanhava o homem de estatura imponente não passava despercebido, com uma presença que não era apenas comum. Suas feições e cabelos evocavam vagamente Uchiha Hanya, no entanto, sua aparência transcendia para algo assustadoramente mais intimidante que uma criança de apenas oito anos de idade, principalmente devido à intensidade penetrante de seu olhar. Era evidente que estavam diante de um Uchiha, o qual ostentava o protetor de testa de Konoha, com uma fenda no centro, e trajava um manto negro. Este último estava desabotoado de forma propositada, com a abertura exatamente no meio de seu peito, onde ele repousava casualmente seu braço esquerdo.

A voz daquele sujeito era um tanto calma, mas um tanto antipática. Seus olhos escuros adquiriam a coloração vermelha naquele instante:

— O que vocês, crianças, querem com a ex-discípula do Sandaime Hokage? — O sujeito virou se rosto em direção de Hanya quando notou que a mesma exibia seu doujutsu naquele instante, um pequeno conflito ocular tinha acontecido naquele instante. — Mas isso é...

Kisame, surpreso com o doujutsu de Hanya, não deixou de comentar com uma risada:

— Acho que você deixou escapar um segundo Uchiha do seu pequeno genocídio em Konoha, ein, Itachi-san... Vai querer completar o trabalho agora?


O indivíduo conhecido como Itachi manifestou certo desconforto ao notar a presença de um Uchiha naquela equipe peculiar. Contudo, em um instante, ele recobrou sua habitual serenidade, simplesmente cerrando os olhos e abrindo-os novamente. Desprezando o infame comentário de seu colega, após um breve suspiro, ele declarou:

— Bem, sempre suspeitei que descendentes do Clã Uchiha estivessem espalhados pelo mundo, mas isso é irrelevante agora. O que importa são as informações solicitadas pelo verdadeiro líder da nossa organização, Kisame-san. — Naquele momento, seu olhar se voltou para Rena, quase reconhecendo-a como a líder do grupo. — Felizmente para vocês, possuímos meios rápidos de localizar a mulher que procuram. No entanto, isso não será fornecido gratuitamente. Proporemos uma troca de informações: posso revelar a localização exata de Tsunade, em troca de vocês responderem detalhadamente duas perguntas... Vocês sabem alguma coisa sobre uma pessoa chamada Orochimaru? E para que exatamente vocês precisam encontrar uma figura tão importante e crucial para Konoha?

Quando Itachi mencionou Orochimaru, o comportamento de Kimimaro e Tayuya mudaram instantaneamente, ambos acabaram recuando um passo. Isso não passou despercebido por Itachi, que os observava com seu doujutsu. Aguardando uma resposta, era claro que qualquer informação sobre Orochimaru dada a esse par também representaria uma traição. No entanto, considerando as habilidades do doujutsu do Clã Uchiha, era possível que Itachi conseguisse extrair informações à força, caso notasse uma inconsistência nas informações do grupo. Diante desse dilema, o que o grupo decidiria fazer? Deveriam fugir? Entregar alguma informação falsa? Falar a verdade? Entrar em combate?

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Mesmo diante da vastidão do ambiente, onde cada canto parecia oferecer uma rota de fuga, Hanya sentia-se como se estivesse encurralada em um espaço sufocante, presa entre duas bestas famintas, prontas para devorá-la. À sua esquerda, Hoshigake Kisame; à direita, seu parente de sangue, Uchiha Itachi. Apesar da imponência e do poder que irradiavam, ambos mantinham uma calma perturbadora durante o diálogo, aumentando ainda mais a tensão no ar.

Nessa atmosfera carregada, o homem conhecido como Kisame não hesitou em revelar a todos presentes o terrível feito de Itachi: o massacre de seu próprio clã. No entanto, para Hanya, isso não mudava nada. Desde seu nascimento, ela nunca desfrutara do apoio de sua própria família.

— Então você é Itachi Uchiha, o lendário ninja que derrotou Orochimaru. -proferiu Hanya, sua voz firme e determinada apesar das circunstâncias adversas.

— Minhas informações não diferem muito das de Rena. Nasci no País do Som e passei meus primeiros anos vagando pelas ruas de Otokagure, enfrentando todo tipo de desafio. Foi somente quando Orochimaru me acolheu que aprendi o verdadeiro significado de ser uma ninja. Itachi, desconheço os motivos que o levaram a exterminar nosso clã, mas não alimento qualquer sentimento de rancor. Cresci sem conhecer meus pais, sem ter uma identidade definida. Meu único desejo é me tornar uma ninja poderosa e encontrar a paz que Orochimaru me prometeu.

