Floresta Negra - País da Terra

Considerando que o sujeito esquisito tinha tentado matar os quatro, Haku não se viu nem um pouco comovido com a história que lhe veio em mente. Apenas se sentiu aliviado ao perceber que todos estavam livres das ameaças mais imediatas. Agora, podiam só seguir em frente com sua viagem. Naturalmente, tomando conta dos arredores, já que a floresta ainda era muito perigosa por si só e muitos poderiam ainda estar rondando o time.

— Sabe Rikudou quem era esse sujeito do corpo bizarro… — comentaria logo em seguida a Narie, perguntando-se sobre a hipótese do MST. — É… Makarov-dono, tudo bem por aí? — após ser relembrado do fato pela pergunta da colega, imediatamente a reforçaria, preocupado com o senhor.

Afinal, a criatura do sujeito que tinha derrotado conseguia drenar vitalidade.

— De alguma for aquele sujeito conseguiu compartilhar suas memórias comigo… — iniciaria, contando para os dois colegas de time. — Aquele gigante que Makarov enfrentava era capaz de absorver vitalidade ou algo assim. Hazu-kun, veja se ele precisa de atendimento médico — assentindo positivamente com a cabeça, voltar-se-ia para o amigo.

Ao que Makarov estivesse tratado, ou ele avisasse estar bem o suficiente para prosseguirem, Hakuryuu procuraria retomar a viagem até o Forte junto dos outros 3 integrantes da missão. Esticando a mão com o pergaminho, sinalizaria para Makarov para ver se ele preferia continuar carregando a carga preciosa ele mesmo. Se houvesse negativas, manteria o pergaminho em suas costas, sempre atento aos arredores para ninguém se apossar dele.

Haku ficou satisfeito com o poder do jutsu que havia acabado de aprender. Todavia, pode claramente ver que ainda tinha muito pela frente: a versão do Tsuchikage parecia ainda mais absurda e difícil de usar. Por mais que quisesse aprender mais sobre o assunto, uma brecha tinha sido aberta e era de máxima importância que começasse os preparativos para sairem dali imediatamente.

Algo que foi confirmado por Rize do lado de dentro do refúgio, que alertava sobre a aproximação de inimigos e até mesmo do que poderia ser o Mizukage da época. Naturalmente, procedeu rapidamente com a fuga, levando Suzaku consigo. Conforme o solicitado pelo Kage, deixou seus clones para trás como distração.

Logo Suzaku despertou e Mū alertou que também precisaria se separar. Afinal, o país da terra sofria uma invasão de kirigakure. Haku não discutiu, apenas prestou atenção em tudo que tinham para dizer. Por sorte, não estavam distantes da floresta negra, onde ficava o laboratório do alvo da missão. Hakuryū assentiu firmemente à ordem do Tsuchikage, que apesar de não ser o seu kage propriamente dito, ainda era o mestre do seu mestre e, portanto, uma figura importante para ele.

Após se despedirem de Mū, Haku seguiria junto dos demais em direção à floresta que uma vez cruzaram junto de Makarov. Naturalmente, faria uso das memórias que tinha do lugar para tentar alertar os aliados e evitar os perigos do lugar. Ademais, procuraria seguir as instruções de Suzaku, que certamente era o mais adequado para guiá-los naquela missão vinda do futuro.

Com a liderança final e devidamente tomada por Suzaku, Haku seguiu viagem junto dos demais após a separação do Tsuchikage. O Uchiha guiava o time com seus conhecimentos extraordinariamente privilegiados — como um viajante do tempo, afinal — e Narie vigiava os arredores com suas capacidades sensoriais. Haku, por sua vez, ficou atento aos seus sentidos — ainda que humanos — e para os alertas que os aliados pudessem dar. Era o dono do maior poder de fogo — literal e figurativamente — ali, afinal. Do ponto de vista de Hakuryuu, a certa aura de omissão em Suzaku não era incompreensível ou preocupante. Afinal, como alguém de um futuro ainda mais distante que o deles, certamente devia haver muito que ele não podia dizer.

