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[Ithil'thol] Nocturne of Truth and Illusions

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Koichi num primeiro momento não entendeu porque Zabuza havia tomado aquele tipo de atitude. Por qual motivo estava colaborando com seu contratante, ao invés de o trair ? Seria muito mais fácil e muito mais lucrativo. A parte de escravizar gente também era legal e tudo mais...mas não era melhor escravizar as pessoas para lhe servir ao invés de servir um terceiro ?

De qualquer forma, fato era tudo que parecia uma grande decisão burra do ninja. Mas Momochi não era conhecido por ser lá o ninja mais inteligente do mundo, para ser sincero. Dava para passar o pano. Mas o garoto não deixaria de evidenciar sua revolta com tal atitude :

- Cara, não é assim que as coisas rolam. Você deveria roubar tudo o que ele tem, torturar de maneiras inimagináveis a família dele, destruir o que ele ama na frente dele e matá-lo de uma maneira absolutamente agonizante. Essa é a opção mais lucrativa e divertida. Fora que o Gato nunca foi lá muito confiável como chefe. - Completou, assumindo que se ele era Zabuza mesmo, trabalhava para algum bandidozinho de meia tigela. - Agora que você falou...o três caudas tinha um genjutsu utilizando nevoa. Vou precisar de uma máscara. Hora do cosplay de Kakashi. - Finalmente encontrando a razão para aquele nevoeiro todo, Koichi decide catar restos de roupas deixados pelos defuntos para formar uma máscara precária com suas habilidades de médico. Não deveria lá lidar totalmente com o problema, mas teria que dar pro gasto, por enquanto. - Zabuza, eu preciso de um lugar seguro para discutir essa questão com meu time 666. Conhece algum ? - E antes que pudesse continuar, uma criatura surgiu.

Pelo tom do mink, aquele provavelmente era o Gato daquele universo. Ou seja, um potencial rival. Não um do nível Orochimaru de crueldade, mas alguém que provavelmente antagonizaria suas intenções em algum momento. Razão que era mais que o suficiente para Koichi lhe atacar, isso sem contar as razões descritas na conversa anterior. Além disso, se Zabuza não ia se revoltar e furtar seu patrão, Shinguji não perderia a chance de fazer isso. Foi assim que ele conquistou a maior parte de seu atual bando, e a atitude iria se repetir.

Spoiler :


- Koichi D. Shinguji, filho do diabo, que era conhecido por essas terras como Rei dos Piratas. - Dramaticamente ele se apresentou enquanto fazia um sinal de mão. Havia aprendido algo novo sobre seus poderes demoníacos nos últimos dias, contudo, não havia tido tempo de testar a técnica em uma batalha real. E estava ansioso para fazer isso, o que transparecia em sua face. - Mas não menos importante, seu algoz. O que acha de me contar onde está sua base antes de morrer ? Prometo lhe dar um tratamento menos degradante se fizer isso. - Estava mentindo. Se o pinguim soltasse alguma informação útil, faria questão de torturar ele ainda mais por motivo nenhum.

Terminada a expansão do Despertar, ele usaria duas técnicas. Uma era Kurouzu, nas suas mãos, para redirecionar possíveis disparos de volta contra o pinguim e desviar o trajeto de outros ataques eventuais ( mesmo que sejam de Momochi, já que o Koichi tá no mode ). Também serviria para tirar a máscara do rosto do pinguim a força, antes dele sofrer o ataque, atraindo-a para perto do menino. A segunda, nascida debaixo dos pés do Pinguim, era uma esfera enegrecida que atrairia seu alvo para o esmagar, por meio de Nyuborutsu Shin Gurabirei. Se o rapaz desacordado fosse triturado junto, não ligaria também. Deixaria a sorte decidir o destino do coitado.

Além disso, também estava curioso para saber se o Despertar influenciaria de alguma forma naquela nevoa. Vai saber né ? Genjutsus agiam de formas estranhas, ainda mais quando o agente responsável por isso era uma bijuu.


Spoiler :

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- Entendo, entendo, sendo assim, vou visitar a medica para ela avaliar melhor minha situação e vou pedir para ela me entregar uma mascara, apesar da base da spades ser um lugar seguro, temos uma missão pela frente e ficar aqui não vai resolver nada a longo prazo - Comentei com Eva, os efeitos da névoa ainda estão envoltos de enigmas, mas isso não pode nos atrasar muito, sem contar que ela surgiu a pouco tempo, não tem como saber os seus reais efeitos e quais os seus malefícios em nossos corpos, no meu em especial que sou um hibrido de duas raças diferentes.

- Assim que nos chegamos, os efeitos da névoa na praia pareciam mais fortes de fato - Falei em concordância com a mulher - Depois disso, fora diminuindo gradualmente, será que isso é uma reação do mar com alguma substancia presente na ilha, algo novo, que não existia antes já que faz pouco tempo que esse fenômeno está ocorrendo, ou quem sabe,esse dragão veio do mar? Se for um usuário de akuma no mi, é impossível isso ter acontecido por meios naturais - Eu mesmo perdi minha capacidade de nada em mar aberto depois de ingerir a fruta do diabo, talvez esse dragão seja um dragão mesmo, não uma pessoa com uma zoan mística, o mundo é muito grande e ninguém consegue saber que monstros existem por ai.

- A nevoa deve ser mais densa que o ar, por isso ela não consegue circular com tanta facilidade em locais fechados... Eu gostaria de investigar essa historia mais a fundo, tem alguma peça faltando nesse quebra cabeça, alguma ideia? - Perguntei para os caçadores ali presentes. só não vou atrás disso agora pela nossa missão mesmo, apesar que sinto que uma coisa está relacionada com a outra.

Assim que a conversa for concluída, vou em direção ao consultório medico e passo um breve relato da minha situação, explicando como estava a situação quando chegamos na ilha, ate encontrar a base da spades - Resumindo foi isso que aconteceu doutora... - Falei para medica - Alias, eu gostaria de uma mascara de proteção se for possível, ainda vou retornar as ruas e serei exposto novamente - Assim que receber a mascara e tiver o ok que está tudo bem comigo, vou em direção ao refeitório comer alguma coisa.

A situação politica de ilha pode ser um problema, o maior poder é de um nativo e a marinha exerce atividades por esses lados, se a gente errar em alguma coisa, podemos nos dar mal aqui, a principio é melhor ter cautela em nossa investigação e agir discretamente quanto a nosso objetivo aqui, mas por hora, vou comer alguma coisa.

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(modere o volume)

A princípio, ficou animado com a presença de uma médica visivelmente capacitada no assunto. Considerando as máscaras que produzira, quem sabe não conseguisse fazer um upgrade temporário no próprio equipamento usando os materiais e princípios das máscaras como base? Ademais, isso também significava que ela muito provavelmente já tinha boa parte das respostas pela qual buscava acerca do alucinógeno.

Todavia, não pode deixar de ficar mais introspectivo com as informações acerca da distribuição da névoa. A informação passada batia com a concentração de poros decrescente praia adentro. A questão que intrigava Leonard era o porquê disso. Talvez algo relacionado com a suscetibilidade do solo? Era mais fácil fazer os gases emergirem pela areia, do que era pelo solo, do que era pelo asfalto e cimento? Ou talvez fosse uma medida para isolar a ilha do mundo externo, dificultando ou afugentando a entrada de novas pessoas na ilha? Pelo menos, explicaria a cautela de começar a acumular névoa da orla para o centro da ilha, encurralando e fechando todos em seu interior. No entanto, a preferência do dono em não espalhar a névoa muito fora das ruas talvez indicasse que ele queria que as pessoas ficassem em casa. O porquê disso, porém, permanecia nebuloso ao caçador. Provavelmente ele estivesse prestes a iniciar alguma operação que requeria os civis dentro de suas casas? Afinal, a névoa não parecia estar tão agressiva quanto deveria se o objetivo dele fosse dominar toda a ilha.

— A explicação para a concentração da névoa está na distribuição de poros pelo chão, responsáveis pela liberação da mesma — Leonard ressurgiria meio apático, querendo compartilhar as informações com Kamui — Por algum motivo, eles existem em maior concentração na areia da orla e gradativamente reduzem ilha adentro. Talvez seja porque seu responsável tenha mais facilidade em permear a névoa através da areia, do que do solo da floresta e do cimento ou asfalto do ambiente urbano? Talvez. Mas também há outros motivos possíveis, como tentar isolar o povo local de fora para dentro… O porquê desses atos, porém, ainda são um tanto… confusos — finalizaria, com um ar misterioso, mas que não era à toa. Aquilo, de fato, era um mistério para ele.

Quanto a explicação cultural, Leonard acreditava bater. De fato, os civis não deveriam saber mais do que eles sabiam e estavam apenas obedecendo às ordens de um terceiro. Leonard intuía que Ultred pudesse ter algo a ver com a névoa, mas, até então, não via nada de muito incriminatório. Afinal, ele poderia muito bem ter detectado e reagido à sua ameaça de acordo, como qualquer capitalista interessado no movimento do comércio local faria. E, além disso, também era de se esperar que nem todos obedecessem aos alertas a respeito das máscaras. Conhecia N exemplos semelhantes e, ainda considerando as supostas evidências acerca dos benefícios da névoa, era de se esperar que ali pudesse ser pior ainda.

— Certo, Eva-san… — levando a mão ao queixo, pensativo, Leonard reagiria ao fim das explicações. — Muito obrigado pelas informações valiosas… — perdido em seus pensamentos, acabou não conseguindo formular mais perguntas relevantes. Pelo menos, por ora.

No entanto, ficou intrigado quando a explicação acerca da base lembrou-lhe dos Filhos da Lua e seus interesses misteriosos. Quer dizer, a julgar pelo que havia acontecido em Pthumerias, a própria Segunda Lua tinha um perfil bem semelhante ao da Arma Anciã. O poder antigo passado por gerações deixava a coisa mais sugestiva ainda. Quem sabe não fora o Reino Ancião, o mesmo que criara as especificações de seu corpo, que havia criado aquela esfera que, então, acabou eventualmente redesignada como arma. E, sem dúvidas, uma arma estratégica bastante temível.

