Heimdall escreveu: Dúvida cruel...
A tese do Sozo Saisei encurtando a vida, q é embasada em conceitos reais da medicina encaixaria como uma luva, não fosse essa questão da aparência dele revivido. Já fiz as contas e apresentei aqui no fórum, ele teria menos de 50 anos quando morreu e a aparência dele é condizente com essa idade. No entanto, a diminuição do tempo de vida pelo exagero das mitoses acabaria levando ao envelhecimento da aparência do Shodai.
Combina bastante com a medicina, pois regeneração implica em muitas divisões celulares que desgastam os telômeros nas extremidades dos cromossomos, que conservam o DNA. Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual registra ao longo do tempo, para esse efeito, o telômero vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula perde a capacidade reprodutiva, com a consequente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, das funções dos órgãos e das funções do próprio organismo.
Só que algumas células do corpo simplesmente não se reproduzem, como as células musculares e neurônios, então o que tem delas, é para sempre, ou seja, elas não sofrem divisões e não desgastam telômeros, e mesmo assim, elas envelhecem. No caso do
Hashirama ele poderia regenerar, mas já dá para perceber que envelhecimento não é unicamente dependente do desgaste dos telômeros da divisão celular: envelhecimento pode advir de oxidação, alterações hormonais da idade, doenças crônicas pré-existentes, dieta, etc. etc.
Para continuar nesse exemplo de desgaste genético celular não implicar em desgaste físico: as lagostas podem manter esses telômeros intactos por causa de um mecanismo biológico único delas, ou seja, seu corpo é "imortal" no quesito de envelhecimento. Porém, mesmo com essa capacidade de não se desgastar geneticamente, ela continua tendo que reconstruir sua carapaça, crescer, manter uma taxa de reprodução/manutenção celular e etc. Isso é por que existem fatores externos que contribuem para o envelhecimento da estrutura física das células, não só a genética.
Doença precisaríamos de alguma q não consegue ser combatida por regeneração celular, aí vai de alguém manjar do assunto pra trazer exemplos.
Minha teoria é que mesmo doenças que ele poderia curar, não conseguiu por que ele "gastou" suas divisões celulares em batalha, então ele ficaria com células incapazes de se regenerar, sofrendo lentamente com as intempéries do ambiente. Alguns exemplos singulares, porém:
- AIDS: o HIV iria primeiro se instalar nas células imunes ao mesmo tempo, não deixando células imunes saudáveis para se reproduzirem. Ou seja, quando a AIDS decidisse deixar o
Hashirama sem sistema imunológico, ele não iria ter célula desse para regenerar, então ele teria que constantemente regenerar as outras células do corpo para combater os milhões de micro-organismos que atacam todos nós todo dia, o que "gastaria" suas mitoses.
- Príons: acho que independente de se regenerar ou não, doenças priônicas se consistem em um príon (não é um ser vivo, é uma proteína desnaturada/com forma aberrante) degenerar certas proteínas que suas células produzem, então mesmo produzindo mais células, todas as determinadas proteínas essenciais produzidas com forma funcional seriam desnaturadas pelos príons já existentes, então de uma forma ou outra, o metabolismo dele seria comprometido como um todo. Alguns exemplos de doenças priônicas é a doença da vaca louca e a Doença de Creutzfeldt-Jakob, decorrente do canibalismo (se for o caso, o Madara teria contraído ela também quando comeu o
Hashirama, e todos os que experimentaram as células, talvez seria esse um motivo por tantas pessoas morrerem ao implantarem essas células).
- Toxinas: olha, em tese, toxinas muito pesadas de rápida difusão eram pra matar o Hashi, por que mesmo se regenerando constantemente, o veneno só passaria da célula morta pra célula recém-regenerada. Possivelmente ele não morreria em batalha pela toxina, mas ao longo de anos, a regeneração que a toxina força com certeza seria o bastante para degastar o DNA do Hashi.
- Ele não pode regenerar neurônios: não sei até onde vai a regeneração do Hashi, mas isso seria uma restrição que faria bastante sentido, visto que neurônios em geral são impossíveis de regenerar. O problema é que ele regenera membros completamente funcionais depois de amputados, e pra isso, seria preciso regeneração nervosa. Talvez se ele não conseguisse regenerar neurônios do cérebro faria mais sentido.
- Alzheimer: impede a conexão entre células nervosas e destrói a informação dentro delas (não a genética, a informação dos neurônios mesmo), então regenerar células nervosas incapazes de se comunicar ou regenerar células nervosas sem nenhum conteúdo dentro delas também seria um bom chute para a morte do Hashi.
- Radiação: acelera a degeneração do DNA, ele iria estar regenerando células inúteis (mutantes).