Até pensou em perguntar algo, mas Narie acabou perguntando antes. Achou fascinante a possibilidade de transferir seu corpo para driblar a mortalidade. Entretanto, sabia que isso seria um crime abominável e, por essas e outras razões, provavelmente teriam que lidar com Kenjaku. Porém, como logo Suzaku apontou, por razões temporais tentar matá-lo naquela época não seria nada prudente. A missão não era de assassinato, mas sim de sabotagem. E a ação deles naquela época, inclusive, talvez fosse um paradoxo. Algo muito interessante de se pensar. Mas que Haku optou por não se deixar gastar muito tempo nisso, já que sabia como esse tipo de assunto poderia fazê-lo perder muito a noção do tempo.

Próximos de entrarem no laboratório, Haku decidiu se preparar. Ativou o Chakra Denshin [Tier 2] com calma e, então, assentiu com a cabeça, confirmando estar pronto para entrar junto dos demais. Ficaria atento aos alertas e seguiria as intruções do sensor de Narie, que deveria alertar se algum guarda ou aliado de Kenjaku fosse se aproximar.

Junto dos demais, Haku seguiu avançado pela floresta. Ouviu o que os dois tinham a dizer com bastante preocupação. Era útil saber de antemão que Kenjaku era do tipo que sempre se preparava para combates. Entretanto, o comentário de Narie foi o que mais lhe preocupou. Sendo Kenjaku um cientista, o acumulo de energia muito provavelmente significava tratar-se de uma arma. Fosse uma bomba, que liberaria tudo de uma vez, ou não, ainda era algo que tinham que ficar atentos.

Ao se aproximarem do que parecia ser a entrada do esconderijo, uma voz os recebeu. Haku cerrou os olhos, imediatamente percebendo que já tinham sido detectados chegando ali. Manteve os olhos fixos para pôr, pela primeira vez, os olhos em Kenjaku. Ao ver o grotesco cérebro na cabeça do que, portanto, deveria ser algum corpo ou cadáver preparado. Algo que se confirmou parcialmente ao que ele mencionou finalmente ter chegado a resposta do corpo artificial perfeito.

Apesar de preparado, e prestes a liberar um dito “presente” para eles, Kenjaku não parecia saber da possibilidade de viagem temporal. Talvez, àquela altura, já pudesse suspeitar de algo do tipo, porém.

Derrotar Kenjaku talvez não fosse algo impossível. Derrotar os seus corpos não bastaria, sendo necessário destruir o cérebro, que certamente era o seu núcleo. No entanto, no que tangia suas criações, a coisa ficava mais complicada. O ser que emergiu, mistura de carne, metal e chakra, não parecia ter qualquer ponto fraco óbvio. Considerando, ainda, o aviso de Suzaku, ele e Narie teriam que lidar com ele sozinhos.

Não tinha jutsus de grande poder ofensivo que fossem seguros de usar agora. Então, teve que dar o primeiro passo na sua preparação. Usando sua Keirakukei Avançada, Haku executou paralelamente os selos para um Katon: Gōka Messhitsu [Rank A | Potência Alta | -150 CH] e dois Iwa Bunshins [Rank C | Potência Alta | Bunshinjutsu Avançado: 60 → 30 CH → 15 HP cada | Chakura Denshin: 30 → 0 CH].

O Gooka Messhitsu, que até deveria causar danos, tinha o intuito principal de servir de distração para que os clones se consolidassem. Graças à potência alta do Katon, Haku procuraria manter-se soprando fogo por um tempo mais prolongado, dificultando a aproximação do inimigo. Ao que os clones estivessem consolidados, enquanto a rajada de chamas agisse como uma barreira, ambos seguiriam criando mais clones. O primeiro faria outros dois Iwa Bunshins [Rank C | Potência Alta | Bunshinjutsu Avançado: 60 → 30 CH → 15 HP cada | Chakura Denshin: 30 → 0 CH] e o segundo faria mais um Kage Bunshin [Rank B | Potência Normal | Bunshinjutsu Avançado: 60 → 30 CH → 30 HP | Chakura Denshin: 30 → 0 CH]. Considerando o nível de poder que o inimigo aparentava ter, sua intenção era atingir o máximo de clones que conseguia fazer: 5. Assim, poderia desencadear combos mais poderosos para lidar com aquela criatura.