Aéreo, apenas seguiu Eva sem questionar demais os arredores ou a direção para qual era levado. No entanto, ao ouvir a voz do líder da base, acabou inevitavelmente tendo sua atenção chamada. Devolveu uma discreta reverência com a cabeça à mulher e, então, voltou-se para o interior da sala recém-revelada.

Estava curioso para saber quem era o líder da base em questão, mas o que mais acabou prendendo-lhe a atenção fora a disposição dos elementos naquele ambiente. Lembrava daquela sala de algum lugar… Em Khórus…? Era de alguém que havia encontrado lá… Mas, de quem, exatamente? Talvez devesse reexaminar seus próprios relatórios para ver se refrescava a memória. Entretanto, ao considerar as cortesias que teria que responder adequadamente, aquele não era o momento para isso. Não baixaria a guarda, porém. Ainda sentia algo de suspeito naquilo tudo.

Considerando suas origens restritas, Minks não eram muito comuns pelo mundo. Aliás, pegou-se fascinado por alguns momentos, pensando no fato de que nunca havia conhecido um mink rato antes. Quer dizer, já tinha ouvido falar de Lin Konjui antes, mas costumava ser tão desatento na relação mental entre nomes e rostos, que no fim a reação acabou sendo a mesma. As características de rato não lhe eram especificamente interessantes, claro. Na realidade, ao que contemplou a variedade de tipos de Minks que se poderia ter — através da lembrança que ratos também eram uma possibilidade, claro — lembrou-se do Fator de Linhagem imediatamente. Não por menos, ultimamente andava muito investido em seu estudo, por mais que não dominasse a medicina. Afinal, o Reino Antigo parecia ter muitos de seus aparatos baseados na alteração desses genes para o desenvolvimento de poderes e afins. Estaria a misteriosa origem dos minks relacionada a estes experimentos? Era de se pensar.

— Konjui-dono, é igualmente uma honra conhecer alguém de sua experiência — responderia, cruzando um dos braços adiante do corpo e brevemente reverenciando o chefe da base. Por mais que a patente fosse inferior, supunha dever aquele tipo de gesto como sinal de gratidão, visto que lhes receberam tão bem. — Ah, imagine. Também só consigo me concentrar ao som de uma boa música — prosseguiria, também observando os monitores em disposição familiar e se perguntando acerca do que ele devia estar vigiando. — Usuários de Haki da Observação tão talentosos quanto ele tendem a ser um tanto… Intuitivos. É realmente difícil imaginar o que se passa na cabeça de pessoas que experimentam a passagem do tempo de forma tão diferente — prosseguiu, comentando sobre os poderes prescientes, mas duvidando que o encontro fosse tão despropositado assim. Os métodos de agir de Garret eram misteriosos e, às vezes, ilógicos. Mas não ineficientes. Talvez de fato houvesse algo a ser tirado dali. Manteve-se fixo durante o silêncio do rato, procurando não reagir ao quão estranha a situação parecia. — Sem problemas. Esses assuntos de fato são de meu interesse. Esses estados de consciência elevada geralmente são alvos de meu estudo, mas… — cruzaria os braços atrás do torso, recompondo-se de forma mais ereta e disciplinada. — Talvez seja melhor não perdemos tempo com assuntos paralelos, por mais edificantes que sejam. Garret não me informou muito acerca do alvo ou das forças envolvidas nessa missão, mas a coisa parece séria. É como se figurativa e literalmente tentassem ocultar algo por trás de toda essa névoa. Mas, com as informações tão limitadas, não consigo excluir um número satisfatório de possibilidades para poder tomar medidas cabíveis — continuaria, levando pensativo uma das mãos ao queixo. — Intuições à parte, suponho que as informações tenham sido repartidas entre os entes dessa missão por razões de segurança. Por isso, gostaria de perguntar o que exatamente o Ace of Spades-sama lhes passou acerca da missão. Quem sabe, se houverem peças diferentes, o quebra-cabeça geral não faça mais sentido? — finalizaria, brevemente pendendo a cabeça para o lado, imaginando que aquela era uma boa forma de começar a reunião.





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Ele não havia notado.

Toda a dor de barriga que eu nunca havia sentido por anos que me socava naquele momento devido a tensão de ter que pagar por um capacete mais caro que meu próprio navio sumiu no momento que a porta do elevador abriu. Imediatamente sai dele ainda com a Lou nos meus braços ouvindo-a grunhir levemente com uma expressão triste à medida que se afastava do capacete de Leonard, podendo enfim respirar aliviado. Como de costume, eu não tinha ouvido quase nada da conversa que rolou dentro do elevador devido ao nervosismo, parando pra pensar melhor agora. 「g-...G-GYAHEHE! OTÁRIO BABADO! VOCÊ AGORA É TERRITÓRIO OFICIAL DA LOU! E QUE SIRVA DE LIÇÃO!」

Por mais triste que isso pudesse soar: ainda bem que o Delinquente era algo da minha cabeça e apenas eu podia ouvi-lo. Acompanhei com os olhos as direções contrárias que Leo e Kamui tomavam finalmente pondo a Lou no chão, me lembrando levemente da Eva ter comentado algo sobre fazer testes por conta daquela névoa venenosa na ala médica que era o lado para qual Kamui seguia. Em um passo largo logo o alcancei, suspirando pesado, voltando a me sentir leve novamente.

- ...Aparentemente ela tá bem mesmo tendo respirado aquela névoa, mas por precaução também vou levá-la para fazer uns exames, Kamui. - Disse ainda me aproximando dele, mais pra chamar sua atenção. - Então… Você é um mink, em? Isso explica porque a Lou parece confortável próximo a você. - Fiz um gesto com os olhos apontando para minha cadela para que Kamui a observasse também. Ela já havia superado a separação do capacete e agora caminhava animada olhando para o rapaz em questão, como se estivesse vendo um parente distante. - Ah, cê também perguntou sobre meu estilo de luta, né? Ele é bem simples. Eu soco os delinquentes e eles explodem!

Ou será que eu deveria dizer que as tonfas são meu estilo de luta? Eu uso elas desde que era moleque, antes mesmo de conseguir esse poder explosivo, então talvez o certo fosse esse… Mas… 「Como assim esses pedaços de metal não são parte do nosso corpo? Tipo, não são um membro nosso?」. Ele estava certo. Era estranho pensar nas minhas tonfas como um estilo de luta naquela altura do campeonato, mas sinceramente, tanto faz. Não muda o fato de que eu iria sempre explodir os delinquentes e fazer o meu trabalho.

Assim que chegamos na ala médica, o mink se propôs a explicar a situação para o responsável do local e eu apenas o ouvi falar sem muito interesse no geral. Queria apenas um check-up na Lou e deixaria isso claro quando tivesse a chance de falar. No mais, andaria de um lado pro outro fuxicando o local por pura curiosidade, me lembrando aleatoriamente que geralmente nas enfermarias da escola existe a famosa professora-médica-bonitona que todos os meninos seriam capaz de se machucarem só para serem atendidos por ela. Procuraria por isso também. 「...E a merda da sua ideia de comer a névoa, desgraçado? Por que não pensa em algo mais útil e vê o que um profissional médico tem a dizer sobre?」.

- É VERDADE! - Bradei a mim mesmo batendo minha mão esquerda fechada sobre a palma da minha mão direita.

Imediatamente caminharia até o responsável pela enfermaria e, assim que o encontrasse, faria questão de explicar todo o funcionamento do poder do meu estômago e então diria a minha ideia mirabolante para ajudar a resolver aquela questão da névoa envenenada. Provavelmente tudo o que a Spades precisava para desenvolver um super antídoto era uma cobaia humana capaz de ingerir altas quantidades da névoa sem morrer, ou seja, EU! AQUELE ERA O TRABALHO PERFEITO PARA MIM, KOBAYASHI! EM BREVE TODOS IRIAM ESTAR ME AGRADECENDO POR TER SIDO A PEÇA QUE AJUDOU A RESOLVER AQUELE PROBLEMA! 「GYAHEHE! Seria hilário se essa névoa fosse só o poder de alguém que após ser derrotado iria sumir por completo ao invés dessa sua fantasia de desastre natural que só você irá conseguir ajudar a normalizar…」

- SENSEI! EU POSSO COMER A NÉVOA E AJUDAR A SOLUCIONAR O PROBLEMA! - Repetiria a mesma coisa que havia dito antes só que dez vezes mais empolgado. Como se já tivesse visto aquela cenas várias vezes, Lou balançou a cabeça negativamente, aguardando sentada sobre a cama mais próxima o seu exame.

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O coral de zombaria foi encarado com uma expressão de desinteresse por Musa, analisando os rostos sem esboçar quaisquer reações. Era claro que a estranha representava autoridade para todos, o que se denotava nas represálias que aplicava na platéia.

Encarando-a com olhos fixos, a sereia ouviu-a com atenção, sentindo um leve desconforto com a alta capacidade cognitiva da mulher, experimentando uma sensação estranha de exposição. Sem muito esforço captara a superfície de suas intenções, traçando por si só uma leitura não completamente errônea. Era fato que a Liberatores já não cabia mais nos planos de vida da loira, assim como qualquer outro desvio que a afastasse de seu objetivo de vingança. Sentia que estava perdendo tempo e sua permanência ali apenas alimentava a sensação.

Até que a híbrida decidiu por confiar a ela informações que mudavam levemente o contexto das coisas.

