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Conservatório Feudal de Música - Otogakure no Sato

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2 - Conservatório Feudal de Música - Otogakure no Sato CYpQ16k

Apesar de não muito grande, sua arquitetura estrangeira nada modesta com certeza chama atenção em relação aos demais prédios da vila. Trata-se de um investimento do próprio senhor feudal do país do som, numa tentativa de fortalecer a cultura musical do país. É como qualquer outra escola, exceto que o estabelecimento dedica-se totalmente ao ensino da música, canto e matérias relacionadas. Como é de se esperar, trata-se de uma escola um tanto reservada à elite do país, já que suas mensalidades não são muito amigáveis. Uma grande variedade de músicos famosos do país do som e do exterior são empregados no ensino daqui. Apesar de bem menos expressivo, há também um departamento de ensino destinado ao ensino do Otojutsu e das demais técnicas shinobis que envolvem música.

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- Entendo... Parece que vai ser uma missão complicada, teremos que reunir mais informações sobre esses musicos envolvidos, só talvez algumas destas figuras citadas não estejam realmente mortas... Não seria anormal um ninja conseguir forjar suas mortes com algum jutsu, certo? - Eu falaria com certa calma e pensativo, provavelmente seria a missão mais complicada que eu participaria, mas já estaria atento suficiente que nervosismo não me ajudaria em nada naquele momento.

Ao chegar no local, eu não podia parar de admirar a beleza do local e com certa empolgação iria adentrar no local com certo entusiasmo, por algum momento minha idade e minha curiosidade me faziam agir como adolescente jovem e despreocupado. Mas rapidamente eu tentaria me concentrar na missão que eu estava envolvido. Vendo que Satomi estava literalmente me seguindo, eu resolve seguir o som da música que estavamos ouvindo e caso eu encontrasse a fonte da música, eu não iria interromper os musico.

Apenas iria pegar minha flauta e tentar acompanhar eles na musica. caso ele parassem imediatamente de tocar, eu apenas falaria:

- Yo... Estou aqui para solucionar o problema que está acometendo a região, vocês possuem alguma informação que possa ser útil? - Falaria de uma forma genérica e olhando para o chão, literalmente envergonhado de ter atrapalhado a musica tão bela.

@Keel Lorenz

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- Hmm... - seguindo o raciocínio de Benjamin, Satomi colocou a mão no queixo - Sim, não seria impossível. Mas, criar corpos falsos capazes de enganar até mesmo os iryonin legistas ou então migrar a alma, deixando o corpo para trás, exigiria uma técnica bastante complexa - ela contraiu o cenho, um tanto intrigada com a possibilidade - Pelo que sei há ensino de otojutsu aqui, mas não sei se os professores daqui seriam capazes de um ninjutsu dessa complexidade… - finalizou em ar pensativo.

Após alguns instantes desviando das belíssimas plantas que se espalhavam pelo jardim da propriedade ao sons incomuns de violino, ambos os otonins finalmente teriam vista da pessoa que treinava violino.


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De olhos fechados, uma garota de ar melancólico treinava suas habilidades no instrumento. Considerando seu foco e alta introspecção no treino, as notas de Benjamin acabaram a surpreendendo. Ela subitamente parou de tocar e, com uma cara de susto, observou os dois ninjas por alguns instantes. Não demorou muito, porém, para que ela entendesse o que estava acontecendo.

- Ah… Vocês devem ser shinobis - ela abaixou a cabeça, tirando o violino do ombro e arrumando-o para guardar - Sobre os colegas que apareceram mortos? Já lhes disse antes que não sei muito sobre isso - com uma expressão de pesar, ela seguiu colocando o violino e arco em sua caixa - Mas, ouvi alguns boatos pelo conservatório recentemente. Dizem que todos os alunos que amanheceram mortos no dia anterior tinham dito que passariam a noite em claro para investigar o fantasma, ou algo do gênero - ligeiramente irritada, ela fechou o zíper da caixa do violino com firmeza - Sobre o professor Salieri, já lhes contei tudo que sabia - ela finalizou ligeiramente brava, levantando-se e pegando sua caixa de violino.

Disfarçando o ultraje pela tamanha insensibilidade que Otogakure no Sato tinha de vir lhe fazer lembrar daquelas coisas horríveis mais uma vez, a garota fez menção de sair dali. Levantando-se do banco com a caixa do seu violino em mãos, ela deu alguns passos na direção de uma porta na lateral do prédio que dava para os jardins.

No entanto, antes de deixar o ambiente, ela pareceu caminhar a passos lentos, observando os ninjas com um certo ar de arrependimento por ter lhes tratado daquela forma. Ela não parecia do tipo que pedia desculpas, mas Benjamin certamente veria a brecha para insistir em suas perguntas se quisesse.

@Ben Ikneg

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Vish, pelo visto fui um pouco indelicado com ela, pelo menos foi esse meu pensamento inicial. Mas não posso simplesmente deixar passar nenhum tipo de informação, ainda mais considerando que ela poderia ter alguma ideia do que poderia estar acontecendo naquele local. Então simplesmente eu deveria me desculpar e por isso iria utilizar Shunshin no Jutsu para surgir mais próximo dela, de uma forma que não cause incomodo e apenas baixaria minha cabeça como um sinal de respeito, e então falaria:

Desculpe pelo meu comportamento. Eu não queria ser indelicado. Estou aqui para tentar descobrir algumas informações sobre o caso e pensei que você poderia me ajudar. Para ser sincero, pelas informações atuais, talvez eu não saiba nem por onde começar na minha investigação… Mas… Não queria causar nenhum incômodo! — Tentaria ser o mais respeitoso possível, apesar de que internamente eu queria tentar me aproveitar do fato que ela parecia um pouco indecisa, talvez ela pudesse saber de alguma coisa que não havia contado por algum motivo ou trauma. — Bom, eu posso procurar por algum outro individuo, caso necessário, desculpe qualquer incômodo e ter interrompido sua música.

Assim que eu falasse isso, eu apenas iria dar minhas costas e pensaria que talvez ela iria me chamar e talvez falasse alguma coisa, mas caso me ignorasse, eu apenas iria adentrar mais na região para começar uma investigação, mesmo que pequena. Qualquer coisa estranha na região poderia me dar uma luz para começar.

