Dormitórios - Otogakure no Sato

No labirinto sombrio dos confins do subterrâneo, um complexo se estende, formado por corredores meticulosamente construídos que se entrelaçam em uma teia intrincada. Entre suas paredes, o musgo e as teias de aranha emprestam uma aura de abandono e mistério. Nos modestos dormitórios, uma cama oferece o único e curioso conforto, enquanto a fraca luz das tochas nas paredes lança sombras dançantes pelos espaços. Os súditos de Orochimaru, habitantes desse complexo, vivem em um estado perpétuo de lealdade fanática, alimentando o insaciável poder de Orochimaru com sua devoção inabalável.

Quando o grupo finalmente alcançou o ambiente onde passariam a noite, o cansaço acumulado se manifestou de maneira avassaladora. Cada membro do grupo sentia os efeitos da jornada extenuante: músculos doloridos, mente exausta e uma profunda necessidade de descanso. Para Hanya e Rena, cujos corpos pareciam ter absorvido o peso de cada desafio enfrentado, o momento de se entregarem ao sono foi quase instantâneo. Sem qualquer resistência, elas simplesmente se deixaram cair sobre as camas, entregando-se ao conforto do descanso merecido.

No entanto, para Myato, o momento de sono não foi tão imediato. Mesmo com o cansaço pesando em seus ombros, sua mente não se aquietava completamente. Enquanto se acomodava em sua cama, ele percebeu que não estava só diante do silêncio da noite. O som forte e constante da chuva ecoava pelas paredes do dormitório, penetrando em seus ouvidos com uma intensidade surpreendente.

Para Myato, que estava habituado com a vida na superfície, o som da chuva adquiria uma nova dimensão quando se encontrava em um ambiente subterrâneo. Era como se cada gota que caía do céu distante fosse amplificada pelas paredes de pedra que o cercavam, criando uma sinfonia hipnotizante que preenchia o espaço ao seu redor. Em uma construção menos competente, a força da chuva poderia facilmente se transformar em uma ameaça, infiltrando-se pelas rachaduras e inundando os espaços habitados. No entanto, aquele dormitório era bem protegido nesse quesito, onde a água da chuva não representava uma preocupação iminente.

Finalmente, à medida que a calma da noite envolvia seu corpo fatigado, Myato permitiu-se fechar os olhos, entregando-se ao sono reparador.



Kaguya Rena foi a primeira a despertar naquela manhã e notou que tinha literalmente apagado por um bom tempo. Com um movimento suave, ela se ergueu da cama, sua mente já começando a se encher de pensamentos sobre o que os gêmeos queriam discutir com eles naquela oportunidade anterior. Depois de cuidar de suas necessidades matinais, a jovem de cabelos pálidos se lançou em busca daquela dupla misteriosa. Logo após isso, Hanya e Myato tinham acordado, mas justamente pois notaram uma espécie de estrondo naquela região. A Uchiha um pouco sonolenta e com o ovo da aranha em uma das mãos, apenas abriu a porta de seu dormitório para ver o que estava acontecendo no corredor, até que veria uma cena peculiar:


Um jovem um tanto bizarro que tinha 6 braços parecia estar conversando com uma garota de cabelos ruivos naquele instante. A Uchiha notou que ele parecia estar observando algumas aranhas no seu dedo indicador, parecia ter algum cuidado especial com ela. Aquele sujeito que era reconhecido como Kimaru, parecia falar de uma forma um tanto alegre:

— Hahaha... Finalmente conseguimos armar uma estratégia efetiva contra aquele maldito do Kimimaro, já estava cansado de apanhar para ele no nosso treino, finalmente uma vitória em combate... Acho que finalmente estamos evoluindo... Seu genjutsu foi realmente muito bom dessa vez, Tayuya, meus parabéns!


A garota de cabelos avermelhados parece um pouco impaciente e seu rosto fez uma careta naquele instante. A voz furiosa daquela garota claramente denotava sua personalidade:

— Seu idiota, não melhoramos porra nenhum... Os movimentos dele estão claramente desorientados, não temos mérito nenhuma nessa vitória. Foi ótimo acertar uma joelhada no rosto daquele metidinho, mas acha que melhoramos alguma coisa? Tsc...