Ainda com o seu HdO ativo, sem perceber um pingo de hostilidade vinda da lunar, Musa escutou-a. Um amargor tomou sua língua ao passo que seu raciocínio captava informações nada estranhas. Para ela não era novidade a hostilidade vinda da Marinha, algo que foi um dos motivadores de sua aproximação com a organização revolucionária. Seu passado negro nascia de uma relação de abuso e escravidão alimentada pela hierarquia opressora da organização, que via em híbridos, como as duas que ali se encaravam, apenas uma inferioridade explorável.

Não respeitavam sua cultura, suas diferenças e seu valor, ataques que acompanharam a sereia ao longo de toda a sua vida infernal na face inversa da ilha de Shell of Eternity.

Como se despertasse na loira gatilhos inevitáveis, o discurso da estranha a pôs em um transe pensativo. Avaliando o peso das informações, Musa mordeu o lábio inferior, respondendo a mulher logo em seguida.

Posso afirmar que tenho motivos profundamente pessoais para me opor a organização, então entendo o que fala. Esse comportamento de exploração e desrespeito não me é estranho. — Foi sincera, apertando as unhas na palma da mão. No fundo também sabia que era o que a desconhecida queria ouvir, dadas as circunstâncias de fraqueza na qual se encontrava. Toda a sua fala indicava que necessitava de ajuda, a qual Musa não veria problema em oferecer se conseguisse o que queria ali: uma forma de retomar a rota rumo ao seu objetivo. — Posso dizer que tenho assuntos a tratar que envolvem o mesmo tipo de embate, embora precise de ajuda para retornar para North Blue. Vejo que uma troca de favores pode significar algo positivo para nós duas.

Propôs à mulher sem baixar a guarda, pragmática como sempre.

Ao notar o sinal para que a acompanhasse, o faria, embora na defensiva. Ainda tinha perguntas para fazer quanto às características da ilha, especificamente o ar debilitante, e detalhes sobre a habitação local, já que pouco sabia de Ithil'thol, porém daria um passo de cada vez.

Mesmo que agora soubesse mais do que antes, nada tirava da sua cabeça que estava em uma posição de desvantagem ali, cercada por semelhantes na escuridão, em um contexto de confronto.

Era desconfiada por natureza.

Característica que a mantivera viva até aquele momento.

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Ao ser devidamente ordenada, mecanicamente, pego uma cadeira de uma mesa próxima, sentando-me ao lado das pessoas que seriam meus companheiros nessa peculiar operação. No lapso temporal oportuno entre meus movimentos, observo ambas as feições, buscando traçar diretrizes para analisar seus perfis psicológicos, a primeira, em vão. No segundo caso, consigo analisar claramente um Mink desesperado; suas emoções, sem a facilidade de uma espiã para camuflar seus próprios sentidos, eram claramente mais perceptíveis. Nath é minha superior, mas não deixo de ter minhas dúvidas sobre ela, ou até sobre o Mink. Mesmo sendo ela minha líder nessa operação, não hesitaria em matá-la — ou morrer tentando — em nome do governo mundial.
 
Sentando-me, impressiono-me com a tecnologia daquele cubo. A marinha sempre esteve ativa na expansão da fronteira tecnológica, e o próprio experimento que me gerou é uma consequência disso. Vi centenas morrerem para me gerar, e mesmo assim, não sinto o que outros tipicamente chamam de “remorso”, ou melhor, é como se eu fosse incapaz de sentir tal sensação, como uma tecnologia falhando em tentar uma aplicação além dos seus limites de hardware e software.
 
Percebo que os meus dois colegas são mais falantes que a média, e por isso mantenho-me calada, somando essa situação com minha personalidade naturalmente introspectiva. Limito-me a chamar silenciosamente um garçom, levantando minha mão e pedindo um lámen duplo. Por um lado, a recomendação da minha senpai representa uma recomendação casual de um gosto pessoal, enquanto o do Mink... um desesperado pedido, sabe-se lá o porquê. No entanto, o ato de clemência não era fruto de um julgamento moral e empático, e sim uma pragmática relação de custo x benefício.
 
Ao chegar no tema da célula revolucionária, olho para o telhado, pensando comigo mesma: uma célula revolucionária consegue realizar algo tão sofisticado? Fumus malus iuris, sinto mau direito, e claramente eu não seria a única. Uma mera célula revolucionária tem características fervorosas, mas logística insuficiente para o deleite do seu ser. Os bodes expiatórios perfeitos para alguém com capacidade de coordenar seus esforços e vontades para o fim desejado. Ademais, permaneço, ao contrário da minha superior, inerte aos resultados insatisfatórios do meu companheiro, limitando-me a analisar a essência das suas falas sobre os acontecimentos e impressões, pouco me importando com o que já foi feito. Para filósofos, estoicismo. Coloquialmente falando, não chorar “leite derramado”.
 
Ao fim da conversa, tenho permissão de questões, e ousadamente — ao menos para meus padrões — ataco pontos que julgo como incoerentes por parte do Mink, dando pouco tempo para processar a múltipla quantidade de frases. Penso e formulo, e ao ter o direito de fala, coloco tudo na mesa. Essa é a forma que fui ensinada a agir, e a fala sobre um nobre supramencionado me deu a oportunidade perfeita para desferir os primeiros questionamentos.
 
— Percebi a fala do senhor sobre a necessidade de manter o Ultred fora disso, para manter o ecossistema. Nathaly, poderia me confirmar a fala do nosso aliado? Qual a influência do Ultred aqui, ou melhor, é suficiente para colocar um espaço tão grande numa mesma névoa? Desconheço o que é Ithil'thol, mas por uma mera análise hermenêutica, percebo que é uma área atingida notável. Colocarei em outros termos: notável para os padrões de uma célula isolada revolucionária, tal como de um nobre de uma ilha. É isso que queiro que a senhora esclareça, senpai. — Além de colocar o Mink contra a parede ao recapitular sua fala sobre Ultred, pergunto implicitamente o que é Ithil'thol, termo ainda desconhecido ao meu vocabulário, que possivelmente remete a um local. — Independentemente disso, preciso de uma última afirmação por sua parte, Nath. Qual exatamente é a missão que tenho, e para cumpri-la tenho permissão de fazer tudo que for necessário, incluindo matar? Preciso apenas dessa formalidade para agir, senpai. — Apesar da gélida apatia que dizem que meu olhar carrega, agora a observo com um olhar implacável, como uma espécie de besta enjaulada.

Alimento-me dos lamens para, além de dar um espaço para a resposta para meus questionamentos, repor meus nutrientes para melhor servir ao Governo Mundial. A operação certamente seria difícil, e mesmo todos os atos ao meu alcance pareciam insuficientes para solucionar a operação. Era como um iceberg; inicialmente pequeno, mas extremamente profundo na área invisível a olho nu.

— Aliás, quais os sintomas encontrados até então nas vítimas da névoa? — Pergunto ao mink. Tenho minhas dúvidas sobre ele. Não algo fruto de uma cognição racional, e sim algo que chamam de... intuição feminina, eu suponho?


Última edição por Yanhua em Qua 29 Mar - 10:36, editado 4 vez(es)

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Seguindo sua investigação em busca por algo que pudesse lhe ajudar, Bartolomeu conseguia escutar alguma coisa que não aparentava ser humana antes de perder sua habilidade, ouvindo algo como um chamado. Aquilo o surpreenderia, fazendo com que seguisse rapidamente em direção ao local, pensando no que poderia ser tal coisa e por que sua super audição não funcionava mais. Pelo caminho o pirata pode notar que a visão ao seu redor já não era a mesma, o chão parecia não ser mais estável e aquela névoa que impregnava toda a ilha, estava tão densa quanto uma parede cinza.  


" - O que está acontecendo? Eu não tomei uma gota sequer de álcool e tudo está tão estranho. " - Se questionaria, percebendo que sua bebida ainda estava inteira dentro de seu paletó. " - Há algo de errado nessa floresta. " - Percebendo que algo estaria muito errado por ali, o jovem médico faria uma máscara improvisada usando um pedaços de sua vestimenta. Bartolomeu acreditava que havia algo causando alucinações, com toda aquela névoa ele não tinha a menor do que poderia ser. Por conta de não ter tido contato com nada além do ar, acreditava que sua melhor chance de se proteger seria se protegendo dele, por isso fez uma máscara rapidamente.


" - Para confirmar minha tese preciso encontrar algum lugar protegido. Seu eu estiver enganado e ter alguma substância tóxica dentro do meu corpo, posso não ter muito tempo sobrando. " - Diria para si mesmo, pensando que suas melhores chances de entender sobre o que estava acontecendo, era encontrar um abrigo. Bartolomeu sem certeza de nada, encontraria uma criatura gelatinosa grande como um prédio, fazendo sons que o pirata não poderia entender. " - O que diabos é isso?! " - Bartolomeu diria, extremamente surpreso com que encontrara. O jovem nunca teria visto algo parecido em toda sua vida, nem nos piores de seus experimentos humanos havia visto tal coisa, ele imagina se aquilo seria fruto de suas alucinações ou era realidade.


Decidido em testar o quão era tudo aquilo, o pirata tentaria arremessar uma pedra ou algo que encontrasse pelo local em direção a criatura. Buscando descobrir se aquilo era realmente uma criatura gigante, sempre segurando seu escudo para se proteger. " - Quem, e o que é você? Eu me chamo Bartolomeu Plantagenta, você me chamo?. " - Diria o homem, mantendo sua postura defensiva. Bartolomeu imaginava que tentando falar com aquilo poderia descobrir se era ou não uma criatura irracional, ou fruto de sua imaginação. Afinal uma criatura maior que um prédio não poderia o entender.  De qualquer forma, o pirata estaria pronto para se proteger com seu escudo caso fosse alvejado.


Se Bartolomeu não obtivesse nenhuma resposta da criatura ou de outra coisa, se afastaria dali lentamente, sempre atento e pronto para se defender. Buscaria encontrar algum lugar que pudesse usar de abrigo.