Ação livre para @Keel Lorenz

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2 - Conservatório Feudal de Música - Otogakure no Sato VOhjxPD

A garota não pareceu tão surpresa com o jutsu, mas sim mais com as palavras. Ela baixou a cabeça também e, durante alguns instantes, pareceu que não diria mais nada. Entretanto, quando finalmente elevou sua face, parecia bastante arrependida.

- Eu é quem deveria… Pedir desculpas - ela balbuciou inicialmente - Vocês só estão aqui fazendo o trabalho de vocês… Eu que deveria ter sido mais compreensiva - a violinista baixou mais uma vez a cabeça - Também não sei ao certo por onde começar… - cerrou os olhos, pensativa - Mas acho que as coisas começaram a ficar estranhas quando o professor Nodart morreu… - meio perdida, tentando lembrar-se dos fatos, voltou a erguer a cabeça - Nessa época eu estava treinando o básico de otojutsu com o professor Salieri e ele parecia bastante afetado - sua expressão era de estranheza ao lembrar-se da situação passada - A relação dos dois sempre foi um pouco conturbada. Não sei dizer ao certo, mas era algo entre a rivalidade e a amizade. Só que, após a morte do professor Nodart, o professor Salieri parecia estar sempre com os nervos à flor da pele e bastante cansado, como se estivesse dormindo pouco ou quase nada à noite - a musicista prosseguiu, cruzando o braço livre sob o braço estendido que carregava o violino - Fazia sentido que ele estivesse assim. Salieri jamais faria uma coisa dessas e os boatos a respeito de sua pessoa eram muito cruéis - ela balançava a cabeça, exibindo expressões que denotavam uma situação dolorosa - E, então, acho que ele acabou não suportando… - a garota abaixou o olhar, em pesar.

Arrumando os óculos, Satomi prestava atenção fixamente à conversa. Ela parecia anotar mentalmente as informações de forma bastante metódica. No entanto, dava para ver que ela também sofria em conjunto com a violinista. Ela não fez comentários, porém, deixando que, por ora, Benjamin tomasse as rédeas da situação.

- Sabe, pode parecer loucura - após uma pausa, ela prosseguiu, chorosa - Mas toda noite ainda dá para escutar as músicas dele tocando pelos corredores da escola - a musicista pareceu olhar profundamente nos olhos de Benjamin. Ela buscava validação. Tinha se aberto, mas não queria ser taxada de louca - Tenho certeza que é ele. Jamais confundiria sua forma de tocar, suas particularidades na escolha de partituras e de instrumentos - ela faria movimentos negativos com a cabeça, reforçando que sabia do que estava falando - Os otonins antes de vocês não quiseram escutar, mas muitos de nós têm certeza de que só pode ser o fantasma do professor Salieri - ela manteve o olhar fixo em Benjamin, bastante nervosa - Por causa disso, alunos com algum conhecimento em otojutsu tentaram investigar a situação, mas… - a garota emudeceu, baixando os olhos de forma bastante pesarosa. Benjamin e Satomi sabiam exatamente ao que ela queria se referir, mas não conseguia. Seus colegas haviam morrido, afinal - Por favor, vocês precisam acreditar. Peço para que aplaquem o espírito do professor e o impeçam de continuar fazendo aquilo de que certamente se arrependerá no pós vida - trazendo para cima a mão de Benjamin com as suas mãos, ela implorava por ajuda.

Benjamin se veria numa situação impossível de escapar. Dada o quão delicada era, teria que responder a violinista se não quisesse magoá-la. No entanto, cabia a ele decidir se acreditava ou não. Dada sua resposta, independentemente de qual fosse, veria que a garota não tinha mais nada a dizer. Estava abalada demais para continuar e simplesmente se retiraria. Com isso, restariam-lhe duas portas conhecidas: a da frente e a lateral, do jardim em que estavam. Os ninjas também poderiam investigar os arredores externos do prédio se assim desejassem.

Ação livre para @Ben Ikneg

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Ao ouvir atentamente as palavras da violinista, havia algo em mim que talvez acreditasse no que ela estava dizendo, mas eu não podia afirmar nada ainda e pessoalmente eu tinha dificuldade de acreditar que criaturas sobrenaturais poderiam afetar o plano físico sem uma ajuda externa de um ser humano vivo. Aliás, eu tinha até mesmo dificuldade de acreditar que existiria algo como vida após a morte, mesmo existindo relatos consistentes na história shinobi. Talvez aquela missão fosse me tirar algumas dúvidas importantes.

Bem… — eu a encararia por alguns segundos antes de responder — Acredito em você, apesar de que pessoalmente também acredito que isso possa ser obra de uma pessoa viva tentando sujar um nome ou simplesmente se aproveitando de um suposto mito para criar o caos. Mas não se preocupe, sendo o fantasma dele ou não, nós resolveremos o problema, isso eu prometo! — Falaria destacando que isso seria uma promessa, apesar de que pessoalmente a história parecia complicada demais.

Após dar a resposta, eu me levantaria e faria um sinal para que Satomi me acompanhasse, eu estaria saindo daquele local e tentaria investigar o ambiente interno. Falaria para Satomi:

Não tava querendo ser indelicado, mas talvez acabei sendo… Acho que seria bom descobrirmos um pouquinho sobre os alunos deste senhor chamado Salieri, será que não existiria algum Otonin talentoso suficiente entre eles que replicasse as músicas do mesmo e matasse na surdina sem ninguém ser descoberto? Se eu pudesse ver algum documento ou notas que estes alunos tiveram, eu ficaria feliz…

Eu adentraria na lateral do jardim, buscando qualquer informação ou pessoa que me parecesse útil para interrogar, mas minha intenção em especial era conseguir documentos ou algum lugar que Salieri ficaria muito em vida.

@Keel Lorenz

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Limpando as lágrimas, a violinista assentiu com a cabeça. Ela não pareceu tão segura assim com as palavras de Benjamin, mas só saber que eles ficariam para resolver o problema que ela havia relatado, pareceu acalmar-se o suficiente. Soluçando e limpando as lágrimas, ela assentiu com a cabeça.

- Eu lhes agradeço por isso… - prosseguiu, cabisbaixa - À propósito, meu nome é Aino. Se precisarem de algo, perguntem por mim. Estarei à disposição - ela agarrou as bordas do vestido, fazendo uma elegante reverência.

