Qual sua opinião sobre essa questão?
PS: Conseguiram algum ponto extra por causa do tópico do @Math? Brincadeira, claro, a questão não era sobre as gírias em si, mas foi bem engraçado que teve um tópico recente sobre tais gírias aqui no fórum...
Lipert escreveu:Eu achei bem nada a ver colocar isso na prova, na verdade... Me parece que colocaram só pra "lacrar". Não que alguém vá errar por conta disso, claro, mas não acho que faz sentido colocar esse tema em uma prova que vai ser usada pra passar numa faculdade. Não vejo a mínima necessidade pra isso, e espero que o próximo ministro da educação faça uma limpa no banco de questões do ENEM, e deixe ele mais próximo do que é a FUVEST, que cobra mais conteúdo e geralmente não coloca questões pra "lacrar"...
Ah, sobre o negócio de subsídios também foi bem zoado colocar. E o tema da redação parece um convite para as pessoas falarem em controle estatal (ou empresarial) pra controlar o que os algoritmos podem ou não mostrar (ou seja, ao invés de empresas terem menos controle sobre a vida da pessoa, elas — ou o Estado — teriam mais controle ainda).
Tem outras questões bem ruins, também. Tanto em questão de tentar filtrar os alunos com base no que os que escreveram a prova acreditam quanto em questão de ambiguidades.Spoiler :E antes que falem que "não precisa concordar pra interpretar o texto", se alguém colocasse textos exaltando opiniões totalmente contrárias às suas, vocês iriam achar que realmente não importa?
O ENEM não deve ter partido ou ideologia política, deve medir o nível de conhecimento, da maneira mais isenta politicamente possível.
NikyNeko escreveu:Lipert escreveu:Eu achei bem nada a ver colocar isso na prova, na verdade... Me parece que colocaram só pra "lacrar". Não que alguém vá errar por conta disso, claro, mas não acho que faz sentido colocar esse tema em uma prova que vai ser usada pra passar numa faculdade. Não vejo a mínima necessidade pra isso, e espero que o próximo ministro da educação faça uma limpa no banco de questões do ENEM, e deixe ele mais próximo do que é a FUVEST, que cobra mais conteúdo e geralmente não coloca questões pra "lacrar"...
Ah, sobre o negócio de subsídios também foi bem zoado colocar. E o tema da redação parece um convite para as pessoas falarem em controle estatal (ou empresarial) pra controlar o que os algoritmos podem ou não mostrar (ou seja, ao invés de empresas terem menos controle sobre a vida da pessoa, elas — ou o Estado — teriam mais controle ainda).
Tem outras questões bem ruins, também. Tanto em questão de tentar filtrar os alunos com base no que os que escreveram a prova acreditam quanto em questão de ambiguidades.Spoiler :E antes que falem que "não precisa concordar pra interpretar o texto", se alguém colocasse textos exaltando opiniões totalmente contrárias às suas, vocês iriam achar que realmente não importa?
O ENEM não deve ter partido ou ideologia política, deve medir o nível de conhecimento, da maneira mais isenta politicamente possível.
Lipert, o ENEM não tem partido. No fim a pergunta é neutra, não importa sobre o que é o assunto. Eles não perguntaram se essa língua era positiva ou se tinha que ser respeitada, eles só perguntaram porque diabos essa coisa ganha status de dialeto. Se você acha isso inútil ou não, por favor, peça também para o Bolsonaro tirar seno, cosseno e tangente da matéria das escolas, porque é totalmente inútil e eu nunca vou usar na minha vida. E "concordar" com o texto? Tem alguma coisa nesse texto pra se concordar? As únicas afirmações que fizeram é que está no dicionário e que tem relação com a cultura africana e indígena. Você discorda? Não pode mais citar gays nas provas se não for pra lacrar? Por favor, eu entenderia se eles tivessem tentado manipular as pessoas que estão lendo a aprender a língua ou se estivessem tentando exaltá-la, mas francamente... Você está querendo uma prova mais "séria" que só faça perguntas relacionadas à idade média e ao mercado de trabalho, além de só citar a existência de homens brancos e heterossexuais só pra ter certeza que não estão tentando lacrar em cima dos preconceitos?