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— O que exatamente é isso que está pedindo pra eu mexer, meu bem? — Indagaria após o pedido repentino de Michaella, consequentemente explicando o que de fato estara preocupando-a há pouco. Estranharia a possibilidade de um objeto entregue pelos superiores ter um tipo de defeito. Eles são minuciosos demais para poderem permitir algo do tipo. Até um shitpost como eu sei reconhecer esse tipo de coisa. Começaria então a formular uma abordagem relativamente mais sensata, coisa que estou longe de ser. Sendo assim, buscaria encostar no objeto e mexer nele. Se tivesse uma válvula, botão ou coisa do tipo que denotasse estabilização, não hesitando em pedir ajuda à Michaella. Em caso de explosões, colocaria meu braço esquerdo sob o artefato, com intuito de absorver o impacto da explosão e minimizar os danos através do braço mecânico. Vamos perder o Lego Pucci? Possivelmente, mas ficaremos vivas. Eu acho? Se for só um telefone, atenderei no máximo respeito. Talvez assim teremos uma luz pra seguir.

Focalizando na resposta dos peixes, antes ou depois da ação com o artefato, pouco entenderia. Talvez o suposto nome do lugar seja um termo humano, dificultando meu discernimento por conta disso; no entanto, me surpreendera a insinuação sobre a névoa no lugar ter algum tipo de perigo iminente. Nefastos penumbrais? Deixar nós duas lelé da cabeça? Despertar nossos maiores fetiches e desejos sexu... esquece a última parte. Quase me empolguei. — Os peixes estão com medo dessa névoa. Aconteça o que acontecer, apareça o monstro que for dessa névoa maldita, eu vou te proteger. Então, não fique com medo. — Dispararia um sorriso genuíno para minha companheira, tentando tranquilizá-la em caso de desespero e incerteza, mesmo que ela os tenha em grau baixo e não saiba expressar. Eu simplesmente só sei quando ela não está se sentindo bem. É o mínimo que devo fazer como esposa. Evitaria contato físico dessa vez, por medo de machucá-la com o Kairouseki sem querer em um momento emotivo.

Seguidamente, quando tudo estivesse mais tranquilo e resolvido, sugeriria um tour pelo lugar que do pouco que consigo ver, é uma praia. Ainda temos o problema da névoa, mas não podemos ficar paradas. Além disso, caso a névoa cause algum efeito adverso, eu possuo uma possível maneira de mitigar a exposição e / ou seus efeitos. Só não sei se vai dar certo. Preciso esperar. Até lá, passeio. Caso ela aceitasse ir, seguraria sua mão com a minha destra para andarmos juntas. Sem esquecer de pegar o Lego Pucci para ajudar na locomoção. E que o nosso todo poderoso Keel Lorenz nos guie. — Talvez precise usar a sua Mosa Mosa no Mi para consertar o Le Brasserie. Acredito que vá ser necessário para sua saída daqui, linda. — Faria uma leve pausa no meu raciocínio, logo progredindo: — Não sei se consigo te levar até outra ilha nas costas. Então é melhor previnir do que remediar, né? — Faria uma pergunta retórica conforme andássemos. Por vezes grudaria nela igual chiclete, apenas pelo fato de eu ser melosa, e porque a entidade que controla minhas ações acha fofo desvirtuar a personagem do amigo.

Por fim, encerro esse meu turno medíocre com a mesma frase de cada dia. Vou manter minha atenção para potenciais perigos. Fora isso, caminharei até achar alguma coisa interessante nessa praia. E espero que o Father fale o que tô fazendo nessa ilha além de terapia de casal. Ops, dei spoiler do meu enredo. Deixa baixo.

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5º Turno
Horário desconhecido
Temperatura estimada em 18º com presença de ventos


OST :




Spades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Base Subterrânea



Tendo sido, ainda que apenas levemente, afetados pela névoa, Kamui e Kobayashi se encaminham para a ala médica ao que Leonard e Eva seguiam até onde estava o rato responsável pela base. Seguindo o caminho indicado pela moça os dois se deparariam com um novo corredor, maior e com mais salas que o principal. Todas as salas em questão possuíam janelas e pelo que poderiam descobrir, a maioria estava ocupada com pessoas de alguma raça. Ao se aproximarem de partes específicas de cada sala, como portas ou janelas, perceberiam os sintomas de contato com Kairouseki, caso se aproximassem demais.

Os seres inteligentes que jaziam presos não pareciam nas suas melhores condições. Talvez pela proximidade constante com o minério, muitos eram os que pareciam fracos e com dificuldade para sequer permanecerem sentados. Entretanto como poderiam ver em outros cômodos, talvez isso fosse algo positivo. Os que não tinham comido do fruto do diabo se debatiam freneticamente enquanto amarrados a suas camas. Alguns choravam, outros pareciam estranhamente felizes e outros simplesmente bradavam palavras indistinguíveis.

Seguindo caminho os Spades inevitavelmente se deparariam com o fim do corredor e a única sala que parecia segura de se aproximar num primeiro momento. Diferente das outras, a sua construção não envolvia kairouseki e a ausência de sons perturbadores indicava que aquele deveria ser o local que buscavam. Ao abrirem a porta, se deparariam com uma única mulher trabalhando em uma mesa com um computador. A sua direita, uma pilha enorme de papéis, enquanto que a esquerda haviam várias xicaras vazias de café.


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Full


Imersa em sua pesquisa, a doutora só perceberia a aproximação dos dois quando Kamui chamasse sua atenção com um resumo de sua breve estadia em Ithil'thol. Nitidamente cansada e com dificuldade para se manter acordada, a mulher provavelmente perderia o foco se não fosse o comportamento mais... Chamativo de Kobayashi. Ouvindo seus gritos, a mulher escanearia ambos os Spades com um olhar mórbido. Sem dizer nada, ela abriria uma das gavetas da sua área de trabalho, revelando 2 seringas que já continham um líquido rosa.

- Podem aplicar em qualquer área. - Diria com uma voz baixíssima, entregando-as para serem injetadas como quisessem - O cachorro não precisa. A composição da névoa não afeta animais.

Com a mesma falta de vigor ela então apontaria para um armário próximo, indicando o local que as máscaras eram guardadas. Cada um tinha direito a uma máscara, uma regra que, segundo a médica, vinha diretamente de Lin devido a grande demanda. Após uma breve explicação que os dois provavelmente não entenderiam muito bem devido a falta de ânimo e palavras complicadas, poderiam entender ao menos uma coisa simples: aquelas máscaras não resolviam o problema. Funcionando apenas como algo provisório, as máscaras filtravam apenas uma parte das impurezas. Elas possuíam um pequeno compartimento com um pouco de gás oxigênio armazenado, mas devido ao tamanho eles durariam apenas 2 turnos de consumo. Enquanto respirassem do oxigênio armazenado, estariam imunes, mas depois que acabasse os Spades voltariam a ficar suscetíveis aos efeitos da névoa, mesmo que em uma velocidade bem reduzida.

- Eu não recomendo que você faça isso... - Responderia ao ouvir a sugestão de Kobayashi - Eu não sei bem como seu organismo funciona, mas se sua confiança for justificada você deve se dar melhor comendo a névoa do que a respirando, embora eu não ache que isso lhe tornará totalmente imune a todos os efeitos...

Com as explicações terminadas e os itens recebidos, os dois tinham carta branca para agirem como quisessem a partir dali. Ao que passassem pelo corredor principal perceberiam que Leonard ainda não tinha deixado a sala de Lin, o que dava oportunidade para que eles pudessem ir até o refeitório no meio tempo. Caso seguissem pelo caminho indicado mais cedo, perceberiam a guia, Eva, também se dirigindo até o local.


[...]


Paralelamente a isso, na sala de comando, Leonard se aproximava do rato. Vendo mais de perto os monitores, perceberia varias imagens: algumas bases da marinha com soldados de plantão, um restaurante luxuoso que mesmo naquela situação tinha uma fila que dava volta no quarteirão, o porto da ilha, uma gigantesca mansão que não cabia no monitor e mais colossal que isso, em destaque, a imagem da principal atração de Ithil'thol, a Segunda Lua.

Com um sorriso no rosto, Lin ouvia Leonard enquanto bebia de sua taça. Talvez fosse o jeito como o rapaz se portava ou simplesmente a forma como falava, mas alguma coisa parecia ter cativado o velho que, apesar de não aparentar, estava atento a tudo o que o jovem Às falava.

- Ele mencionou algo "grande e brilhante" para você também, não? - Deduziu em um tom confuso, mas sem esperar por uma resposta, prosseguiu - A única coisa que me vem a mente é isso. - Diria, indicando o monitor principal - Há muito tempo é especulado que tipo de segredo essa coisa guarda. Também não acredito que a mensagem de Garret e o timing da névoa não tenham conexão. Não sei dizer se a informação já foi vazada de alguma forma, mas acredito que a névoa seja obra de alguém que quer o mesmo que nós. Dragão ou não, fato é que não se trata de um fenômeno natural e pelo que pude observar nos últimos dias, até a marinha parece estar sofrendo com as consequências disso.

Voltando sua atenção a um computador próximo, o rato colocaria sua taça na mesa ao lado e começaria a digitar alguns comandos. O que surgiria no pequeno monitor era um relatório datado de cerca de 3 meses atrás, onde Garret explicitamente despachava Lin e seus subordinados para começarem a desenvolver instalações e investigar Ithil'thol. Várias informações básicas sobre a ilha e o contexto político no qual ela se encontrava estavam resumidos ali. Desde a rixa entre o Povo da Lua e os estrangeiros que apenas tinham interesse no conhecimento e riquezas que possuíam, até a ascenção de Ultred através de uma possível descoberta envolvendo a Segunda Lua. Se tratando de uma missão importante que havia sido emitida poucos dias antes da convocação para a batalha de Pthumerias, o rato e sua gangue ficaram encarregados de guardarem o forte e aproveitarem a situação para investigar com mais liberdade. Afinal, todos os olhos do mundo agora estavam voltados aos acontecimentos envolvendo Kagutsuchi.