Após isso, ainda soluçando, a garota procurou se recompor. Arrumou as vestes, respirou fundo e entrou pela porta lateral do conservatório.

- Geralmente não acho o ideal se envolver tanto, já que a situação pode ser bastante pessoal para os envolvidos, mas… - ajustando o óculos pela lateral, a mulher ressurgiu, crítica como sempre - ... Tudo é experiência. E foi bom que você tenha tomado a iniciativa e lidado com a situação. Assim já começa a pegar o jeito da coisa - ela prosseguiu, descruzando os braços com uma expressão sincera - Sim, é um excelente começo avaliar os arquivos do professor Salieri. No mínimo, teríamos uma lista de todos os alunos que sabem ninjutsu musical por aqui - ela descruzou os braços, decididamente caminhando em direção à porta lateral junto com o jovem - Além do mais, considerando que o corpo de Nodart foi encontrado na sala de Salieri, também já poderemos dar uma olhada na cena do crime. Serão dois coelhos com uma cajadada só - Satomi apertou o passo, dessa vez indo adiante de Benjamin.

Ela prontamente interrogou um dos funcionários que limpava o local, que por sua vez não demorou a indicar o caminho.

Após cruzarem algumas escadas e alguns corredores inteiramente feitos de madeira requintada, chegaram a uma porta selada por faixas listradas de preto e amarelo. A porta de madeira continha uma luxuosa escrita dourada "Prof. Antonio Salieri". Sem grandes cerimônias, Satomi afastou as faixas, abriu a porta e adentrou na sala do professor.

O que Benjamin veria no local era algo bem típico de cenas de crime. Havia linhas brancas no chão formando a silhueta de um corpo caído. Relativamente próxima dos pés da silhueta de tinta, de frente havia uma escrivaninha que pertencia ao professor de música suspeito do assassinato, Salieri. Além de algumas partituras escritas de forma caótica e espalhadas por cima desta, havia também uma pequena marca sobre a escrivaninha. Precisaria se aproximar se quisesse avaliar melhor, mas parecia ser  alguma espécie de buraco bem ao centro da peça de madeira..

Ademais, na lateral esquerda da sala, Benjamin identificaria aquilo que tinha vindo ali procurar: um gaveteiro de arquivo onde deveriam estar as informações de cada um dos alunos de Salieri. Além das separações de A a Z nas gavetas, havia uma em especial com os dizeres "Boletins".

Benjamin estava livre para investigar o lugar. Satomi, por sua vez, estava muda. A kunoichi estava completamente focada nos padrões das manchas de sangue deixadas pelo corpo de Nodart naquela parte da sala. Ela parecia tentar interpretar a história que aquelas pistas poderiam contar.

Ação Livre para @Ben Ikneg

Última edição por Keel Lorenz em 30/12/2022, 17:21, editado 1 vez(es)

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— Talvez eu não seja a pessoa mais esperta do mundo para começar uma investigação, mas vamos ver o que consigo fazer! — Falaria com um tom depressivo ao notar que provavelmente teria muito trabalho pela frente.

Minha listagem de ações: ⁣
— Iria examinar as linhas brancas no chão e tentaria interpretar como exatamente o alvo teria morrido naquele local, basicamente meu foco seria notar se alguma coisa estava incoerente com o posicionamento do corpo naquele local.

— Iria observar a escrivaninha que pertencia ao professor. Especialmente as partituras e a marca estranha sobre a escrivaninha.

— Também focaria em ver todos os nomes que estavam nos arquivos e boletins de cada aluno do Salieri, começaria procurando informações e notas de Aino, apenas para tirar qualquer suspeita que tivesse sobre ela, mas meu foco principal era localizar os alunos com as melhores notas. No mais, qualquer arquivo suspeito ou útil que eu encontrasse, eu leria e levaria comigo.

— Iria utilizar minha super audição para notar qualquer respiração suspeita no local, não acreditava que eu iria achar algo suspeito pelo som, mas não poderia deixar escapar nada.


@Keel Lorenz

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Chegando ao local, Benjamin teve a ideia de listar mentalmente as coisas que teria para fazer na cena do crime. Afinal, as informações que o local podiam conter eram preciosas demais e o garoto sentia que devia ser bastante meticuloso naquela parte.

Seu primeiro passo foi examinar as linhas brancas que marcavam a posição em que o corpo de Nodart havia sido encontrado. Ao aproximar-se, então Benjamin conseguiria meio que visualizar a cena necessária para aquilo acontecer. A cena consistia em um Nodart que estava em pé diante da escrivaninha e que, em seguida, cairia de costas uma única vez, sem levantar. A julgar pelo desenho curvado do seu braço esquerdo, dava para supor que ele tinha retraído uma das mãos para proteger a região do peito.

Ademais, a julgar pelas manchas de sangue no lugar, Benjamin também conseguia deduzir que havia ocorrido apenas uma única e vigorosa facada na região do peito de Nodart. As gotas se espalhavam pela escrivaninha, pelo chão e paredes próximos. Já bem ao centro do peito da silhueta desenhada havia uma marca de poça de sangue seca junto com uma marca de ponta de faca no chão de madeira.

Percebendo o que Benjamin fazia, Satomi lhe entregaria um trecho do relatório da necrópsia Nodart. Bastante introspectiva, ela também não diria nada, apenas deixaria que Ben lesse. Ao ler, o otonin veria que o relatório indicava uma única e precisa facada no coração do músico. Batendo com as pistas encontradas, Benjamin visualizaria a cena da faca entrando pelo peito, saindo pelas costas, furando o chão onde o músico caia deitado, respingando e acumulando sangue no ambiente no processo. Considerando o buraco deixado no chão, bem no centro do peito da silhueta de tinta, dava para realmente dizer que a faca havia atravessado a região do coração. E, considerando o quão importante era o órgão, uma única facada teria sido suficiente. O que lhe parecia um pouco impreciso, porém, era o uso dos termos “faca” e “facada”. Considerando a profundidade que a faca teria que penetrar para atravessar o peito de Nodart e conseguir deixar um buraco daquele calibre no chão, tinha que ser uma arma muito maior. Algo como uma espada, provavelmente comprida.