Lipert escreveu:NikyNeko escreveu:Lipert escreveu:Eu achei bem nada a ver colocar isso na prova, na verdade... Me parece que colocaram só pra "lacrar". Não que alguém vá errar por conta disso, claro, mas não acho que faz sentido colocar esse tema em uma prova que vai ser usada pra passar numa faculdade. Não vejo a mínima necessidade pra isso, e espero que o próximo ministro da educação faça uma limpa no banco de questões do ENEM, e deixe ele mais próximo do que é a FUVEST, que cobra mais conteúdo e geralmente não coloca questões pra "lacrar"...
Ah, sobre o negócio de subsídios também foi bem zoado colocar. E o tema da redação parece um convite para as pessoas falarem em controle estatal (ou empresarial) pra controlar o que os algoritmos podem ou não mostrar (ou seja, ao invés de empresas terem menos controle sobre a vida da pessoa, elas — ou o Estado — teriam mais controle ainda).
Tem outras questões bem ruins, também. Tanto em questão de tentar filtrar os alunos com base no que os que escreveram a prova acreditam quanto em questão de ambiguidades.Spoiler :E antes que falem que "não precisa concordar pra interpretar o texto", se alguém colocasse textos exaltando opiniões totalmente contrárias às suas, vocês iriam achar que realmente não importa?
O ENEM não deve ter partido ou ideologia política, deve medir o nível de conhecimento, da maneira mais isenta politicamente possível.
Lipert, o ENEM não tem partido. No fim a pergunta é neutra, não importa sobre o que é o assunto. Eles não perguntaram se essa língua era positiva ou se tinha que ser respeitada, eles só perguntaram porque diabos essa coisa ganha status de dialeto. Se você acha isso inútil ou não, por favor, peça também para o Bolsonaro tirar seno, cosseno e tangente da matéria das escolas, porque é totalmente inútil e eu nunca vou usar na minha vida. E "concordar" com o texto? Tem alguma coisa nesse texto pra se concordar? As únicas afirmações que fizeram é que está no dicionário e que tem relação com a cultura africana e indígena. Você discorda? Não pode mais citar gays nas provas se não for pra lacrar? Por favor, eu entenderia se eles tivessem tentado manipular as pessoas que estão lendo a aprender a língua ou se estivessem tentando exaltá-la, mas francamente... Você está querendo uma prova mais "séria" que só faça perguntas relacionadas à idade média e ao mercado de trabalho, além de só citar a existência de homens brancos e heterossexuais só pra ter certeza que não estão tentando lacrar em cima dos preconceitos?
A questão é que É PRA LACRAR. Não há dúvidas nesse ponto, a questão não foi criada pra nada além disso, é um fato. Não se trata de não citar a existência de homossexuais, mas sim evitar que se usem meios subliminares pra promover a linha de pensamento de quem elaborou a questão em detrimento de outras linhas de pensamento.
Os textos selecionados são propositalmente tendenciosos para um dos lados. Mesmo que a pergunta não te obrigue a concordar com esses textos, trata-se de uma forma de promover uma linha de pensamentou (ou pessoas que tenham a mesma linha de pensamento).
Você fala que não tem que concordar com o texto e com o enunciado, mas se a prova estivesse tendenciosa a favor do conservadorismo e da direita, você seria a favor?
Precisamos de uma prova que teste os conhecimentos, sem teor ideológico ou partidário.
NikyNeko escreveu:Lipert escreveu:NikyNeko escreveu:Lipert escreveu:Eu achei bem nada a ver colocar isso na prova, na verdade... Me parece que colocaram só pra "lacrar". Não que alguém vá errar por conta disso, claro, mas não acho que faz sentido colocar esse tema em uma prova que vai ser usada pra passar numa faculdade. Não vejo a mínima necessidade pra isso, e espero que o próximo ministro da educação faça uma limpa no banco de questões do ENEM, e deixe ele mais próximo do que é a FUVEST, que cobra mais conteúdo e geralmente não coloca questões pra "lacrar"...
Ah, sobre o negócio de subsídios também foi bem zoado colocar. E o tema da redação parece um convite para as pessoas falarem em controle estatal (ou empresarial) pra controlar o que os algoritmos podem ou não mostrar (ou seja, ao invés de empresas terem menos controle sobre a vida da pessoa, elas — ou o Estado — teriam mais controle ainda).
Tem outras questões bem ruins, também. Tanto em questão de tentar filtrar os alunos com base no que os que escreveram a prova acreditam quanto em questão de ambiguidades.Spoiler :E antes que falem que "não precisa concordar pra interpretar o texto", se alguém colocasse textos exaltando opiniões totalmente contrárias às suas, vocês iriam achar que realmente não importa?