- Eu não sei se Garret antecipou isso tudo, mas o despertar da arma ancestral realmente foi benéfico para nós. - Voltaria a explicar, retomando sua taça - Entretanto, se aproximar da Lua nunca deixou de ser um problema. Dada sua localização, é impossível se aproximar sem ser percebido. Com a névoa agora isso é possível, mas ainda resta o problema do que fazer a seguir.

Simplesmente atacar a lua com força bruta não parecia ser boa ideia, segundo os relatos que tinham sobre a ilha. Não importava o quanto Lin e sua trupe buscassem, a única chance que eles tinham de conseguir a informação que precisavam em pouco tempo era através de Ultred, o único aventureiro que parecia ter tido contato com o tesouro dos nativos. O rato também explicaria que, devido a sua fama ele é um homem que prefere não aparecer em público com frequência para evitar de chamar atenção e também para sua própria segurança, uma vez que boatos sugeriam que os Filhos da Lua também não gostavam da presença do ricaço.

- Para nossa sorte, Ultred estará fazendo uma festa aberta a nobreza da ilha esta noite. Ele tem o intuito de divulgar suas mais recentes descobertas envolvendo a névoa e meios de combatê-la. Acho que é seguro assumir que o responsável por isso tudo também deve fazer uma aparição, a única questão é quando e como. - Explicando seu plano, o rei de espadas abriria uma gaveta de sua mesa, revelando identidades falsas e roupas para um disfarce à rigor - Temos duas opções se você concordar. Primeiramente, o mais óbvio, é se infiltrar disfarçado na festa. Me foi informado que o senhor possuí habilidades para torná-lo invisível, mas graças ao sistema de segurança da mansão é seguro assumir que isso provavelmente não funcionará. Naturalmente, sua armadura precisaria ficar para trás nesse caso.

Ao que terminasse de explicar o plano A, Lin então compartilharia as informações que recebera de sua médica, informando que era possível chegar até a mansão tranquilamente com a máscara improvisada que possuíam. Ela não funcionava tão bem quanto Dawn, dada seu aparência mais compacta, mas dentro da festa não haveria névoa e considerando o tema da festa e a fama de Ultred era possível imaginar que houvessem outros meios de combatê-la escondidos no local.

- A outra opção seria uma infiltração pelo labirinto subterrâneo criado pelos Filhos da Lua. - Prosseguiria, novamente digitando comandos que mudariam a imagem do monitor. Agora, o que parecia ser uma entrada para o subterrâneo era colocada em destaque na tela - Já pude confirmar pessoalmente que essa passagem tem acesso direto a mansão de Ultred, mas não sei exatamente o local que ela deixaria você.

Em qualquer uma das opções que escolhesse, Lin diria que estava disposto a ir com o jovem às para guiá-lo se fosse necessário. Naturalmente, ele também providenciaria um disfarce nesse caso. Diferente do que sua fama de covarde indicava, o rato parecia animado com a missão e preparado para auxiliar seu superior como ele melhor julgasse.








Piratas: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Floresta da Lua



Insatisfeito com o nível de criminalidade nutela do demônio do gás oculto dos tempos atuais, Koichi preparava uma máscara improvisada enquanto dava um sermão no shinobi lendário. Embora o garoto estivesse coincidentemente certo sobre algumas coisas acerca da posição de Momochi, como o fato dele ser burro, o ninja parecia ter outros motivos para seguir seu "benfeitor". Motivos estes que não seriam descobertos agora, com a chegada aleatória do pinguim que não fazia a menor ideia de onde tinha se metido.

O pinguim, confuso com o que foi dito pela Mad Kid, virava o olhar para Momochi em busca de alguma resposta que fizesse sentido. Para ele era simplesmente ilógico que aquele moleque fosse o filho do Rei dos Piratas, rumores assim sequer existiam sem serem acompanhados por várias outras mentiras. Porém, com sua paciência no limite por causa da incompetência de Momochi, a ave não toleraria as ameaças sem fazer nada. Engatilhando seu revólver, ele mostrava que também via o garato como uma forma de extravasar sua raiva.

- Mas que p*** é essa?! - Diria ele num susto ao ver o Despertar da Shen Shen no Mi.

Uma camada de almas sombrias rapidamente se mesclavam com a névoa e todo o cenário da ilha. Diferente do imaginado, as almas penadas apenas atravessavam a névoa como se não fossem nada, expandindo a gaiola e enegrecendo o breu, sem aparentes efeitos além dos visuais.

Com medo do que viria a seguir, a ave imediatamente enegreceu o revólver e suas munições com haki. Sem demora ele dispararia repetidas vezes em sucessão diretamente contra o capitão dos piratas do diabo. As balas, no entanto, seriam magicamente bloqueadas por uma aura negra que flutuava nas mãos de Koichi. Desesperado, o pinguim acabaria descarregando o pente ao passo que sua máscara era roubada sem que pudesse fazer nada. Momochi por sua vez, parecia entretido pelo espetáculo e não demonstrava intenções de interferir a princípio. No fundo ele também acreditava que a conversa com Koichi estava sendo divertida e provavelmente tinha intenções de continuar após aquela apena algazarra.

Descrente com a situação e sem tempo para recarregar, o pinguim começaria a demonstrar intenções de fugir, mas àquela altura já era tarde. A próxima técnica de Shinguji já estava bem debaixo de seus pés, forçando-o violentamente contra o chão. O homem que a ave carregava não estava em condições de resistir a algo daquela magnitude e teve a cabeça (que era a parte mais próxima do pinguim e da técnica) imediatamente esmagada sem resistência alguma, lançando sangue para todas as direções.

- B-base? - Diria com dificuldade ao se lembrar da última fala de Koichi, esperando que aquilo pudesse acalmá-lo antes que sua situação piorasse ainda mais - E-eu posso lhe mostrar onde fica, n-não é muito longe daqui.

Se olhasse para Momochi naquele momento, Koichi veria um sorriso genuíno e inocente na cara do rapaz. O demônio do gás oculto não parecia interessado em interromper o pirata, mas claramente estava atento o suficiente para que pudesse pressentir qualquer ataque contra si.

Antes daquela confusão ele parecia ter interesse em dizer o que Koichi queria ouvir, mas agora, pouco após ter recebido um chute na cara, Momochi não demonstrava a menor intenção de dar a resposta no lugar do pinguim. Talvez, no fundo, ele já soubesse o que viria a seguir.


[...]


De volta a situação do homem-morcego solitário, experienciando os primeiros sintomas do que concluíra que só podia ter sido causado pela névoa misteriosa, Batolomeu agora começava a questionar sua sanidade. Diante desse problema o rapaz imediatamente criaria uma máscara para retardar possíveis efeitos mais graves. O quão útil ela seria apenas o tempo diria, mas ao menos o pirata estava enfim tomando alguma ação.

Nesse meio tempo a slime gigante se aproximava lentamente, ainda emitindo sons que o rapaz era incapaz de compreender. Entretanto, em um momento de desespero de Batolomeu, o rapaz pegava "lama" do solo (afinal o que ele via agora era um pântano) e arremessava contra a criatura desconhecida. Aquilo fez a criatura parar por um momento, aparentemente confusa com o gesto. Não parecia ter lhe causado qualquer dano, a única coisa que o rapaz conseguia ver era o vermelho do corpo do slime absorvendo a lama como se fosse algum tipo de refeição.

- @#$&!

A slime voltaria a gritar palavras indistinguíveis logo em seguida, mas dessa vez, ao ver como o pirata se escondia atrás do próprio escudo com medo, ela não demonstrava mais intenções de se aproximar dele. Contudo, nesse mesmo momento um campo enorme de almas penadas começariam a se materializar a partir do solo lamacento. Batolomeu poderia reconhecer aquilo como os poderes de seu capitão tentando fazer algo, mas a Slime que não tinha a menor ideia do que significava aquilo, pareceu demonstrar intenções de recuar com medo diante daquele cenário macabro.

Se ela havia abaixado a guarda anteriormente, agora a Slime parecia receosa de se aproximar. O que Batolomeu faria diante dessas reações?








CP/Marinha: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cidade da Lua - Fractal



- Algumas pessoas acreditam que os nativos da ilha apenas não atacam fervorosamente devido a presença de Ultred. Eu não sei o que originou esses boatos e eles não me parecem muito confiáveis, mas é fato que Ultred provavelmente é o homem que mais teve contato com os Filhos da Lua e é a pessoa mais influente da ilha. - Nath responderia com um ar pensativo, dando uma deixa para que o Mink a completasse. Ela, afinal, também havia sido despachada para aquela ilha e não tinha mais do que informações superficiais que pôde coletar num pouco espaço de tempo.

Cabisbaixo, Klaus aproximaria o prato com carne de si ao ver que A49 não tinha interesse nele. Após pensar por alguns segundos, ele responderia:

- Pessoalmente eu acredito que os Filhos da Lua veem Ultred como um mal menor. O ódio deles pelo Governo Mundial e a Marinha é nítido, e enquanto ele estiver vivo essa ilha sempre terá um segundo poder nítido. - Suas palavras continham um certo peso pelo cansaço físico e mental. Depois de tanto tempo discutindo com membros da Cipher Pol o Mink parecia desesperançoso de que aquela conversa tivesse algum fruto positivo - Nós nunca nos opusemos no passado, ele geralmente colabora com nossas investigações e até mesmo perguntou se meus subordinados não precisavam de máscaras melhores. Por mais que a névoa possa ser uma tentativa estúpida dele ganhar mais dinheiro e confiança do povo, ainda acredito que nós teremos mais vantagens o mantendo vivo.

Aquela era uma clara discordância das aparentes atitudes de Mugen e das intenções que Nathaly dizia vir por parte do Governo Mundial.

