Primeiro que o que dá dignidade à vida da mulher (e justifica a pena criminal contra o homicida) é o fato dela ser humana, não mulher, perder isso de vista beira à eugenia.
Imagine que vc tipifique no código penal que Brancos ou Ricos assassinados por motivações pessoais (crime passional, que é a MESMA COISA QUE FEMINICÍDIO) tenham um agravante na sua pena para o autor do crime... É a mesma coisa.
Segundo que mulher já tem delegacia da Mulher e Lei da Maria da penha sugando recursos da União, o assassinato de mulheres é ÍNFIMO se comparado ao de homens (especialmente jovens e negros).
O que é relevante, aumentar a pena para
"dar importância" à 60 mil vidas por ano ou aumentar a pena para dar importância à menos de 1 mil vidas por ano? (sim, são menos de MIL feminicídios por ano)
Esta merda é populismo coletivista e demagogia, lei inútil.
Lipert escreveu:
Além disso, apesar de ser um crime bárbaro, ele é uma porcentagem pequena dos assassinatos. O problema não era a ausência de uma tipificação desse crime (que não ajuda em nada e só dá uma falsa sensação de que há algo protegendo as mulheres), o problema é a justiça como um todo, que solta os bandidos assim que surge uma oportunidade. Temos uma legislação conivente com os criminosos, e a justiça é ainda mais conivente do que a própria legislação. Enquanto isso não for resolvido, nada será. Nem o "feminicídio" nem o "homicídio" (sentido amplo).
Exatamente, o problema de
"segurança pública" no Brasil tem muito mais raízes com o sistema penal e judicial que por questões estruturais de segurança efetivamente (Polícias
- e suas entrelinhas de operação - Exército, efetivo militar etc).
Basta ver que há criminosos com dezenas de passagens pela polícia, mas não há mandado de prisão, não há prisão preventiva, não há nada, pq? Pq a merda dos processos contra o vagabundo NEM PASSARAM PELA MÃO DE UM ÚNICO JUIZ, daí fica à cargo da Polícia Civil decidir, e como sabemos, não possui estrutura para comportar as centenas de mal feitores que são presos em flagrante todos os dias (e claro, se prender, os Direitos Humanos vem encher o saco).