Por mais grave que a voz da criatura pudesse ser, sua mente ainda aparentava ser muito jovem. Certamente, uma criação bem recente de Kenjaku. O problema era que, apesar dessa possível ingenuidade, seu corpo ainda era muito poderoso e consideravelmente veloz.

Narie até tentou erguer uma defesa, mas o tipo de ataque do inimigo literalmente se misturava com o elemento que a amiga havia utilizado. Suas flores atravessaram a parede como se não fosse nada, cercando a Haku e, antes que pudesse reagir, sua armadura se esfacelou após resistir ao dano das dezenas de raízes que emergiram. Por sorte, porém, sua máscara de gás, acoplada sob a armadura recém desfeita, ainda permanecia no lugar, isolando-o dos contaminantes do ar daquele ambiente. Conforme o alerta de Suzaku, as flores pareceram afetar Narie, possivelmente pelo pólen ou odor que exalavam, com um poderoso genjutsu. Entretanto, porque não tinha respirado nada daquilo, estava livre e com uma vantagem contra o inimigo.

O jinton cilindrico talvez fosse o melhor jutsu para aquela ocasião, em que a parede de Narie acabava mais por servir como um obstáculo do que outra coisa. Entretanto, porque as raízes nos olhos de Hanami pareciam se capazes de captar o mundo de forma diferente, e possivelmente chakra, sem a ajuda de Narie não poderia acompanhar a esquiva do inimigo e mirar direito, enquanto ele poderia pressentir o golpe poderoso vindo.

Com sua Keirakukei Avançada paralelamente preparou os selos de um Futton: Jōki Bakushin [Rank D | Potência Alta | Chakura Denshin: 30 → 0 CH] e um Katon: Gōka Messhitsu [Rank A | Potência Alta | -150 CH]. Enquanto, enquanto enchia os pulmões para soprar vastas quantidades de fogo, aproveitar-se-ia do impulso do vapor para executar um salto em linha reta para cima [Curto → ~Médio = +20 Iniciativa]. Com isso, sua intenção era aparecer acima da parede de madeira criada por Narie e, então, flutuando no ar [Vôo Livre], começar a cuspir enormes quantidades de chamas contra o inimigo. Usaria suas raízes, plantas e a própria parede de Narie como combustível para auxiliar nessa empreitada e queimar mais ainda o inimigo [Secundário Alto + Alto = Máximo]. O jutsu seria em potência máxima para não só causar mais dano, mas também continuar soprando fogo por um tempo maior, ganhando mais instantes para que pudesse agir logo em seguida.

Ademais, ficaria atento ao solo e os ataques que o inimigo poderia fazer surgir de lá — ou direto de seu corpo — para evadir dos ataques em pleno ar. Usaria do impulso do vapor do Futton: Jōki Bakushin [Rank D | Potência Alta | Chakura Denshin: 30 → 0 CH] para melhorar sua capacidade de evasão, notasse que seria necessário. Paralelamente a uma tentativa de evasão ou não, antes que terminasse de soprar o fogo — com sua Keirakukei Avançada, fosse necessária — tentaria utilizar o Iwa Bunshin [Rank C | Potência Alta | Bunshinjutsu Avançado: 60 → 30 CH → 15 HP cada | Chakra Denshin: 30 → 0 CH] para criar dois clones que permaneceriam junto do original, também utilizando o Futton: Jōki Bakushin [Rank D | Potência Alta | Chakura Denshin: 30 → 0 CH] cada um para desviar junto do original, fosse necessário.

Haku não ficou tão preocupado diante da enorme resistência demonstrada por Hanami. Tinha bons recursos para lidar com alta resistência corporal. O problema maior era a baixa resistência dos próprios clones. Queria refazê-los para usar mais jutsus que ignorassem as defesas corporais da inimiga. Entretanto, diante dos ferimentos, e nova situação, não teria tempo para tal.