Em seguida, com uma expressão que não escondia sua falta de ânimo por explicar coisas que deveriam parecer óbvias àquela altura, Nath explicaria que Ithil'thol se tratava do nome da ilha em que estavam, e que a névoa atualmente ocupava toda sua extensão, com exceção apenas de grandes ambientes fechados, como a sala em que estavam no momento. Inteiraria também que, independentemente de quem fosse o real responsável, ele tivera tempo para armar o palco.

Uma semana já havia se passado desde os primeiros avistamentos da névoa e desde então ele apenas tem se expandido e ficado cada vez mais densa. Inicialmente o incidente havia sido tratado como algo normal, mas depois de tanto tempo e da descoberta dos efeitos negativos que respirá-la podia causar no organismo, havia ficado claro para todos que aquilo se tratava de uma emergência que precisava ser combatida por todos. Klaus, que julgou mal o surgimento da névoa, contatou o almirante de plantão que para o seu azar no momento era Mugen. Entretanto, como a mulher estava ocupada com as consequências da recente missão envolvendo o despertar de uma arma ancestral, o caso foi encaminhado para a Cipher Pol, assim chegando até Nathaly.

- Nossos pesquisadores apontam que essa névoa parece ter alguma conexão molecular com os poderes de um dragão de lendas antigas. - Revelaria Klaus, já terminando de comer - É possível que o inimigo tenha acesso a uma akuma no mi mitológica, e a névoa seja originada dos poderes dela, mas ainda faltam provas que confirmem essa teoria.

- Dragão ou não, a névoa precisa ser detida antes que o problema continue a escalar. Você tem permissão para matar o responsável pela névoa e quem quer tente lhe impedir, mas não tome medidas drásticas antes que tenha certeza de quem é o culpado. - Explicou, reiterando por fim - Agora nós iremos até Ultred apenas para investigá-lo. Se ele realmente estiver limpo, não faça nada contra ele. Lembre-se que estamos agindo secretamente, chamar atenção desnecessária pode ser inconveniente para o Governo Mundial e para nós.

Em seguida, o Mink pegaria papel e caneta de um bolso e começaria a anotar os efeitos da névoa.

Efeitos Descobertos :


- Ainda não há uma cura conhecida para esses sintomas, mas Ultred parece que irá anunciar algo a respeito hoje em sua festa. - Explicaria Klaus, desanimado - O mais importante é não ficar exposto a névoa por muito tempo. Se você puder evitar isso e buscar tratamento médico rápido é possível tratar os efeitos antes que eles se tornem um problema de verdade.

Com as explicações dadas, Nath mais uma vez repetiria se a garota ainda tinha dúvidas a respeito de algo ou quisesse algo deles. Pelo seu semblante e modo de falar, dava para perceber que ela pretendia partir em breve. Aquela era a última chance que teria para se preparar para a missão.








Revolucionária: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Floresta da Lua - Ruínas



Adentrando a escuridão, Musa perceberia a lunar abrindo caminho pela parede ao mover um pequeno tijolo. Uma passagem secreta, antes impossível de perceber. A construção se moveu sem fazer barulho, revelando um longo corredor sombrio que era iluminado apenas pelas chamas da hibrida. Apesar da idade daquelas ruínas, o local não fedia e parecia bem conservado, não mostrando sinais de envelhecimento ou rachaduras. Depois de alguns segundos caminhando, poderia perceber que estavam descendo.

- Sim, isso é o máximo que eu poderia pedir de uma forasteira. - Responderia à proposta enquanto abria caminho para a sereia saber onde pisava. O corredor era grande, mas não era largo. Assim, não conseguiria deduzir muito das reações da mascarada -  A maior parte do meu povo não deve concordar com a minha decisão, mas você tem minha palavra de que estará segura aqui. Isso, é claro, se você não fizer nada que possa causar a ira deles. - Explicaria ao ver que a sereia ainda mantinha a guarda elevada. Todavia a lunar não julgava Musa, e seu tom de voz também dava a entender que ela concordava com aquela postura. A "mãe" não acreditava que uma amizade floresceria daquilo e ela estava bem com isso; tudo o que importava para as duas era a concretização de seus respectivos objetivos - Meu povo sofre constantemente com a ameaça da marinha tomar nosso lar e sequestros de uma organização criminosa em ascensão. Por isso peço que entenda a desconfiança deles. Apesar de tudo, eu também consigo entender seu lado.

Depois de alguns segundos andando o corredor daria em um ponto sem saída, mas como já era de se esperar, havia outro mecanismo secreto escondido que revelava uma passagem à direita. As duas repetiriam esse processo de checar num falso fim e virarem em outra direção repetidas vezes, como se estivesse num longo labirinto secreto. Musa não conseguiria checar todos os mecanismos mesmo que quisesse, a escuridão e a sutileza dos movimentos da lunar conseguiam mascarar tudo perfeitamente, mesmo diante de outro usuário de haki da observação. Por fim, cerca de 10 minutos após entrarem na passagem, as duas enfim veriam uma luz projetando-se de fendas do que parecia ser uma porta de granito.

A paisagem que se abriria para Musa ao passarem pela porta estaria longe de ser o esperado. Um local subterrâneo que contava com luz própria, repleto de estátuas e verde que compunham um jardim harmônico com as ruinas. O local era colossal e não parecia ter um fim claro, era como se aquilo fosse um segundo mundo. As crianças do céu corriam pelo cenário, brincando umas com as outras enquanto seres de diversas raças trabalhavam em atividades de limpeza e manutenção ou simplesmente interagiam uns com os outros. Poderia notar minks, tontattas, tritões e até mesmo outras sereias. A única raça que não se fazia presente por algum motivo eram onis. Além disso, algo que Musa poderia notar facilidade era o quão puro aquele ar parecia em comparação com a névoa de fora. Não saberia com certeza, mas apenas o mero ato de respirar ali parecia retirar um enorme peso de suas costas e acalmá-la. Era uma sensação simplesmente relaxante e revigorante.

- Não se afaste de mim. - Diria a Lunar ao perceber olhos curiosos sendo direcionados à estrangeira que ela trazia. - Mesmo sendo dos Blues você já deve ter ouvido falar da história da nossa terra, certo? - Sem esperar por uma resposta, ela prosseguiria com sua explicação - Até os dias atuais, Ultred foi o único homem que conseguiu chegar a esse lugar sem se perder ou morrer no caminho. Nós demos o poder e a riqueza que ele tem hoje como recompensa por seus esforços, sem pensar no que isso resultaria no futuro.

As duas caminhavam agora na direção de uma construção que se assemelhava a uma espécie de grande moradia para deixar os olhares curiosos para trás. Em nenhum momento a lunar olharia para trás ou falaria com os outros membros do seu clã. Pragmática, ela parecia centrada em seu objetivo conjunto.

- O que eu quero que você faça para nós pode não ser fácil, mas eu garanto que será recompensador. Se puder nos ajudar, eu farei o que estiver ao meu alcance para auxiliá-la em sua missão no North Blue. - Mesmo a especialização de haki para isso, Musa poderia perceber que a mulher estava sendo sincera em suas palavras. Algo na forma com a qual ela se portava e falava passavam uma imagem de alguém honrada - Eu quero que você nos ajude a salvar a nossa princesa.








Liberatores: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Praia



Aproximando-se do objeto apontado por Michaela, Kamille pressionaria um botão que instantaneamente o faria parar de apitar e começaria a projetar um holograma a partir dele, uma tecnologia que Vesper havia adquirido em sua visita à Rivendell. Aquilo não era uma ligação em tempo real, mas sim uma mensagem gravada pelo revolucionário que havia despachado as duas para Ithil'thol. Não era possível ver muito de suas feições, uma vez que o rapaz parecia se esconder na escuridão quando gravou a mensagem.

Mensagem do Holograma escreveu:
Nossos irmãos de Ithil'thol afirmam terem descoberto uma importante relíquia do passado que outras organizações tem interesse. Devido ao que aconteceu recentemente com a arma ancestral, precisamos que investiguem mais a fundo a natureza da relíquia e, se possível, a obtenham antes que outras pessoas descubram. Na ilha há outra revolucionária que se juntará a vocês, sigam imediatamente até a Capital usando esse aparelho de transmissão como mapa para encontrarem ela. A revolucionária que aguarda vocês guiará e responderá todas as dúvidas que tiverem. O tempo é curto.


A mensagem encerrava bruscamente após convir apenas o necessário para as duas revolucionárias que agora ao menos tinham um objetivo. Não era muito, mas era um começo. Se pondo a trabalhar imediatamente, Kamille deixa o navio e começa a investigar os arredores da praia enquanto Michaela fazia os primeiros reparos no navio. Infelizmente as duas não possuíam meios de ocultação para o barco, mas devido a aparência inofensiva era de se esperar que não ele chamasse a atenção mesmo de ladrões.

Sendo alguém com quem já havia convivido por um bom tempo, Kamille perceberia também uma sutil alteração no comportamento de Michaela. Ela parecia conflitada com alguma coisa, e frequentemente lançava olhares sugestivos a sereia que, mesmo interagindo com ela, não recebia mais do que respostas vagas e genéricas, como se ela quisesse se distanciar um pouco de tanta fofura. Entretanto, não parecia que a Michaela estava irritada com a "esposa".

Investigando a praia, a sirena perceberia alguns buracos de 3 centímetros de diâmetro que estavam escondidos na areia e pareciam expelir mais daquela névoa potencialmente perigosa. Os buracos estavam espalhados sistematicamente ao redor do lugar, oferecendo uma fonte duradoura do "gás". Tirando isso, veria que a praia realmente se tratava de um lugar deserto, sem presença de pegadas ou qualquer coisa que indicasse algum tipo de atividade por perto. Investigando mais a fundo a garota notaria o início de uma floresta e que o dispositivo revolucionário apontava na direção do lugar.

- Pronto, vamos indo? - Diria Michaela ao terminar os reparos do navio.

