Eu diria que as consequências inevitavelmente têm cunho negativo, porém são relativas de indivíduo para indivíduo. Pense comigo: um indivíduo pobre, que vive em uma favela, não quer [não tem desejo de] ingressar no mercado de trabalho qualificado, ou até mesmo um indivíduo acomodado em negócios da família/um emprego que já conseguiu antes/um emprego de mão de obra pouco qualificada, não teria nenhum motivo significativo para aprender outras línguas. Não existe apelo, não existe demanda.
Porém, na medida que as ambições de um indivíduo e, em parte, a classe social vão crescendo e melhorando, o anterior terá a necessidade de aprender o inglês. E para acentuar ainda mais essa situação, falar Inglês básico não é mais um diferencial no mercado de trabalho, e sim um pré-requisito básico. Logo, ser monoglota enquanto procurando um emprego com qualificação média ou alta é uma grave desvantagem. Não vale à pena se defasar de tal forma, precisa-se de muito estudo e perícia para evitar ficar para trás.
Agora, saber Espanhol ou Inglês com fluência absoluta são duas competências diferenciais e extremamente úteis. Seja para turismo [entretenimento], habilidades para o mercado de trabalho, intelecto, interações sociais casuais e afins. Nem preciso de ir muito a fundo do fato do Inglês ser uma língua mundial e o Espanhol ser falado por quase todos os vizinhos do Brasil e ser uma língua forte nos Estados Unidos. E sobre falar línguas como Francês, Alemão, Russo, Mandarim, Japonês, Árabe ou Italiano é consenso: amplia absurdamente sua inteligência comunicativa e cultural, e te abre oportunidades muito incomuns, como intercâmbios, bolsas de estudo, trabalhos qualificados muito bem pagos, vida confortável em países estrangeiros, comunicação com pessoas novas e afins.
Então ser monoglota é mais sobre as oportunidades que você está perdendo do que algum tipo de discriminação, exclusão ou desamparo total no mercado de trabalho.