A dor era intensa, mas se quisesse reagir ao jutsu, que Narie havia alertado ser facilmente mais poderoso que um Rank S, tinha que começar imediatamente. Aproveitando o fato que Suzaku havia se aproximado de Narie para soltá-la do genjutsu, Haku usou sua Keirakukei Avançada para produzir dois jutsus simultâneos: Futton: Jōki Bakushin [Rank D | Potência Alta | Médio → Curto = +20 Iniciativa | Chakra Denshin: 30 → 0 CH] e Jinton: Tai-Shukusei Bōgyo [Rank A | Potência Alta | - 150 CH]. Com o futton aceleraria seu reposicionamento para ficar colado dos seus dois aliados — que provavelmente já estavam próximos, já que o Kai externo exigia toque físico — o mais rápido possível e, então, criar uma barreira de jinton de potência alta que durasse tempo o suficiente para desintegrar todo o jutsu inimigo que tentasse atingir os três. Atento aos instantes em que sua barreira estava prestes a terminar, estaria pronto para conjurar outro Jinton: Tai-Shukusei Bōgyo [Rank A | Potência Alta | - 150 CH] de longa duração para garantir que seus aliados fossem protegidos.

Com sua Keirakukei Avançada, estivesse preparando uma segunda barreira ou não, Haku usaria a mão livre para já ir preparando os selos de um Jinton: Genkai Hakuri no Jutsu [Rank S | Potência Normal | - 200 CH]. Imediatamente ao que sua defesa de jinton cessasse diante do fim do ataque do inimigo, lançaria o jinton em cilindro na direção da inimiga, tentando desintegrar seu torso.

O jutsu tinha um tempo de preparação elevado, mas considerando o tempo que precisariam ficar dentro da barreira, Haku supunha que deveria conseguir contra-atacar de forma que parecesse instantânea para a inimiga. Graças à camada de jinton defensiva em alta potência que manteria ao seu redor, o jinton ofensivo criado em seu interior deveria ficar muito bem camuflado. Afinal, do ponto de vista de um sensor, um poderoso chakra começaria a brilhar sobre a assinatura de chakra original do usuário, havendo uma intensificação após alguns instantes de duração da barreira. Algo que seria plenamente justificado pela situação: o defensor estava reforçando sua barreira para suportar mais da situação.

Era nisso que Haku apostava: que a escolha de Kenjaku de trocar os olhos por dois galhos que aparentemente agiam como poderosos sensores custasse caro naquela situação específica.

Por sorte, Haku não era o único defensor capaz no time. Narie adicionou seu domo logo em seguida e, então, Haku permaneceu firmemente olhando para a parede das barreiras, como se pudesse ver através delas. Esperou ansiosamente para ver se resistiriam.

As defesas, no entanto, logo se mostraram insuficientes. Todos foram arremessados para longe. Entretanto, a determinação de Senju de Narie não pareceu deixá-la desistir. E, inspirado por isso, enquanto ela executava o jutsu que paralisaria o inimigo, Haku prosseguiu com o que havia planejado: usar seu ás na manga mais poderoso.

Com a criatura finalmente pulverizada, Haku se deixou cair no chão, aliviado, desativando o Chakra Denshin. Estava fraco, mas ainda motivado a terminar aquela investigação. Antes, porém, avaliaria o próprio sangramento. Se notasse que continuaria sangrando por mais algum tempo, tomaria uma Zōketsugan LV1 [+ 50 HP]. Do contrário, estando seguro de que não correria riscos de vida em sua situação atual, deixaria de tomar a pílula, levantaria de onde estava e seguiria em direção ao laboratório.

Tomaria cuidado, adentrando-o cautelosamente, analisando com muito cuidado tudo nos arredores. Afinal, podiam existir armadilhas. Certificado-se de não haver nada de estranho no chão, paredes ou teto, avançaria aos poucos. Paralelamente, também aproveitaria essa investigação de armadilhas para também prestar atenção nos demais detalhes do laboratório. Assim, poderia fazer também a investigação do laboratório em si ao mesmo tempo.