Seu segundo passo foi examinar a escrivaninha do professor. Nela, logo de cara identificaria que a marca estranha era um buraco idêntico ao do chão, mas no centro da mesa. Com isso, sabia que a arma do crime havia sido cravada na mesa em algum momento antes ou depois da consumação do assassinato. No entanto, não era só isso que notaria de estranho. As partituras pareciam estar quase que organizadas ao redor do buraco. Suas notas definitivamente não eram como nada que Benjamin já tivesse visto. Não dava para tirar música audível dali, já que alguns símbolos nem sequer existiam na teoria musical que conhecia. Isso acabou o motivando a investigar a escrivaninha mais a fundo.

Olhando o interior das gavetas laterais na face anterior da escrivaninha, Benjamin encontraria um monte de partituras. Todavia, imediatamente perceberia que elas não eram normais. Benjamin conseguia confirmar só de ver: Salieri de fato ensinava ninjutsu musical, pois ele visivelmente estava usando notas musicais como se fossem selos de mão. Em suas pastas havia até mesmo partituras contendo informações para executar alguns ninjutsus elementais simples não com selos de mão, mas com notas musicais. Na realidade, parecia haver uma enorme lista de equivalências possíveis entre os diversos selos de mão dos ninjutsus e alguns conjuntos de notas. Sua conclusão só de olhar era de que era muito provável ser possível executar qualquer ninjutsu existente não com selos, mas sim com músicas de tamanhos variados.

Com as novas possibilidades em mente, ao que voltasse a olhar para os papéis dispostos sobre a mesa, perceberia que aquela aparente ordem não era à toa. Em algum momento as partituras estiveram organizadas em um círculo, mas acabaram bagunçadas com o tempo. Sabia disso, pois, por mais que estivessem descontínuas agora, se unisse os papéis na ordem certa, dava para ver que as linhas conseguiam formar uma série de círculos perfeitos ao redor do buraco deixado pela arma do crime na madeira. Inclusive, perceberia que aquelas não eram partituras ou páginas distintas, mas sim uma única partitura contínua. Pior ainda, ao tentar interpretar as notas naquele círculo quase ritualístico, Benjamin perceberia que algum tipo de técnica musical avançada estava codificada ali. Não conseguia entender lhufas do que se tratava, mas sabia que era sério.

Seguindo para seu terceiro passo, aproximaria-se dos arquivos dos alunos. Ao abrir a gaveta dos boletins, quase que imediatamente encontrou algumas tabelaw com os nomes e todas as notas dos alunos organizadas de maior para menor e por disciplina ou instrumento. Portanto, tinha ali, facilmente visível e consultável, os melhores cantores, melhores violinistas, melhores flautistas, etc. Após ser abordado por Satomi, que teve sua atenção chamada pelo barulho da gaveta do arquivo, pode facilmente perceber que todos os alunos mortos coincidentemente eram alunos que se destacavam em pelo menos 1 disciplina. No entanto, um padrão a mais foi notado por Benjamin. Averiguando as especialidades dos alunos um a um, pode perceber que essas estavam muito bem distribuídas. Não havia nem cantores demais, nem violinistas demais, nem flautistas demais, etc. Na realidade, ao contar os números, perceberia que dava para montar uma orquestra completa, com coral e tudo. Entretanto, um único nome, que, por sinal era a maior das notas em canto, ainda não tinha sido levado conforme os registros de óbitos: Aino Hoshino. Já que claramente o autor das mortes estava levando alunos com base no ranking de suas notas, quase todos os nomes relevantes na tabela de canto haviam sido levados. Mas não Aino. Suas habilidades em violino também eram significantes, mas nem de longe chegavam perto das de canto. Na verdade, ninguém parecia ter notas tão boas quanto às dela. Era visíveis por aqueles registros que havia um abismo entre ela e os demais. Entretanto, restava a pergunta: porque o assassino ainda não tinha a levado? Talvez estivesse a tratando como a cereja do bolo? Talvez ela simplesmente não tivesse se deixado vulnerável?

Ademais, apesar de Ben ter ficado atento aos seus ouvidos, não ouviu nada suspeito. Apenas alguns ruídos contínuos provenientes das salas de aula ativas. Nada mais.

Considerando que Ben havia ido o mais fundo nos detalhes que podia, não sentia que havia mais pistas ali. No entanto, talvez ainda pudesse extrair mais informações a partir do ponto se vista de Satomi. Sem falar que, caso quisesse prosseguir para a próxima cena do crime, talvez também dependesse de perguntar direções para ela, já que Satomi parecia mais familiarizada com aquele caso.

Ação livre para @Ben Ikneg

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Ganhando o relatório das mãos de Satomi e analisando brevemente a escrivaninha, eu acabaria suspeitando que aquilo era um assassinato ou algo próximo disso. Mas o simples fato de existir partituras organizadas ao redor do buraco, eu acabo suspeitando que talvez algum jujutsu ou ritual tenha sido colocado em prática, isso poderia anular a possibilidade de assassinato. Talvez o cara tenha se matado e realizado algum jutsu maluco para conseguir se inserir no plano físico? Era difícil saber...

Apesar de eu ser um otonin. Eu não reconhecia exatamente um padrão naquelas notas musicais e isso me deixava levemente perdido... Mas acabaria ignorando aquilo quando notaria que justamente a Aino era uma das sobreviventes num grupo seleto e curiosamente ela parecia ter uma das melhores notas, eu poderia acabar achando que ela soubesse mais do que tinha falado, mas não… Provavelmente ela está em perigo pelas poucas informações que eu tinha. Talvez fosse mais seguro para Aino eu ou Satomi ficássemos vigiando ela? Uma pena que eu não tinha uma técnica de clonagem efetiva, apenas poderia depender da minha super audição para notar qualquer som estranho naquela região.