O sujeito apenas iria sorrir naquele instante:

— Você está um tanto pessimista, ele ainda se movia terrivelmente bem, não acho que estava tão longe assim de seu auge. Mas tudo bem... Só estou comemorando uma pequena vitória que tivemos, não seja chata, okay? — O sujeito nesse instante notaria tanto Myato e Hanya saindo de seus respectivos dormitórios nesse instante. — Hmmm... Pelo visto temos novos vizinhos e nem notamos... Prazer, meu nome é Kidomaru, me chamem de "senpai" fazendo o favor... Mas espera ai... Essa garotinha... Onde raios você pegou esse ovo?

Tayuya apenas soltou um resmungo, quando notou que seu companheiro de equipe teria dado atenção para aquela dupla aleatória. Ela apenas desviou o olhar naquele instante.

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— Mas que inferno!!! Eu esperava dormir por muito mais tempo, qual será o motivo desse barulho todo. Hanya, irritada por não conseguir procrastinar por mais tempo na cama, abre a porta do seu quarto e se depara com os dois ninjas de Elite do som, fazendo algum tipo de treinamento ou algo do tipo.
Após ouvir brevemente as conversas dos ninjas, Hanya trataria os mesmo que ali estavam com respeito e tentaria se aproximar de ambos, já que, o que eles tinham a lhe oferecer era de grande utilidade.

—  Kidomaru senpai, Tayuya-san eu me chamo Hanya Uchiha, sou nova no ramo ninja, no entanto, já ouvir falar de vocês. É uma honra conhecê-los em vida, principalmente você Tayuya-san. Me inspiro no seu estilo de combate, por mais que os métodos sejam de formas diferentes, espero me tornar uma grande ninja como você algum dia.

Após tentar criar algum vínculo por mínimo que seja com Tayuya, Hanya se lembra do Ovo de aranha que tinha pego no vale dos horrores e corre para pegar o item em seu quarto. — Senpai! Veja esse ovo que consegui pegar no vale dos horrores. Infelizmente a aranha Alfa dona desse ovo morreu, essa aranha tinha uma habilidade peculiar de criar um Genjutsu em área, além de possuir extrema agilidade e habilidade com suas teias de seda, incrivelmente resistentes.  Sei que é muita ousadia pedir um favor no nosso primeiro encontro, mas eu não entendo muito sobre aranhas. Futuramente pretendo treinar essa aranha e fazer um contrato com ela, eu realmente me interessei pelas habilidades dela. Por favor, senpai! me ajude a cuidar dessa aranha!!!

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Kidomaru era um shinobi de pele escura, com cabelos e olhos negros. Sua característica mais marcante eram os seis braços que o distinguia dos demais. Seus olhos se voltaram na direção de Myato quando este o chamou de "bobo alegre", e por um breve momento sua expressão pareceu mudar como se não tivesse gostado do tom daquele jovem. No entanto, ele dirigiu sua atenção para Uchiha Hanya, que demonstrara um respeito mais direto. Kidomaru apenas respondeu com um sorriso contido no rosto:

— Hmmmm, ela morreu? Sério mesmo? — Falaria o sujeito falando sobre a aranha que deveria ser a mãe daqueles ovos. — Sinceramente, espero que vocês não tenham envolvimento na morte dessa aranha. Nunca tinha visto um aracnídeo com capacidade de usufruir de genjutsu e seria fascinante tentar fazer um contrato com ela. De qualquer forma, esse tipo de ovo que você carrega é um pouco diferente das "sacolas de ovos" de aranha que estou acostumado a ver. Para que realmente eles eclodam, esses ovos precisam estar constantemente em contato com um corpo quente ou em uma temperatura ambiente de 25º até 30º graus, e considerando que o local onde vivemos é um pouco mais frio que isso, pode ser necessário um cuidado extra. Não me importo de cuidar deles para você, mas o ideal é que essa aranha esteja acostumada com você desde o inicio, caso pretenda utilizá-la para auxiliar em combate. Se ela for de uma raça inteligente, é provável que acabe considerando a primeira pessoa que ela ver diretamente como sua mãe.

O sujeito, com uma destreza peculiar, retirou um pergaminho de sua bolsa de armas, desenrolando-o habilmente para revelar seu conteúdo. Com um gesto preciso, deixou o rolo deslizar suavemente pelo ar até que ele pousasse silenciosamente no chão, revelando seu propósito. Em seguida, com uma concentração evidente, ele executou um selo de mão único. Diante dos olhos surpresos dos presentes, uma espécie de incubadora começou a emergir lentamente da estrutura de papel, materializando-se no ar como se fosse uma miragem sólida.