Hanya interrompeu-se por um momento, sua expressão séria denotando a seriedade de sua próxima pergunta. — Sem pretender ser invasiva, qual técnica você utilizou para derrotar Orochimaru, Itachi? A pergunta pairava no ar, carregada de expectativa e uma dose de apreensão.


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Num instante que parecia suspenso no tempo, enquanto as informações ecoavam pelo ambiente, Kaguya Kimimaro, com uma destreza surpreendente, acionou sua marca maldita assim que ouviu trio relatando uma informação em específica que ele considerava tenebrosa para a segurança do Otokage. Em um movimento fluido e rápido, ele avançou em direção a Uchiha Itachi, como se fosse impulsionado por uma força invisível que o grupo reconhecia como sua lealdade cega. Uma lâmina sinuosa e letal emergiu de seu braço esquerdo, pronta para ser empunhada pelo direito, enquanto seu olhar permanecia fixo e determinado.


A intenção era clara: um corte vertical que visava surpreender e eliminar Itachi. No entanto, no ápice do movimento, quando a lâmina estava prestes a encontrar seu alvo, Kisame surgiu abruptamente entre os dois combatentes. Sua imponente espada, tão grande quanto ameaçadora, erguida como um escudo, interceptou o golpe de Kimimaro com uma precisão impressionante. A resistência da espada conhecida como Samehada pareceu desafiar as leis da física, impedindo que a lâmina atravessasse seu poderoso corpo.


Mas Kimimaro não era alguém facilmente deterredor. Seus movimentos eram fluidos e coordenados, as marcas de seu juin se expandiriam nesse momento cobrindo todo seu corpo, fazendo sua musculatura ficar mais densa e seu corpo ficar um tanto corcunda junto com o surgimento de uma imensa calda. Em um movimento ousado, ele firmou seu pé com firmeza no chão e lançou um poderoso chute na espada de Kisame. O impacto foi intenso, reverberando pelo ar, fazendo a espada do homem ser impelida para para cima, forçada a ceder à força imparável de Kimimaro.

— Um membro do Clã Kaguya, não... São dois... A força dele aumentou de uma hora pra outra, o que é essa marca?


Com a Samehada voando em pleno ar, Kimimaro avançou contra Kisame, formando uma broca óssea em seu braço direito com intuito de varar a cabeça do oponente, porém Itachi surgiria na frente do Kaguya e com um simples olhar, faria o sujeito ser rapidamente paralisado naquele instante. Uchiha Hanya não tinha certeza, mas era quase como se uma de suas dúvidas tivessem sido respondida naquele instante, a velocidade que aquele sujeito aplicava um genjutsu não era brincadeira.


Incrédulo, o Kaguya comentou:

— H-huh... Como...

Kisame ria nesse momento:

— Hmmm... Sua movimentação é muito boa... Hehehe... Os membros do Clã Kaguya que eu conhecia, não eram nem 1/10 de você, garoto... Realmente impressionante, talvez eu devesse terminar o trabalho inacabado de Kirigakure no Sato... O que acha Itachi-san? — Comenta o homem azul de alto porte, enquanto se movimentava calmamente em direção de sua espada que estava caída no chão naquele instante.


Itachi se concentrou em direção do trio, ignorando Tayuya que parecia estar suando frio, um pouco afastada de tudo. O sujeito que vestia um manto negro casualmente faria um corvo emergir de seu braço esquerdo como se fosse um passe de mágica e por fim, o jovem Uchiha olharia calmamente para aquela ave como se estivesse comunicando com seus olhos com ela, após isso acabaria comentando em voz alta:

— Zetsu... Apareça...


Num estalar de dedos, uma criatura humanoide emergia do subsolo numa aparência grotesca e misteriosa. Chamada Zetsu, essa entidade ostentava cabelos verdes e olhos amarelos, com seu corpo dividido em duas metades contrastantes: uma completamente branca e a outra inteiramente negra. Envolve-se num manto negro, à semelhança dos membros da Akatsuki, e suas vestimentas incluíam sandálias e calças azuis. Ambas as pernas estavam envoltas em ataduras, ocultando o ponto onde a coloração negra da perna direita se fundia com o pé branco. Uma voz inocente ecoava de sua origem subterrânea, adicionando um toque de mistério à sua presença.

— Oxi, como você sabia que estávamos vendo tudo?