Por fim, eu me viraria para Satomi:

Bom... A única conclusão que posso tirar deste local é que provavelmente algum jujutsu ou algum ritual foi colocado em prática, sem falar que Aino parece ser uma provável próxima vítima a ser focada, além disso… — Por instinto iria pegar meus óculos e limpar, mesmo que não estivesse muito sujo. - Acho que há um fetiche ou plano exótico em matar exatamente o número exato de membros que precisa para uma orquestra… Satomi, tem alguma ideia de algo que estou deixando passar? Aliás… Talvez eu ache bom que um de nós fique de olho na Aino… Provavelmente o tal fantasma ou assassino tente ir atrás dela. Ela está claramente envolvida nisso, talvez nem tenha intenção, mas seria bom alguém garantir a segurança dela. Por fim… Talvez fosse bom tentarmos investigar mais salas, tem alguma ideia de onde podemos seguir para avançar tal investigação?

De qualquer forma, iria seguir Satomi nesse momento, sempre atento para ouvir qualquer barulho suspeito e anormal.

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Satomi passeou os olhos pela sala mais uma vez, ela também parecia já ter coletado tudo que podia dali.

- Sim, é o que também acredito que tenha acontecido. Algum tipo de jujutsu musical foi tentado nessa sala. Só fica difícil de dizer qual a motivação do assassino. Usou Nodart como sacrifício do ritual? Foi obrigado a matar Nodart que, sem querer, virou uma testemunha do ritual? Quis se vingar de Nodart e o matou a troco de nada? - ela levou a mão ao queixo, pensativa - Seria muito bom encontrar a arma do crime, mas até agora ninguém viu nada além das marcas deixadas por ela na madeira - ela cruzou os braços, um tanto ansiosa - Aino Hoshino, não é? A garota de mais cedo… - ela aproximou-se, pegando as relações dos boletins dos alunos para ver por si própria - De fato, esse padrão nos escapou completamente… O serial killer realmente parece ter algum tipo de ritual relacionado com a composição de uma orquestra - ela cerrou os olhos, novamente pensativa - Nessa composição, aliás, só me parece faltar a voz principal. E considerando seu distinto desempenho em canto, a escolha mais lógica seria Aino-san. Ela provavelmente será a próxima vítima - Satomi torceu a boca, desagradada com a situação - Parabéns, Benjamin-san, você fez um adendo bastante relevante ao caso. Pode se orgulhar disso - ela não parecia do tipo sorridente, mas a pequena curva em seus lábios certamente foi um. Ela parecia contente com os resultados de Benjamin - O assassino sempre ataca a noite, sabe-se lá o porquê. Isso nos dá algumas horas para investigar - Satomi sacaria seu celular, tirando fotos de todas as páginas daquele relatório contendo as tabelas com todas as notas de todos alunos. Após devolver os registros ao seu lugar na cena do crime, ela fechou os próprios documentos que havia trazido da sala do Hokage e dirigiu-se até a porta - A maioria dos alunos morreram em locais aleatórios do prédio, mas alguns e o professor Salieri, coincidentemente foram encontrados no mesmo lugar em dias diferentes - abrindo espaços através das faixas pretas e amarelas, ela atravessou o portal para o corredor - Nossa próxima parada é o maior anfiteatro da escola - Satomi finalizaria, retornando por onde tinham vindo no corredor.

Benjamin prontamente a seguiria, também desviando das faixas de isolamento da cena do crime e, naturalmente fechando a porta atrás de si.

Desceram as escadas e logo se viram no térreo do prédio. Havia uma miríade de alunos passando por todos os lados. Inconvenientemente, porém, perceberam que Aino não estava por ali. De qualquer forma, pelo que já se sabia do padrão de ataque, parecia seguro inferir que ela estaria segura por mais algumas horas.

Seguiram sentido à porção anterior do prédio, onde eventualmente encontraram três portas duplas que davam ao maior anfiteatro da escola. Como a sala de Salieri, estavam isoladas pelas fitas pretas e amarelas.

Após afastarem as fitas e entrarem, do ponto mais alto, Benjamin e Satomi veriam as linhas semicirculares de cadeiras que desciam em degraus até atingir o plano mais baixo. Visivelmente era ali onde a escola treinava e apresentava suas orquestras. Afinal, havia uma série de cadeiras e suportes de partituras alinhados numa forma retangular, e um púlpito onde o maestro deveria ficar.

Entre as cadeiras não parecia haver nada de incomum. As marcas da cena do crime só apareciam na região próxima dos acentos da orquestra e do púlpito. Novamente, Benjamin perceberia a mesma marca estranha que havia visto anteriormente na escrivaninha no centro do púlpito. Atrás dele - que ficava de frente para a orquestra para que pudesse regê-la - havia uma silhueta de tinta caída para trás. Considerando sua estatura, não deveria ser de nenhum dos alunos, mas sim do próprio Salieri. As demais silhuetas, cerca de 7 delas, estavam dispostas ao lado dos assentos, como se estivessem caídas de lado.

Introspectiva, Satomi começou a avançar pelas escadas que atravessavam as fileiras semicirculares de cadeira periodicamente. Ela estava bastante focada no palco ao centro inferior do anfiteatro.

Benjamin estava livre para investigar o local e checar os registros que Satomi carregava.

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Fico pensativo sobre aquela situação e apenas relaxo, mexo levemente minha cabeça em concordância com Satomi e começo a seguir ela já que desconhecia aquela região. Provavelmente me perco em pensamentos ao tentar imaginar qual seria a finalidade em usufruir de um Jujutsu e por qual motivo uma orquestra estaria sendo focada para tal ato, mas resolvo ignorar tal situação ao chegar no próximo quarto. Minha audição estava atenta suficiente para notar qualquer som suspeito, estava me precavendo para achar alguma pista que ninjas normais não conseguiriam.

Começaria a procurar qualquer dentalhe que pudesse me ajudar, Iria olhar as marcas da cena do crime, investigar a marca estranha que novamente iria surgir em minha visão e também focaria em observar as silhuetas de tinta. Por fim, depois dessa minha investigação iria andar ao lado de Satomi, caso o silêncio comece a incomodar, eu começaria assobiar a mesma musica que eu havia escutado Aino tocar anteriormente com seu violino, mas caso Satomi me olhasse, eu iria parar imediatamente de assobiar.