A incubadora pairou no espaço por um momento, emitindo um suave zumbido enquanto assumia sua forma definitiva. Um dos braços de Kidomaru, ágil e coordenado, estendeu-se rapidamente para capturar o objeto antes que tocasse o chão. Após isso, ele ofereceu a incubadora à Uchiha:

— Por enquanto, mantenha este ovo dentro da incubadora. Isso acelerará significativamente seu processo de eclosão! — explicou ele, sua voz firme e segura. — Pode ficar com o objeto; tenho uma quantidade abundante deles. Pessoas que apreciam aranhas são realmente raras, então estou mais do que disposto a oferecer minha ajuda nesse sentido.


A jovem de cabelos avermelhados observava a interação com uma expressão de perplexidade estampada em seu rosto. A ideia de preocupar-se com a eclosão de um ovo de aranha parecia-lhe estranha e, francamente, um tanto bizarra. Quem em sã consciência se dedicaria a tal empreendimento? Esses pensamentos corriam em sua mente enquanto ela tentava compreender a situação diante dela. Quando a dupla tentou falar com ela, o comportamento dela foi um tanto antipático, ela simplesmente responderia, primeiramente Myato, sua dúvida e sua proposta de uma refeição:

— Talvez, fui eu... Quem sabe... Não tenho interesse em seus restos. — Ela falaria sem nenhum interesse de interação, após isso iria se virar em direção de Hanya e responderia ela também. — Legal, tampinha.

Naquele momento, o silêncio pairava sobre o dormitório, quebrado apenas pelo som suave dos passos de Kabuto ecoando pelo corredor. Seus óculos, enegrecidos pelo reflexo da luz, pareciam emoldurar o olhar calculista que ele lançava ao ambiente. Com uma postura ereta e decidida, ele avançava com uma calma que contrastava com a tensão palpável no ar. Tayuya e Kidomaru, alertados pela presença iminente de Kabuto, interromperam suas conversas e imediatamente baixaram suas cabeças em sinal de respeito. Seus gestos reverentes não apenas denotavam uma deferência ao status e à autoridade do homem que se aproximava, mas também refletiam um leve lampejo de receio, uma percepção aguçada de que suas próprias agendas e intenções poderiam ser postas à prova diante dele.


Ao se aproximar, Kabuto lançou um olhar penetrante para os quatro presentes, erguendo levemente uma sobrancelha em sinal de expectativa.

— Myato... Hanya, preparem-se para irmos ao escritório de Orochimaru. Precisamos saber qual será nossa próxima missão... E... Tayuya e Kidomaru, vocês não deveriam estar vagabundeando aqui, se estão com tanto tempo livre para papear, vocês deveriam estar trabalhando também. Fiquei sabendo do fracasso de sua ultima missão, querem ter seus status dentro de Otogakure reduzidos? Recomendaria irem atrás do Orochimaru também.

Ditando as ordens de forma clara e concisa, Kabuto não aguardou por mais delongas, movendo-se com serenidade em direção ao escritório do enigmático líder, Orochimaru.

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Hanya pede desculpas pela interrupção ao acordar Tayuya, explicando que a porta acabou se abrindo quando ela bateu. Observando os estranhos bonecos no quarto, ela comenta com um sorriso amigável: — Que bonecos peculiares você tem aqui, hehe. Deve ser um tanto desconfortável ser espionada dessa maneira.

Ao mencionar Myato, o membro tagarela de seu time, ela acrescenta com um tom divertido: -Já ouvi alguns comentários sobre você vindo do Myato. Ele é bastante astuto, como esses aí. Se eu fosse você, ficaria de olho nele. Quem sabe ele não esteja te espionando também, não é?

Analisando a explicação de Tayuya para não ensinar o Mateki: Mugen Onsa, Hanya demonstra compreensão pelos motivos dela em não querer ensiná-lo naquele momento. — Entendo perfeitamente, talvez possamos deixar para outra ocasião. De qualquer forma, ficarei muito grata em aprender o 'Nehan Shōja no Jutsu' com você.
Apesar de agradecida por Tayuya atender ao seu pedido, Hanya se sente um pouco tímida quando Tayuya a chama de "ratinha". No entanto, ela entende que Tayuya é conhecida por sua natureza franca e direta, semelhante à Rena, e percebe isso como uma forma de reconhecimento vinda da experiente ninja.