Itachi ignorou aquela pergunta, por fim falou:

— Você tem uma das melhores capacidades sensitivas da Akatsuki e seus clones estão espalhados por diversos territórios que tenho desconhecimento e também... Você deve conhecer muito bem o chakra dos membros dos Clã Senju, você conseguiria dizer se existe alguma fonte de chakra parecida com o chakra de Senju Hashirama em cidades com o foco em jogos de azar, como Tanzaku, Isshin Toji e Maneko?

A criatura bizarra ficou alguns segundos em silêncio, mas logo responderia:

— Hmmmm, okay... Trabalho fácil... Um dos meus clones já localizaram, mas devemos dar essa informação para eles? — Perguntaria a criatura de cor branca, enquanto direcionava seu olho em direção da sua parte negra, que também responderia naquele instante. — Não vejo problemas... A herdeira do Clã Senju provavelmente se encontra no Vilarejo Isshin Toji que não é muito distante desse território que atualmente estamos próximos, há dois indivíduos com um padrão de chakra muito parecido com o de Hashirama dentro daquela área e inclusive... Um deles parece estar sendo atacada por algo ou alguém nesse exato instante, é isso que você queria, Itachi?

Itachi faria um suspiro silencioso, por fim, iria ignorar qualquer outra interação com o grupo.

— Muito bem, informação dada, vamos embora, Kisame...

Antes que Itachi simplesmente fosse se movimentar em direção do País do Som. A voz mais velha que vinha do Zetsu, iria se manifestar:

— Um momento, Itachi... As ordens de Madara eram claras, você deve apenas recolher informações e não deveria mata-lo agora. Além disso, você sabe como ninguém que Orochimaru tem uma habilidade insana de sair vivo de um combate, por mais difícil que seja.

Itachi iria olhar de relance para aquela criatura bizarra, não gostando muito daquelas ordens que estava recebendo dela. Aquele monstro continuaria falando:

— E por fim, adquiri interesse no potencial desse grupo em especial que provavelmente Madara também teria interesse... O chakra de todos eles carregam características insanas, se permite me dizer... E também, eles podem agir como bons espiões para nós, relatando ações que Orochimaru está aprontando nesse território, os experimentos daquele homem tem um valor militar que pode ser útil para nós se for bem desenvolvido, é isso que Madara falou, não lembra? Esses garotos... Essas garotas... Não sinto que nenhum deles é verdadeiramente leal a Orochimaru, se fossem, nenhuma informação relevante teria sido dada por mais intimidadores que vocês sejam. Se eles buscam a cura para o sujeito chamado Kimimaro, nós da Akatsuki, podemos oferecer ela em troca de lealdade. O corpo desse garoto Kaguya deve conseguir suportar as células de Senju Hashirama que naturalmente devem conseguir mitigar os efeitos da doença que o aflige... Se falarmos com Madara, duvido muito que ele vai simplesmente negar. O que vocês acham?

Durante o diálogo com o trio envolto em mantos negros, surgiu inesperadamente a possibilidade de uma suposta cura para Kaguya Kimimaro. Diante dessa oferta, o grupo enfrentava um dilema. Uchiha Itachi, apesar de parecer calado, demonstrava claramente sua independência em relação às palavras da criatura que proferia tais promessas vazias. Sua intenção era deixar o local sem causar danos ao grupo. Contudo, havia uma ponderação sobre a legitimidade da oferta da Akatsuki para curar Kaguya Kimimaro. A incerteza pairava no ar, deixando-os em dúvida sobre como proceder. Eles seguiriam em direção de Tsunade, ignorando aquela proposta daquela criatura bizarra ou simplesmente iriam seguir a onda daquele monstro tão bizarro?

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Era óbvio que Kimimaru não aceitaria facilmente a divulgação dessas informações para a Akatsuki daquela maneira. Sua devoção a Orochimaru era tão intensa que beirava o fanatismo, porém, era crucial compartilhar informações úteis o suficiente para evitar suspeitas infundadas por parte do grupo Akatsuki. Para Hanya, no entanto, foi a gota d'água testemunhar Kimimaru atacar aquela sinistra dupla daquela maneira, revelando sua incapacidade de liderança.

Enquanto o clima se tornava cada vez mais denso, Itachi convocou um terceiro membro, aprofundando ainda mais a perturbadora atmosfera presente. Cada integrante desse grupo peculiar parecia possuir traços físicos distintos, mas o terceiro sujeito que apareceu despertou uma curiosidade mórbida em Hanya, provocando-lhe arrepios involuntários.

