Construção.
Marvel começou nos apresentando os personagens aos poucos, escalonando-os até chegar nos seus respectivos auges. Seguindo essa premissa, a Marvel cativa o público e o faz acompanhar cada uma das trajetórias de seus personagens, de modo a aguçar o interesse dos telespectadores em explorar as várias ramificações desse universo.
Uma das estratégias de expansão da Marvel que funcionou muito bem, era colocar "heróis secundários" como Viúva-Negra e Gavião Arqueiro, que apareceram mesmo como chars adjacentes ali na trama de um "herói principal" (Homem de Ferro e Thor). O público já estava familiarizado com a estória dos "heróis principais" (afinal estavam assistindo o filme deles), mas e quanto aos "secundários"? De onde vieram? Pelo que passaram para se tornarem heróis? Qual seus passados? Merecem um longa-metragem, ou um seriado explicando suas origens.
A DCU poderia ter seguido essa mesma estratégia, apostando inicialmente no banco de heróis que luta nas ruas mesmo (Canário Negro, Questão, Homem-Hora, Arqueiro Verde, etc...)...Ao invés de ter começado com o Trio de Ouro e seguido direto para a Liga da Justiça de uma forma tão chapada. Vemos essa receita funcionando para filmes como Coringa 2019, Batman Cavaleiro das Trevas ou o Batman do Tim Burton (1989), que mostra toda uma óptica bem construída do personagem principal, juntamente com suas relações para com os personagens ao seu redor que poderiam gerar conteúdos futuramente em filmes ou seriados próprios...Seguindo com essa linha, a DCU introduziria pistas ou participações aqui e ali de heróis das "esferas superiores" de seu verso digamos assim...Meta-Humanos, Raças Alienígenas, Entidades, Divindades e assim puxariam as sequências gradativamente, desenvolvendo o lore de cada personagem e os encaixando coesamente no verso, até atingirem seus ápices como super-heróis (ou super vilões).