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Ao aproximar-se do nível inferior do anfiteatro, Benjamin teria uma visão bem melhor de qual era a situação do local. Sobre o púlpito do maestro estava uma marca idêntica às marcas na escrivaninha do professor Salieri e no chão onde o professor Nodart havia morrido. A arma do crime certamente tinha sido cravada ali em algum momento. Porém, diferentemente da situação de Nodart, que havia caído de costas diante da escrivaninha perfurada pela arma do crime, a silhueta - que por uma confirmação não-verbal de Satomi sabia ser de Antonio - não parecia ter a mesma marca da arma no chão do palco. Além do mais, os dois braços de Salieri caíram ligeiramente estirados, como se ele nem sequer tivesse tentado se proteger. Sagisu, que também avaliava a mesma silhueta, puxou os registros da necrópsia para que Benjamin também os lesse. Conforme o relatado, não haviam quaisquer rastros físicos nem quaisquer traços de envenenamento no corpo do professor. Não seria nem um pouco impreciso dizer que ele simplesmente havia caído morto, sem mais nem menos, atrás do púlpito onde costumeiramente devia reger seus alunos. De longe, a morte mais inexplicável de todo o caso.

Deixando Satomi para trás, mas recebendo dela os papéis contendo os relatórios dos alunos encontrados naquelas cadeiras, Benjamin avançou em suas investigações. O que ele poderia notar era que todos pareciam ter caído mortos de suas cadeiras. A julgar pelas posições de suas mãos no momento do contato com o chão, dava até mesmo para extrapolar quais eram seus respectivos instrumentos. Sim, nos relatórios das necropsias constavam procedimentos para a retirada dos instrumentos presos nas mãos dos alunos devido a um anormal rigor mortis. Era de se esperar que corpos endurecessem por alguns dias após a morte, mas os iryonins claramente relatavam haver algo de anormal com a rigidez nos músculos dos braços dos alunos de música falecidos. Era como se estivessem se agarrando aos seus instrumentos com toda sua força mesmo após o fim de suas vidas.

Ademais, haviam respingos de sangue concêntricos ao redor dos assentos de cada um dos alunos. Conforme os registros médicos, algum tipo de técnica sonora havia os esmagado de forma a fazer o sangue ser expelido com força. Além do mais, a julgar pelo fato de que estavam sentados e não haviam sido encontrados quaisquer traços em seus pulsos ou tornozelos, era fácil de se assumir que eles não tinham sido presos àquelas cadeiras. Na realidade, tudo ali parecia ter decorrido de uma forma pacífica demais considerando o quão violentas suas mortes devem ter sido. Por fim, corroborando a hipótese de que poderosos otojutsus haviam sido utilizados, todos os alunos apresentavam tímpanos rompidos nos seus relatórios.

Conforme Benjamin folheasse os relatórios dos alunos, no entanto, perceberia que algumas das mortes não apresentavam somente os habituais rastros sonoros. Distribuídos de forma aleatória pelo prédio, alguns alunos também apresentavam perfurações múltiplas e cruzadas - marca de que haviam sido empalados por diversas armas simultaneamente - feitas por lanças ou espadas. Bem como, alguns deles apresentavam até ferimentos decorrentes de armas de fogo. Ppelas especificações das feridas de entrada e saída das balas, os iryonins curiosamente relatavam tratarem-se de ferimentos pelo uso de arcabuzes, mosquetes ou algum tipo de arma de fogo arcaica de ação única. No entanto, os mesmos relatórios - anexados inclusive com os relatórios da investigação policial da cena do crime - também misteriosamente indicavam não se ter encontrado um fragmento de bala sequer.

Como de costume, as investigações geravam mais perguntas novas do que respondiam antigas. Todavia, nem Ben e nem Satomi pareciam apressados. Afinal, considerando o horário, ainda tinham um bom tempo livre até que a noite caísse. Finalizadas suas observações, Benjamin aproximou-se para acompanhar Sagisu.

Após devolver os papéis que ela havia silenciosamente lhe emprestado, ele começou a assobiar a mesma melodia estranha que Aino treinava nos jardins do conservatório. Sagisu, porém, não pareceu nem um pouco incomodada com a melodia ligeiramente ominosa. Ela parecia focada demais em suas observações e notas pessoais para se lembrar do rapaz. No entanto, algo de surpreendente faria com que até mesmo alguém tão focada e obstinada quanto Satomi Sagisu despertasse de seu transe. Conforme o aprendido na estação anterior, Benjamin já sabia que aqueles acordes não eram notas quaisquer, mas sim uma espécie de código para substituir qualquer selo de mão existente. Considerando que toda técnica que usava chakra era essencialmente baseada em autossugestão, Ben acabou ‘autosugerindo’ alguns comandos para o chakra em sua rede.

Contudo, não era o som ominoso de Ben que havia captado a atenção de Satomi. Ela observava os arredores bastante perdida e Benjamin, ao perceber aquilo, começaria também a captar algo com sua audição aguçada. Muito estranhamente, não conseguia detectar a origem do som, pois era como se ele viesse do além e de todos os lados. Apesar disso, as vibrações que ressoavam com cada uma das notas que ele havia assobiado lhe eram cada vez mais nítidas. Seus ouvidos e memória não se enganavam: era como se um ou mais diapasões ressoassem em uníssono com cada uma das as notas que havia assobiado até então. Esse ressoar trazia uma energia misteriosa para o ar, cuja direção também era impossível de se determinar. Era como se o chakra - talvez - estivesse e, ao mesmo tempo, não estivesse ali. E sua assinatura indeterminada por si só dava calafrios tanto em Benjamin quanto em Satomi.

Tendo cessado seus assobios pela estranheza do acontecimento - como era de se esperar da ferramenta -, a energia dos diapasões fantasmagóricos se dispersou. Por consequência, os sons também cessaram.

Contraindo o cenho e acenando a cabeça negativamente em pura confusão para Benjamin, Sagisu parecia tentar encontrar as palavras para descrever o que haviam acabado de sentir. Entretanto, só de olhar para Ben, ela soube que não precisaria explicar. Ele também tinha testemunhado com seus próprios ouvidos o fenômeno paranormal.

As palavras, porém, pareciam continuar fugindo de Satomi, que nada disse, apenas prontificou-se para reagir ao inesperado. Ela parecia focar seus olhos e ouvidos, virando-se lentamente para varrer os arredores. Apesar disso, nem ela e nem Ben pareceriam ter sucesso em escutar novos fenômenos sobrenaturais.

- Acho que agora entendo o porquê de falarem em fantasmas com tanta certeza… - expirando após despertar do transe auditivo, a mulher voltou-se para Benjamin com expressões um tanto consternadas.