Contudo, nesse mesmo momento as duas perceberiam o que pareciam ser diversas almas se projetando no chão ao redor da ilha e mais em cima, misturadas com a névoa para formar uma espécie de gaiola ao redor de Ithil'thol. Poderiam reconhecer aquilo imediatamente como obra de uma akuma no mi, mas ao menos por hora o usuário não parecia ter seus olhos nas garotas. Aquilo parecia mais um tipo de habilidade de escala colossal que elas simplesmente estavam tendo o desprazer de presenciar.

Dada a situação, o passeio até a cidade das duas revolucionárias talvez se assemelhasse mais ao de um teste de coragem?








/Off



- Para os que tiverem curiosidade, a maioria dos efeitos da névoa já foram listados em spoiler na parte do Diable. Podem haver mais além desses ou não, talvez, quem sabe? Mas a maioria é aquela. Obviamente apenas o personagem dele sabe dessas informações por hora.

- Sobre máscaras: As máscaras do Ultred, da Marinha e dos Spades são as melhores disponíveis e funcionam de forma similar. As máscaras improvisadas pelo [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] e pelo [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] nesse turno tem eficiência semelhante, uma vez que foram criadas por médicos de mesmo rank com material semelhante (roupas), e são bem inferiores as demais, mas ajudam a reduzir um pouco o contato com a névoa. A máscara do pinguim não é capaz de protegê-los porque, por motivos óbvios do formato do rosto dele, ela é projetada de um jeito diferente que não serve em humanos.

- [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] parei nesse ponto para que você tenha margem pra interagir com o cenário e as falas da Lunar. Você já pode começar a abordá-la com dúvidas.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] próximo turno já narro você na cidade encontrando com o NPC. Se quiser um aspecto visual da floresta é só checar a imagem do início do segundo turno.

- Prazo de 48 horas.

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Nossa grupo se separou e quem acabou vindo comigo foi o representante de classe, mesmo ele tendo o seu jeito explosivo, parecia preocupado com a nevoa, caso contrario, teria seguido outro caminho. A nossa pequena jornada ate a sala da doutora foi um tanto quanto... Estranha, haviam pessoas de varias raças e tendo as reações mais loucas possíveis, alguns não tinham força para nada, já outros, não paravam de se debater. Eu só consigo pensar em duas coisas, eles são prisioneiros da spades e são usados para experimentos loucos (Só a ideia disso já me da arrepios) ou pessoas que tiveram contato com a nevoa à níveis extremos, assim, a medica poderia examinar as reações em cada tipo de corpo.

No final do corredor, havia uma sala sem kairoseki e com um ar mais calmo, só poderia ser a sala da doutora, ela não conseguiria estudar direito com tantos gritos e em um ambiente instável como nas sala anteriores. A sensei parecia ser relativamente jovem, com olhos claro e uma mascara, mas com uma aparência cansada, sua falta de atenção com minha descrição do que aconteceu apenas evidenciou isso. Por sorte, Koba estava lá e é impossível ignorar seu jeito de ser.

- Obrigado! - Falei enquanto aplicava a injeção em min - Sensei, se a nevoa não afeta cachorros, estou seguro? Sou meio mink cachorro - Perguntei para a mulher, suspeito que a resposta seja não, mas nunca se sabe. - Na verdade senpai, sou um hibrido de mink com sireno - Falei respondendo a Kobayashi, a maioria acaba se confundindo qual é a minha raça, melhor explicar para ele. Os membros de rank mais alto da organização parecem ter infomações sobre minha origem, não vejo motivo para esconder isso do senpai, confio nele.

A explicação da mascara não foi das mais esclarecedoras, mas foi o suficiente para min entender que o melhor, é evitar essa nevoa misteriosa, o acessório vai proteger um pouco nas emergência, nada mais do que isso. A melhor opção agora é ir andar em locais fechados ou quem sabe, andar de balão ou algo do tipo, teoricamente em uma altura elevada, estaremos seguros.

- Uma pergunta sensei, quem são aquelas pessoas nas salas ao lado? E outra coisa... Como os spades se locomovem nessa ilha? Eu pensei em andar de balão ou ate um passarro gigante! - Perguntei para a mulher, confesso que estou curioso sobre isso desde que passamos por lá - Vamos para algum lugar, senpai? Muito boa essa noticia que Fou não é afetada pela névoa - Falar para o representante de classe enquanto brincava mais uma vez com a cadela, dessa vez vou uivar e correr atrás dela na sala, vamos ver quem é o rei dos cachorros!

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Alguém havia mentido para mim.

Não conseguia lembrar exatamente quem exatamente, já que provavelmente faziam anos, mas eu lembro que um colega de classe de alguma das escolas por qual eu passei quando menor me contou a história de que a sensei da enfermaria era uma mulherona top 10 mais belas do mundo, que só de olhar pra ela seus ferimentos começavam a sarar. Praticamente uma deusa. Mas, isso não passava de uma mentira... Até porque... Na minha frente... Naquele momento... Tudo o que eu via era uma tampinha que se eu já não estivesse acostumado com as diversas aparências dos alunos da Spades, eu desconfiaria que fosse alguma aluna do primário brincando de médico.

Ter passado por todo aquele corredor com meu corpo pinicando por conta da presença do kairouseki das salas não valeu a pena. Não só não encontrei a enfermeira-deusa da lenda que me foi contada como ainda tive minha ideia de comer a névoa barrada de novo e, pra finalizar, ela sequer queria me vacinar mandando eu mesmo fazer o processo. Pelo menos eu descobri que a Lou não corria perigo por não afetar animais.

- Tsc. Todo o material que eu como é levado ao pé da letra pelo meu estômago. Se eu comer essa pilha de papel da sua mesa, por exemplo, alguma coisa acontece levando em conta os atributos desse papel, algo assim. Nunca comi papel então não sei bem o que ele dá de nutritivo para o corpo humano. Por isso eu queria comer a névoa, se eu for mais resistente que ela cê não acha que eu iria me tornar uma espécie de antidoto contra ela? - Tentei explicar sobre como meu estômago funcionava só por desencargo de consciência. Vai que ela só não sabia exatamente como funcionava e só por isso negou a minha ideia... - A propósito, a última vez que eu usei isso acabei quebrando a agulha com seringa e tudo. Aplica você, maldita, não é você a enfermeira da escola? - Pegando a seringa, a colocaria na frente dela, sobre a mesa onde ela parecia trabalhar aguardando a aplicação da injeção.

Todo aquele papo de máscara me lembrava a última ilha que a Nine havia me mandado onde eu precisava não só usar uma máscara, mas sim um traje inteiro. Eu gostava dele, no entanto. Mas, ainda assim… Era irritante. 「OH? GYAHEHEH! O KOBAYASHI COMEÇOU A SE IRRITAR POR COISA IDIOTA! LOGO LOGO EU VOU PODER TÁ ASSUMINDO O CONTROLE FINALMENTE!」. Pegaria uma das máscaras por precaução, voltando minha atenção para Kamui. Eu não tinha entrado em contato com minks e não sabia muito sobre, então no fim ele ser híbrido sireno com cachorro e humano era algo que eu preferi não tentar entender; ele emanava ser um cara bom e pra mim isso já bastava.

Por mais espírito livre que a Lou fosse, eu sempre gostei quando alguém além de mim brincava com ela. Era importante para ela conhecer outras pessoas e se tornar uma cadela sociável já que todas as vezes que eu tentei ensinar qualquer coisa de combate, ela simplesmente ignorou e lidou como se fosse uma brincadeira… Talvez certos seres simplesmente não nascem para se envolver em qualquer tipo de briga com os outros. Para evitar que ela se animasse demais com aquela brincadeira com o Kamui e derrubasse alguma coisa daquela enfermaria fazendo sobrar pra mim, a chamaria com um leve balançar de cabeça para trás.

- A partir de agora você é a protetora da minha máscara-anti-névoa-tóxica, Lou. Cuide bem dela pra mim, ok? - Diria enquanto prendia a máscara no seu pescoço, cuidando para não apertar muito.

A resposta veio em forma de um latido forte e empolgado, ela adorava receber aqueles tipos de missões simples. A pergunta de Kamui logo em seguida me fizera lembrar do refeitório, provavelmente iria pra lá agora. Depois de tanto tempo comendo comida enlatada de submarino, uns cinquenta pratos de carne agora cairiam muito bem.

- Para o refeitório, kouhai. O refeitório não irá nos trair, eu tenho certeza que lá, à nossa espera, estará um banquete de carnes. Desde as assadas até as fritas, ensopadas e cozidas. Todos os tipos de carne. Iremos para lá imediatamente.

Decidido, seguiria em direção ao local onde os paraiso das carnes nos esperava.

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Ao passo que acompanhava a híbrida, mais à vontade Musa se sentia. Sua guarda, embora ainda bebendo da cognição aflorada do HdO, estava mais aberta, vendo sentido nas palavras inseguras que a mulher transmitia - mesmo que também trouxessem algumas dúvidas.

Infelizmente não me surpreende esse comportamento supremacista da Marinha, já vivi na pele isto, agora sobre esta organização criminosa... — Pausou brevemente, percorrendo a imensidão de corredores enquanto não conseguia evitar um aumento em sua apreensão. Porém sua leitura sobre a desconhecida permanecia inalterada. Talvez a estivesse levando a um lugar verdadeiramente privado. — O que sabe sobre ela?

Paralelamente à caminhada, a loira pensava nos semelhantes que encontrara ao longo do seu caminho. Híbridos, tão plurais quanto as estranhezas humanas. Enquanto seres como elas se amontoavam em esconderijos úmidos e desolados, carregando dentro de si apenas a vontade de viver sua natureza e suas raízes, outros ocupavam posições de poder e os condenavam para sempre à uma vida periférica.