O ENEM não deve ter partido ou ideologia política, deve medir o nível de conhecimento, da maneira mais isenta politicamente possível.
Lipert, o ENEM não tem partido. No fim a pergunta é neutra, não importa sobre o que é o assunto. Eles não perguntaram se essa língua era positiva ou se tinha que ser respeitada, eles só perguntaram porque diabos essa coisa ganha status de dialeto. Se você acha isso inútil ou não, por favor, peça também para o Bolsonaro tirar seno, cosseno e tangente da matéria das escolas, porque é totalmente inútil e eu nunca vou usar na minha vida. E "concordar" com o texto? Tem alguma coisa nesse texto pra se concordar? As únicas afirmações que fizeram é que está no dicionário e que tem relação com a cultura africana e indígena. Você discorda? Não pode mais citar gays nas provas se não for pra lacrar? Por favor, eu entenderia se eles tivessem tentado manipular as pessoas que estão lendo a aprender a língua ou se estivessem tentando exaltá-la, mas francamente... Você está querendo uma prova mais "séria" que só faça perguntas relacionadas à idade média e ao mercado de trabalho, além de só citar a existência de homens brancos e heterossexuais só pra ter certeza que não estão tentando lacrar em cima dos preconceitos?
A questão é que É PRA LACRAR. Não há dúvidas nesse ponto, a questão não foi criada pra nada além disso, é um fato. Não se trata de não citar a existência de homossexuais, mas sim evitar que se usem meios subliminares pra promover a linha de pensamento de quem elaborou a questão em detrimento de outras linhas de pensamento.
Os textos selecionados são propositalmente tendenciosos para um dos lados. Mesmo que a pergunta não te obrigue a concordar com esses textos, trata-se de uma forma de promover uma linha de pensamentou (ou pessoas que tenham a mesma linha de pensamento).
Você fala que não tem que concordar com o texto e com o enunciado, mas se a prova estivesse tendenciosa a favor do conservadorismo e da direita, você seria a favor?
Precisamos de uma prova que teste os conhecimentos, sem teor ideológico ou partidário.
Concordar COM O QUE, Lipert? Então se fosse uma questão sobre o nazismo seria tendenciosa pra direita? Não é pra lacrar, essa é meramente sua visão. Eu vi um vídeo numa aula que abordava o pensamento artistico de Hitler que chamava arquitetura da destruição e que focava nas razões de Hitler para tentar criar uma nova Alemanha, além de sua visão de mundo. Numa aula de DESIGN onde todo mundo é de ESQUERDA eu vi um vídeo relacionando um psicopata assassino que marcou a história da Alemanha em sangue com arte. Eu ADOREI o vídeo. Eu concordei com boa parte das opiniões de Hitler, como o ódio à arte moderna. Eu adorei fazer o resumo, pois era super interessante entender porque ele fez as coisas como fez. Era um vídeo tendencioso de direira? CLARO QUE NÃO. Era um vídeo conteudista que se focou num psicopata sem ser com o propósito de xingá-lo eternamente. É a mesma coisa com esse texto. Não é que você “não precisa” concordar com ele. Não tem NADA nesse texto com o qual concordar ou não. Ele simplesmente cita a existência de gírias utilizadas por travestis e pergunta por que, apesar de serem gírias, são consideradas um dialeto. E a razão não é “inclusiva” como “para valorizar a comunidade travesti”. É meramente que a linguagem tem registros históricos, por isso é considerada um dialeto. É 100% neutro. A que nível de radicalismo você precisa chegar pra ficar revoltado com uma questão 100% neutra?
Math escreveu:Ai que drama. É uma questão como qualquer outra, como também teve ano passado sobre feminismo e etc.
São pautas atuais, da mesma forma que foi pauta o "internetes"
Wolfgang escreveu:Mano, que preguiça de conservador. :nietz: Tudo que envolve gay é desnecessário e lacração pra eles, puta que me pariu.
Lipert escreveu:Preguiça de gente que paga de minarquista e na primeira oportunidade já acha lindo que uma prova pública coloque as pautas lgbt (entre outras) nos textos. ¯\_(ツ)_/¯
Lipert escreveu:Uma observação é que citei a Bíblia exatamente porque evangélicos podem se sentir desconfortáveis em ter que responder questões com contexto da cultura LGBT numa prova pública pra faculdade. Cada um deve ser respeitado e não deve impor seus valores aos demais, então uma prova pública não deve trazer pautas de nenhum dos grupos.