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Tayuya, naquele instante, parecia coçar seus cabelos avermelhados enquanto ouvia calmamente a garota de 8 anos. Ela era bastante mal-educada e tinha um comportamento ríspido com a maioria dos indivíduos com quem interagia. Isso não mudava nem mesmo quando se tratava de pessoas com as quais tinha alguma afinidade; Tayuya não hesitava em chamar Hanya de “pequena ratinha”. No entanto, ao ouvir que Myato era um pervertido, os olhos de Tayuya pareceram se mover de forma desinteressada. Mesmo assim, ela não deixaria de comentar:

— Ele tem 10 anos, não creio que já seja um pervertido com essa idade… Mas vou tomar cuidado. Aliás, falando nisso, tome cuidado, “ratinha”. Existem muitos esquisitões em Otogakure no Sato. Você provavelmente pode lidar com a maioria deles, mas sempre fique de olho. Esse é o preço que temos que pagar por viver em um território tão problemático liderado por uma pessoa como Orochimaru. De resto, vamos continuar com seu treinamento.


Tayuya, num movimento elegante, realizou selos de mãos e projetou chakra yin pelo ar. Naquele instante, Uchiha Hanya observou diversas penas surgindo no ambiente. Era uma técnica que definitivamente se tratava de um genjutsu. A jovem garota Uchiha sentiu-se sonolenta, mas Tayuya não completaria o genjutsu, e por isso, Hanya não seria afetada pelo efeito principal do jutsu.

— O intuito desse jutsu é bem simples, para falar a verdade. Você só precisa manifestar e projetar seu chakra pelo ar, formando um gatilho visual, assim como ocorre contra indivíduos que olham diretamente para o seu Sharingan. Inicialmente, apenas se concentre em formar a imagem de “penas de aves” caindo do céu. Você domina uma técnica chamada Oboro Bunshin, não é mesmo? Não deve ter dificuldade em projetar imagens falsas em campo de batalha. Vamos tentar!

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— Bom... a verdade é que mesmo você sendo mais velha do que aquele pilantra, acho que você tem uma quedinha por ele, rsrs. Hanya comenta brevemente, antes de se concentrar nas explicações de Tayuya. Enquanto absorve as informações, Hanya lembra do pássaro que Itachi tinha concedido. Decidida a homenagear o gesto do ninja, ela ativa seu Sharingan e utiliza o princípio do Oboro Bushin para criar uma ilusão. Centenas de penas negras começaram a cair lentamente do céu, representando os corvos que Itachi frequentemente usava em suas técnicas.






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Tayuya ouviria a alegação da Uchiha, mas não pareceu se abalar.

— Quedinha? Eu? Ele até que é legal, no entanto, é muito criança e parece muito bonzinho para o meu gosto. Se quer minha opinião, vocês dois parece bem compatíveis, tem interesse nele, não? Se bem que vocês dois nem devem entender sobre romance ou coisa do tipo. Nem eu entendo muito para ser sincero, sou uma combatente, afinal.


Uchiha Hanya, com sua destreza e concentração, começou a moldar seu chakra internamente. Enquanto executava os selos de mão com precisão, sentiu o fluxo dessa energia se expandindo pelo campo de batalha. Com um controle refinado, ela projetou uma imagem através desse chakra, dando origem a várias penas negras ilusórias que pareciam cair do céu, que naquele momento era o teto do quarto de Tayuya. O ar ao redor delas dançava, como se as próprias penas tivessem vida. Era um espetáculo mágico e hipnotizante, capaz de chamar atenção e desorientar seus oponentes. A cada movimento, as penas se multiplicavam, criando uma ilusão caótica.

Tayuya, com seus cabelos ruivos e olhos perspicazes, estudou o genjutsu diante dela. Uma expressão de descrença cruzou seu rosto enquanto ela processava a cena.

