Soneto da timidez
Como as areias da praia mais bela
Guardam consigo o que vento soprou,
Ou o que deita-se nelas discreto,
Leva no peito o intocado amor,
Em mim, por acanho, se encontram perdidas
As notas da mais doce e bela canção;
Que de minh'alma sara as feridas,
Ecoando os versos de minha paixão.
De tudo o que não disse são vividos,
O que as palavras não puderam mostrar,
Que põe para fora o que foi omitido,
E o que tímido fui incapaz expressar.
Ainda que os lábios quisessem o fazer,
Que assim saibam ouvir o mudo coração;
Da timidez o que tem a dizer.
Como as areias da praia mais bela
Guardam consigo o que vento soprou,
Ou o que deita-se nelas discreto,
Leva no peito o intocado amor,
Em mim, por acanho, se encontram perdidas
As notas da mais doce e bela canção;
Que de minh'alma sara as feridas,
Ecoando os versos de minha paixão.
De tudo o que não disse são vividos,
O que as palavras não puderam mostrar,
Que põe para fora o que foi omitido,
E o que tímido fui incapaz expressar.
Ainda que os lábios quisessem o fazer,
Que assim saibam ouvir o mudo coração;
Da timidez o que tem a dizer.