Feito isto, Benjamin deveria decidir qual o próximo passo a tomar. Dar uma passada rápida em cenas do crime que envolvessem pelo menos uma vítima de cada uma das três armas citadas nas necropsias? Ir atrás de Aino e/ou esperar o cair da noite? Estava absolutamente livre para sugerir o que fazer à sua... Preceptora? De qualquer forma, considerando seus métodos de ensino, desde que pertinentes, ela certamente seguiria suas sugestões sem dar pitacos para não estragar a avaliação.

Ação Livre para @Ben Ikneg

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Notavelmente eu acabaria ficando impressionado que uma melodia que eu teria ouvido por algum tempo, teria o poder necessário para gerar tal anomalia dentro daquele local, inclusive fico até impressionado que acabei induzindo algo assim no puro instinto. Por fim, eu acabaria deduzindo que talvez… Aino soubesse de alguma coisa sobre aquelas melodias e sobre o tal Jujutsu, ela no mínimo deve conseguir explicar o que aquela técnica sonora “deveria” conseguir realizar. Sinto que eu deveria me movimentar até ela para buscar mais algumas respostas, mas antes de fazer isso, alguma coisa me dizia que talvez fosse bom checar as cenas do crime que envolvessem pelo menos uma vítima de cada uma das três armas citadas nos relatórios.

Me movimentaria até as cenas do crime, apenas para checar com mais detalhes e depois disso iria falar com Satomi:

Bom… Aquela melodia que acabei assobiando era exatamente a música que ouvi a Aino tocando quando chegamos aqui, ela provavelmente teria alguma noção de qual feito, uma melodia dessas deveria causar na nossa realidade quando tocada. Acho que é inevitável que tentemos conversar mais diretamente com ela novamente… Mas acho que ficou meio óbvio que uma melodia supostamente inicia esses acontecimentos “fantasmagóricos”… Nas minhas piores suposições, eu deduziria que todos os melhores alunos dessa “orquestra” que foram supostamente mortos, acabaram recebendo alguma melodia estranha e ao tocar em determinado horário, alguma coisa grotesca aconteceria… Mas é apenas uma suposição, aliás… Sou horrível em suposições… Estou falando muita bobagem, Satomi-san?

Eu acabaria por instinto ficando um pouco mais extrovertido que o normal, parte da minha personalidade depressiva e introvertida desaparece por completo quando fico muito tempo ao lado de uma pessoa. Então apenas esperava Satomi falar alguma coisa, caso ela concordasse, iriamos se locomover em direção de Aino ou pelo menos tentar achar sua posição. Minha intenção claramente perguntar mais diretamente sobre algumas situações e o que aquela melodia que ela estava tocando, poderia fazer...

@Keel Lorenz

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Quando Benjamin deu sinais de que iria avisá-la de que sairia brevemente para averiguar algumas das cenas dos crimes espalhadas pelo prédio, Satomi ergueu uma de suas palmas entre eles.

- Não precisa me pedir nada. Pode ir investigar o que quiser - ela abaixou a mão, voltando a examinar o palco minuciosamente - Estarei aqui esperando por você quando terminar. Enquanto isso, vou ver se consigo descobrir algo mais sobre esse efeito fantasmagórico - ela finalizou, buscando algo em suas vestes.

Antes que Ben saísse, poderia ver que o item que ela havia sacado era uma belíssima flauta de jade lilás. Pouco antes de deixar o recinto pelas portas de trás, Benjamin poderia voltar a ouvir o estranho efeito de ressonância à distância. Entretanto, dessa vez perceberia que o tal som não parecia vir de todos os lados, mas sim do anfiteatro. Novamente, não era possível especificar de onde exatamente ele vinha. Era como se algo abafasse e distribuísse o som, que, aliás, apenas era detectado pelos otonins porque tinham audição aguçada. Todavia, pelo Benjamin dessa vez sabia que, o que quer que fosse aquele efeito, sua fonte parecia estar em algum lugar do anfiteatro. Deixando que Sagisu efetuasse seus testes com técnicas sonoras, Benjamin avançou para um curto trajeto planejado para ver alguns dos alunos.

Num corredor mal iluminado nos fundos do anfiteatro, eventualmente se depararia com uma espécie de armazém de instrumentos de música. Pelas faixas, aquela certamente era uma cena do crime. Logo de cara o otonin perceberia que um combate tinha acontecido ali. Considerando que a silhueta do aluno estava caída alguns centímetros adentro da porta da sala de armazém, as marcas de espadas que pareciam vir de fora para dentro e as pequenas crateras de impacto na parede oposta à porta indicavam que alguém havia encurralado o aluno e o atacado com espadas, enquanto este teria tentado contra-atacar com um jutsu sonoro um tanto simples. No entanto, ao comparar o número de cortes e perfurações nas paredes de madeira que davam para dentro da sala e a pífia quantidade de duas pequenas crateras na madeira, ou o inimigo era absurdamente mais rápido que o aluno, ou simplesmente ele estava em grande desvantagem numérica. Assim como no caso dos demais alunos no anfiteatro, seu instrumento havia sido levado para perícia da polícia da vila.

Seguindo para o aluno seguinte, Benjamin caminhou mais um pouco por aquele corredor, virando à direita. Ainda parecia estar nas imediações do Anfiteatro, numa proximidade similar à da cena anterior. Essa nova cena pareceria praticamente idêntica à anterior, exceto que o combate certamente tinha acontecido com o uso de lanças. Novamente o aluno tinha sido encurralado em um espaço sem saída e, em seguida, empalado por diversas lanças através das paredes, enquanto futilmente tentava contra-atacar.