Embora Hanya nutrisse um grande respeito por Orochimaru, ela reconhecia secretamente que sua liderança era instável. O respeito que ele conquistara se devia principalmente ao seu poder absoluto, mas Hanya não compartilhava da devoção cega de Kimimaru pelo Sennin. A proposta feita pela criatura conhecida como Zetsu era extremamente suspeita, uma traição que jamais seria perdoada pela Vila do Som. Mesmo que seu grupo aceitasse a oferta, provavelmente seriam vistos com desconfiança por Kimimaru e Tayuya.

Percebendo que Itachi era o único que preferia evitar um confronto direto, além de parecer o mais sensato e confiável ali, Hanya não hesitou em usar um Genjutsu Sharingan básico nele, transmitindo uma mensagem secreta através de um gatilho visual.

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— Não sou tão devota a Orochimaru quanto possa parecer. Na verdade, repudio as grotescas experiências que ele realiza na Vila do Som. Estou em dívida com ele por ter me tirado da miséria, mas meu objetivo é me fortalecer o suficiente para encontrar paz. Não conheço seus objetivos e motivações, mas percebo uma melancolia em você. Como membros da mesma família e por ter derrotado meu mestre, ganhei certo respeito por você. Orochimaru está planejando algo de proporções enormes, algo que as Cinco Grandes Nações em breve descobrirão, especialmente Konoha, por se envolver em seus planos insanos.


— Pretendo treinar uma aranha muito especial que encontrei numa floresta. Ela possui habilidades ilusórias que podem ser incrivelmente úteis a longo prazo. No entanto, ainda está no estágio de ovo e precisa eclodir. Se você estiver disposto a me fornecer uma ave dessas para trocarmos informações, não seria um investimento desperdiçado em mim. Reconheço que não possuo sua força, mas posso contribuir compartilhando informações valiosas. Naturalmente, espero o mesmo de você, mas é importante ressaltar que estas informações são para o benefício do meu grupo e não de Orochimaru em si.

Com a mensagem entregue a Itachi através daquele Genjutsu, Hanya aguardava ansiosamente a resposta dos outros membros de seu grupo, consciente do peso das decisões que estavam sendo tomadas.

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Aquela situação parecia bastante complexa. Alguns indivíduos naquele lugar pareciam não saber exatamente como agir diante daqueles eventos. A primeira a realizar algum movimento naquele instante seria Uchiha Hanya que através do contato visual, iria aplicar um genjutsu em Itachi que apenas veria o ambiente escurecer ao redor, aquele genjutsu tinha apenas um intuito comunicativo, e a garota iria transferir sua mensagem para aquele Uchiha naquele instante.


Porém, para a surpresa da garota, o sujeito apenas iria comentar algo casualmente.

— Como uma Uchiha que viveu longe de Konoha, provavelmente você não me conhece o suficiente. Portanto, permita-me oferecer um conselho simples: não respeite um assassino que abertamente matou sua própria família. Esse tipo de comportamento óbvio vai te ajudar a sobreviver nesse mundo. Quanto a Orochimaru, tenho conhecimento sobre o perigo que ele representa para minha própria essência. Infelizmente, estou impossibilitado de agir e se vocês decidirem colaborar com a Akatsuki, estarão sujeitos às mesmas limitações que eu. Enfim… Talvez em outra ocasião, você compreenda melhor o que estou tentando expressar.

Hanya notaria nesse instante a ilusão que ela havia projetado se quebrando, Itachi não responderia mais nada, parece que parte do que a garota teria falado naquele instante havia sido ignorado, porém pelas palavras daquele Uchiha, era quase como se Itachi alegasse que estava sendo vigiado constantemente. Talvez outra hora, pudesse se comunicar com ele mais abertamente, já que a Uchiha sentiu naquele instante, um olhar impiedoso da criatura que se chamava Zetsu.


Naquele momento, Myato se aproximou de Tayuya, que estava literalmente paralisada e sem saber o que fazer. A dupla de membros havia derrotado Kaguya Kimimaro em questão de segundos, um oponente que ela era incapaz de enfrentar sozinha. Com gentileza, Myato colocou sua mão sobre o ombro da garota ruiva, ajudando-a a recuperar parte de seu comportamento habitual. Tayuya, ainda incerta, fez um comentário, sua voz trêmula:

— Certo... Talvez, v-você esteja certo... — Ela resmungaria algumas palavras naquele instante enquanto virava sua cabeça. — Obrigada...