— Penas de corvo? — murmurou, com um tom de sarcasmo. — Será que você é tão “fanboy” daquele sujeito a ponto de projetar inconscientemente essas penas? — Ela colocou uma mão sobre a testa, fechando os olhos por um momento. — Bem… o próximo passo é transformar essa imagem visual em um gatilho para o seu genjutsu. Aumente a intensidade do seu chakra e transfira o comando “Durma” para esse gatilho ilusório de forma múltipla, seu chakra vai viajar até o cérebro do oponente e forçar o indivíduo a seguir tal comando. Vou ser sua cobaia por enquanto e não utilizar o kai, se conseguir me fazer dormir, seu genjutsu estará completo.

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Apesar da sensação suave transmitida pelas penas, Hanya sentiu a necessidade de torná-las mais palpáveis. Com uma respiração profunda, concentrando-se na força do seu diafragma, ela começou a condensar seu chakra ao redor do ambiente. Era uma tarefa desafiadora encontrar o equilíbrio entre intensificar a sensação das penas sem perturbar a atmosfera de calma e conforto que havia criado.

Decidindo-se por concentrar-se na materialização de apenas uma pena, Hanya direcionou toda sua atenção para a imagem nítida de uma única pena escura em sua mente. Com essa imagem perfeitamente gravada em sua memória, ela executou os selos de mão para o 'Nehan Shōja no Jutsu'.

Enquanto seu chakra se condensava pelo quarto de Tayuya, a jovem projetou mentalmente as ilusórias penas negras, impregnadas com um sinal de chakra que parecia atravessar o ambiente como um sonar. Com um comando suave, mas firme, ela ordenou: DORMI!


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Com um esforço quase sobrenatural, Hanya canalizou seu chakra de forma assustadora. As penas de corvos se multiplicaram, enchendo o quarto com uma intensidade surpreendente. O chakra era tão abundante que Tayuya sentiu como se uma brisa tivesse tocado sua pele, algo altamente improvável para um genjutsu visual. Hanya lutava com determinação para gerar o comando que faria Tayuya adormecer, mas nada acontecia.


Tayuya sorriu naquele instante, aliviada.

— É compreensível que você leve algum tempo para aprender. Eu mesma levei bastante para dominar esse genjutsu. Seria anormal se você conseguisse dominá-lo tão rapidamente… Huh?

A única garota do Quinteto do Som sentiu seus olhos pesarem. Balançou a cabeça, incrédula. Um genjutsu de rank A não deveria ser tão facilmente aprendido por uma garota de 8 anos. Tayuya poderia usar o “Kai” para quebrar o efeito sonolento, mas relutava em acreditar que a jovem “ratinha”, como costumava chamá-la, tivesse tanto potencial. Lentamente, a consciência de Tayuya se esvaiu. Suas pernas fraquejaram, os braços amoleceram. A queda na cama foi inevitável. Definitivamente, a jovem Uchiha havia dominado aquela técnica com relativa facilidade.

Técnica Aprendida!

Nehan Shōja no Jutsu [Suplementar - Longo Alcance  - Abrangência Total]
O usuário cria uma chuva de penas de pássaro, que vão caindo lentamente sobre o campo de batalha. Elas funcionam como gatilho visual e o genjutsu tem como resultado colocar os alvos para dormir. Desvantagem de iniciativa -10.

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Um sorriso radiante se estendia de ponta a ponta no rosto de Hanya, evidenciando sua satisfação com o resultado alcançado. — Descanse um pouco mais, Tayuya. Você foi uma excelente 'Sensei'. Ela disse gentilmente antes de deixar Tayuya aconchegada em seu dormitório. Enquanto se encaminhava para o ninja Shop, Hanya sabia que Rena estava por perto e estava ansiosa para se reunir com sua parceira. — Bom... acho que é hora de me juntar àquela rabugenta da Rena. Murmurou consigo mesma, deixando escapar um leve sorriso brincalhão. — Me pergunto que tipo de atividade aquela sebosa está fazendo agora.




















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Uchiha Hanya, com um suspiro de gratidão, observou Tayuya, que repousava tranquilamente em sua cama, como já havia visto inicialmente. A suave luz das fracas lâmpadas do local parecia gradualmente se extinguir, talvez devido a alguma perturbação na energia, criando sombras delicadas no quarto. Após um certo tempo, a mente da jovem Uchiha divagou para sua outra companheira, Kaguya, cuja presença sempre a intrigava. Decidida a sair daquele quarto, Hanya partiu em busca de sua amiga.

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