Em sua parada final, Benjamin veria-se em uma espécie de vestiário e banheiro. Ainda estava no mesmo andar que o Anfiteatro, não muito longe, mas um pouco mais que os demais pontos. A batalha parecia ter sido mais feroz dessa vez. Haviam diversos buracos de balas espalhados pelas paredes das cabines de sanitários e chuveiros. Novamente havia identificado um aluno encurralado por uma quantidade muito grande de atacantes munidos de armas de fogo antigas. No entanto, por saber pelos relatórios dos médicos que as armas certamente eram antigas e, consequentemente, de ação única, a quantidade de disparos de otojutsu e de armas de fogo era absurdamente díspares dessa vez. Contando o número de perfurações distintas - considerando, claro, pontos em que o trajeto de uma bala claramente havia perfurado múltiplas camadas de objetos - dava para ver que deveriam haver pelo menos 5 rifles distintos - ou seja, 5 inimigos -, ou então menos rifles, mas com carregamentos. No entanto, considerando que a garota em questão havia conseguido disparar apenas um jutsu sonoro, a hipótese de menos inimigos parecia bastante improvável. Ainda mais considerando o quanto aquelas armas demoravam a carregar.

Ao aproximar-se da parede da qual a silhueta da pobre jovem havia caído, Benjamin rapidamente perceberia uma barra de sabonete que havia sido atingida por um estilhaço de bala. Era por pouco, mas Benjamin por acaso tinha conseguido perceber um fato: a forma com a qual a bala havia penetrado dentro do material mole do sabão não poderia ser retirada sem deixar marcas do lado de fora. O buraco de entrada simplesmente havia se deformado com a intensa velocidade com que o projétil havia penetrado, tornando-se menor do que a própria bala. Ou seja, parecia impossível retirá-la sem destruir a pequena parede de sabão formada ao redor da pequena cratera da bala. Detalhe este que agora começaria a fazer sentido com um trecho do relatório lido por Benjamin antes. Aparentemente, um dos locais onde um fragmento de projétil alojou-se na garota era simplesmente impossível de se alcançar sem deixar rastros. Seriam obrigados a destruir uma certa artéria, deixando marcas de procedimento externos e internos no corpo da garota caso quisessem meticulosamente sumir com todas as balas. No entanto, era como se, de alguma forma, os projéteis tivessem misteriosamente se desmaterializado. Ou então, alguma técnica de iryoninjutsu bastante avançada tivesse sido usada para manipular o material biológico do corpo da falecida. Algo bastante incomum de se pensar.

Ao sair da última cena do crime, Benjamin pode vagamente lembrar-se das posições dos demais alunos encontrados. O que ele percebeu conforme caminhava de volta ao anfiteatro, passando relativamente perto de cada uma das outras cenas do crime, é que parecia haver um alcance máximo para a ação do assassino. Excetuando Nodart, todas as vítimas estavam dentro de um certo raio de ação partindo do anfiteatro, que àquela altura deveria ser o centro de tudo.

De volta ao anfiteatro, Satomi o esperava pacientemente sentada. Apesar de seu ar bastante rígido, talvez pela situação em que se encontravam ela também não agia como normalmente. Pensativa, ele a percebia aérea bastante vezes durante as investigações.

- Sim, pude perceber que eram os mesmos acordes - ela levou a mão ao queixo - É. Parece ser o melhor encontrarmos a garota para fazer mais algumas perguntas - decidida, ela levantou-se prontamente do assento na plateia - Hipóteses são extremamente úteis, Benjamin-san - após deixar a fileira de cadeiras, ela pararia sobre as escadas em direção à saída no topo do teatro - Mas sempre lembre-se que, até que sejam postas à provas sucessivas, elas são somente isso: hipóteses. São elas as responsáveis primárias por mover investigadores de todas as naturezas, mas é apenas sua testagem sistemática que é capaz de excluí-las ou aprimorá-las o suficiente a ponto de serem seguras para utilizar - rígida, a mulher voltaria-se para Benjamin, que estava alguns degraus a baixo e começaria a quase dar uma aula - Entretanto, sim, em partes sua hipótese é bastante pertinente. Pelo que investigamos e ouvimos de Aino, pessoalmente suponho que deva haver algum chamariz capaz de retirar os alunos da segurança de suas camas - ela cruzou os braços, descansando o quadril em uma postura bem chic - Afinal, por algum motivo, não temos um ataque sequer que tenha ocorrido nos dormitórios, que são mais distantes daqui… Por isso, parece haver algum fator bastante elusivo nos enganando nesse caso - Sagisu cerrou os olhos, um tanto desconfiada - Talvez os relatos de Aino acerca das músicas do seu falecido professor durante a noite refiram-se a algum tipo de genjutsu sonoro, capaz de atrair os alunos até aqui para morrerem sem aparentes resistências. Entretanto… - ela baixou os olhos - Isso não explica porque certos alunos demoraram mais para serem atraídos à noite, enquanto outros não e, Aino em específico, sequer parece ter sofrido os efeitos da técnica quando relatou ouvir as músicas do professor à noite - com um olhar sisudo, ela voltou a observan Ben - Sobre sua hipótese, acho que ela está apenas parcialmente correta - técnica, ela arrumaria seus óculos - O gatilho para a ativação desse efeito ressonante não parece ter quaisquer ligações com músicas específicas - de braços cruzados, ela voltaria a varrer o ambiente com os olhos - Conforme o que testei enquanto você esteve fora, qualquer técnica sonora parece capaz de ressoar com o que quer que esteja acontecendo nesse anfiteatro maldito - ela viraria-se, dirigindo para a saida no topo das escadas - Não descartaria a hipótese de haver alguma melodia que servisse de armadilha ou de chave de ativação, visto o jujutsu complexo envolvido no caso. No entanto, considerando que todas as técnicas que tentei pareceram ressoar com o ambiente, acho que por enquanto o placar não necessariamente foi positivado ao favor dela - seca e bastante categórica, Sagisu não parecia se importar nem um pouco com o quanto sincera era em suas avaliações. Parecia criteriosa demais para isso.

Não demorou até que voltassem ao saguão principal do conservatório. Todavia, não conseguiam encontrar quaisquer sinais de Aino no recinto. Satomi eventualmente voltou-se para um dos alunos e decidiu perguntar sobre a garota. O menino que portava um modesto triângulo prontamente tratou de descrever o caminho até o dormitório da garota.

Com o número do dormitório em mãos, ambos seguiram até os corredores semelhantes ao de um hotel bastante sofisticado. Diante do quarto 27, conforme o indicado pelo menino de antes, poderiam ouvir alguns sons de gaveta em seu interior. Com sua Audição Aguçada, Benjamin captaria sons indicando que de fato havia alguém no quarto de Aino.

Ação livre para @Ben Ikneg
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