Kimimaro lutava para quebrar o genjutsu que afetava seu corpo. No entanto, por mais que tentasse mover seus músculos, permanecia imobilizado. Determinado a recuperar a mobilidade, ele extraiu um osso de suas costelas, perfurando seu próprio braço esquerdo. A dor se manifestou intensamente em seu membro e fez parte de seu sangue jorrar pelo ambiente. Esse ato quebrou imediatamente o genjutsu que afetava seu corpo. Kaguya Kimimaro moveu rapidamente o braço esquerdo, pronto para continuar o combate, mas antes de prosseguir, ouviu as palavras de Rena e parou de se movimentar, desfazendo a transformação física que afetava seu corpo.

— Certo... Acho que seus argumentos fazem sentido Rena-san, porém... Eu jamais vou fazer algo que comprometa o Orochimaru-sama, ouviu bem... Coisa estranha... — Falaria ele observando atentamente aquela criatura bizarra que tinha uma metade totalmente obscura.


A entidade, cujas características físicas eram um tanto anômalas, esboçou um meio sorriso. Por algum motivo, essa criatura não parecia tão poderosa quanto figuras como Itachi e Kisame, mas emanava uma autoridade inquestionável. Quase como se possuísse um conhecimento anormal sobre tudo e todos:

— Muito bem então... Se vocês concordaram com minha proposta, então vamos ter uma mudança de rumo... Vamos seguir em direção da atual localização de Uchiha Madara, vamos para o País da Água. Então, Itachi... Kisame... Vocês veem?

— Atualmente sou considerado um nukenin naquele território, seria um comportamento adequado eu visitar aquela base? E acho que essa dupla de Kaguya também não vai se sentir muito confortável em revisitar aquela região também.

— Sim, você está correto. Desde que Terumi Mei implementou uma política pacifista com a ajuda do Senhor Feudal, parte do poder político de Yagura foi reduzido e parte da força shinobi está mais pacificadora. Kirigakure no Sato adotou uma filosofia de auto-controle, e agora eles estão altamente motivados a perseguir “elementos caóticos” que causaram danos à imagem da nação, como você e os membros do Clã Kaguya. No entanto, não se preocupe… Nossa base temporária naquele território permanece intacta, e é improvável que percebam sua presença na região. — Após essas palavras, ele virou o rosto em direção a Rena, que havia feito uma pergunta. — Convencer Madara é relativamente simples, na verdade, vocês provavelmente vão ser úteis para o mesmo. Provavelmente ele proporá um desafio para testar vossa competência, e se vocês o superarem, ele aceitará as condições que vocês apresentarem, desde que sejam razoáveis.

Por fim, o monstro que se chamava Zetsu casualmente iria se mover em direção do Leste, supostamente deveriam seguir ele, caso quissesem falar com o tal Madara. Para chegar no País da Água, antes, porém, eles deveriam atravessar o País das Fontes Termais.

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— Eu aceito seu desafio. Assim que voltar da minha missão, duelarei com você e provarei de uma vez por todas que os Uchihas são os melhores! Hanya apenas faria um gesto positivo com a cabeça, indicando que sim ela aceitaria que o menino jogasse com sua carta roubada do Tobirama. No entanto, o fedor da casa era estranhamente insuportável para Hanya, que possuía narizes sensíveis. O cheiro doce misturado à podridão do local embrulhava seu estômago, causando um certo desconforto.

De forma surpreendente, os irmãos haviam elaborado todo um plano tático, confeccionando ao trio de ninjas novatos uma espécie de instrumento capaz de controlar as abelhas de forma estratégica. A gêmea então retirou uma botija extremamente pesada para equipe, totalizando três, uma para cada um. Após a explicação de como esse item deveria ser usado, Hanya percebeu que era extremamente inviável para a menina carregar um peso maior que o seu próprio. Com extrema humildade, agradeceu o item que lhe foi concedido, porém sugeriu que diminuíssem a quantidade de abelhas para um pequeno pote de vidro que ela tinha. Dessa forma, a menina seria capaz de ter um melhor aproveitamento e conseguiria repassar a informação para os irmãos.

Caso seu pedido fosse aceito, Hanya daria uma rápida passada em seu dormitório para reabastecer seus instrumentos ninjas. Pegaria um lápis e um pequeno bloco de notas antes de seguir para sua missão. Além disso, ao sair de casa, Hanya assobiaria, chamando seu pássaro, e daria um petisco para ele como um gesto de apreciação pela companhia e suporte durante suas jornadas.

@Nie @Zatrys @Ben Ikneg

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