Mesmo que seu rosto não transparecesse nada além de impassibilidade, a sereia surpreendeu-se com os recursos de ocultação daquele grupo. "Esconderijos úmidos e desolados" relembrou, transportando-se mental e brevemente à escuridão da caverna onde ela e a sua família se escondiam.

Ao mesmo tempo em que a luz interna do paraíso pessoal dos híbridos a abraçava, seus pensamentos estavam envoltos por breu.



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"Mana, mana!" A voz de Zeroel, seu falecido irmão, atravessou o ar pesado da caverna. Trazia em uma das pequenas mãos uma concha enegrecida, bela e reluzente, enquanto no rosto um sorriso ingênuo de empolgação formava um arco. "Olha o que eu achei lá perto da nossa pedra da vista!" O lugar era o pico de um rochedo que despontava na superfície do oceano, de onde se podia enxergar todas as embarcações e vida marinha que transitavam sobre e sob a água.

Lembrou-se de olhar para o irmão, com uma carranca de desaprovação, preocupada. "Você não devia ir tão longe sozinho, Zeroel. E que raios é essa concha preta?" Pegando-a na mão, sentiu uma leve textura viscosa. Mesmo que aquilo tivesse despertado dentro da sereia um incômodo inexplicável, a expressão de divertimento no rosto da criança a fez afastar os maus pensamentos. Devolveu a carapaça negra para o garoto com uma das mãos, bagunçando seu cabelo molhado com a outra. "Deixe para lá, só vê se não se machuca, certo?"

Assentindo rapidamente com a cabeça, Zeroel sorriu mais uma vez, jogando a concha no ar e pegando-a logo em seguida, animado. "Vou mostrar para o papai!" Gritou, saindo da gruta.

Viu-se novamente sozinha no ar pesado e melancólico de sua memória, voltando seus olhos para um relatório da ala médica de Shell. Ele, por sua vez, falava sobre deformidades corporais causadas por um líquido estranho que começara a surgir na orla de uma das praias da ilha.



De volta ao seu corpo, envolta por um cenário completamente diferente, Musa deixou-se ficar encantada. Era uma sensação de pureza estranha, que há muito tempo não sentira, misturando-se com o amargor que a memória deixara no seu coração. Vivendo em harmonia, diversas raças se espalhavam pelo recinto, formando um retrato que antes estivera apenas na idealização ingênua da sereia.

Preenchendo o pulmão com o ar leve do lugar, a sereia fez o que a híbrida pediu, seguindo-a de perto enquanto ignorava os olhares. Ouviu a explicação, murmurando um sim sem muita força, extremamente focada nas palavras da mulher e as novas informações que absorvia. Agora envoltas por um novo ambiente, antes da estranha tomar a palavra, a loira aproveitaria a brecha.

O que ocorreu com o bioma da ilha? O que causou a corrupção do ar? — Perguntaria. Após ouvir a resposta da híbrida, ouviria então o seu apelo. Estava distante de sua rota e uma ajuda seria bem-vinda, mas era inegável sua desproporcionalidade em comparação ao pedido de desespero. Afinal, poderia arriscar sua vida no processo.

Porém, ao mesmo tempo, não poderia ignorar o quão justa era a causa, alinhada até mesmo com a ideia que planejara pôr em prática através de sua aliança frustrada com os Liberatores.

Foi então que o rosto de Zeroel tomou novamente sua mente, seguido pelos das crianças felizes, soltas pela paisagem de momentos atrás.

Considere aceita a proposta. — Selaria o acordo mais impulsionada pela motivação do que pelo equilíbrio da troca. Emendaria em seguida, compenetrada. — Agora me diga todos os detalhes que preciso saber.

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A mente de Leonard estava definitivamente aterrada naquele momento. No entanto, ainda optava por se manter em silêncio. Era mais fácil ficar calado do que tentar verbalizar suas eventuais opiniões sobre a situação. Num geral, pode-se dizer que tinha uma má intuição quanto àquela sala em específico. Não conseguia se lembrar exatamente o porquê, mas tinha a impressão de que talvez não fosse tão oportuno compartilhar todo seus conhecimentos e suposições testadas.

Seu nível de autoconhecimento havia melhorado bastante desde o início de sua jornada como caçador. No entanto, ainda havia alguns aspectos que ele ainda não conseguia bater o martelo. Por mais que os motivos parecessem óbvios para quem via de fora, deliberar sobre tais assuntos internamente nem sempre era fácil. Ainda mais quando seu tipo de personalidade é daqueles que evita finalizar assuntos, mas sempre mantê-los em aberto, suscetíveis a mudanças e revisões. Mas, bem, porque provavelmente nunca tinha se dado bem com indivíduos mais barulhentos, como crianças da sua idade, por exemplo, sempre se sentiu mais calmo quando interagindo com os mais velhos. A coisa com eles costumava ser mais séria, comedida, fatores que costumava apreciar. A situação era ainda um pouco melhor quando se tratava de idosos. Afinal, além da calma e paciência muito maiores que as dos adultos, anciãos também costumavam ter assuntos muito mais interessantes a se falar. Por mais que valorizasse conhecimentos atualizados e bem difundidos — coisas que os mais jovens costumavam dominar melhor graças à sua maior afinidade com tecnologia —, em seu âmago, experiência pessoal era simplesmente muito mais genuíno e preciso na hora de dar forma e explicar o mundo ao seu redor. Quer dizer, conhecimentos testados e verificados por outrem, o qual às vezes nem sequer é conhecido dos interlocutores, não soava como algo original o suficiente para Leonard. Era muito mais interessante gerar hipóteses a partir de conhecimentos de ordem mais pessoal do que dessa outra forma tão distanciada. Não que a distanciasse ou a desprezasse, claro. Ainda tinha que reconhecer que o método era senão o principal dos motores que propeliam o conhecimento científico adiante. Entretanto, ainda assim, não era o único motor. E, confiar cegamente em apenas um, era algo que Leonard simplesmente repudiava com todo o seu ser. Ao seu ver, cientificistas eram ainda piores do que negacionistas. E, sem dúvidas, muito mais prejudiciais ao corpo de conhecimento que buscava ajudar a erigir. Isso, porque quando a ameaça é mais óbvia, como no negacionismo, é mais tranquilo de repelir. A verdade, afinal, pode até tardar, mas sempre prevalece. E, quanto mais evidente, mais rápido esse fim tendia a chegar. Já no caso dos fanáticos não-convictos, porém, a coisa era mais complicada, pois mentiras trajadas de técnica sempre eram mais difíceis de discernir e, a longo prazo, mais maléficas.

Sendo assim, apesar da não total confiança inicial, não podia dizer que não simpatizava com o rato. Pessoas calmas sempre lhe foram muito mais agradáveis de lidar. Muito provavelmente porque sempre tinha mais tempo e muito menos perturbação para calcular suas respostas com calma.

— Sim, esta é uma peça a qual compartilhamos nesse quebra-cabeça — com as mãos unidas atrás do corpo, firmemente assentiria com a cabeça. — Conheço bem as especulações acerca de Ultred e suas relações com a marinha. No entanto, pergunto-me se não há algo a mais, algo capaz de inverter o tabuleiro completamente, nessa história. Fosse apenas ouro ou conhecimento proibido, conhecendo o modus operandi do governo mundial, um civil como ele teria simplesmente aparecido morto antes de sequer ficar famoso — prosseguiria, de olhos cerrados e braços cruzados adiante do corpo. — Certamente, algo que não dá para roubar ou simplesmente apagar dos fatos oficiais. O comando da Segunda Lua, talvez? Mas, a meu ver, soa muito improvável. Os boatos e a lógica quanto ao modus operandi de quem deixou essas relíquias misteriosas para trás procedem. Alguma linhagem ou cultura antiga deveria ter sido seguramente encarregada dos seus cuidados, assim como o que aconteceu em Pthumerias. — responderia sua própria pergunta, quase imediatamente. Não estava tão à vontade para compartilhar informações, mas ainda acreditava que soltar iscas verdadeiramente significativas talvez surtisse algum efeito. — Ultred como uma ponte entre a marinha e os Filhos da Lua me soa um pouco improvável. Eles devem abominar o governo mundial e suas instituições, afinal. E, bem, com razão — levaria a mão a nuca, intrigado com a situação. — Mas sim, a conexão entre o timing de Garret e o nevoeiro muito provavelmente está correta. Afinal, a crise pela qual a ilha passa é a névoa. Sem ela, como o senhor bem apontou, não dá para cogitar se mover livremente por essas terras. E, portanto, não há qualquer possibilidade de virar a mesa para outro sentido que não um em que a ocupação da marinha não esteja com a vantagem — de volta a uma postura mais descontraída, voltaria o rosto levemente na direção do líder da base. — Tamanha a significância desse inimigo desconhecido, seria até mais adequado dizer que nós é que somos a terceira via envolvida nesse jogo de poder — prosseguiria calmamente, mas nunca descartando a possibilidade de haverem mais forças envolvidas ou, quem sabe, infiltradas. — Para ser sincero, estou um pouco incrédulo quanto à possibilidade de ter levado só um mês até que caíssemos novamente em disputa por outra arma ancestral. É tolo de minha parte, mas gostaria de acreditar que a chave para tal poder, se é que ele realmente se trata de uma arma de destruição em massa, está bem guardada com os Filhos da Lua — baixando a cabeça em silêncio, buscaria suportar o mal-estar. Pensar em outra batalha como a de Kagutsuchi ainda era lhe era um tanto caro.

Acreditava estar sub-entendido, mas até então vinha procurando alternativas para aquela silhueta que se fazia cada vez mais evidente. Porque a ideia inicial simplesmente lhe era aterradora demais. De qualquer forma, dada a sua posição, teria que se resignar àquele dever. Não poderia deixar que sequer a possibilidade de um poder daquele tipo caísse nãos mãos da marinha ou de seu oponente principal desconhecido. Apesar das pistas apontarem fortemente para aquela hipótese, no fundo ainda torcia para que o poder fosse informacional.

Talvez tivesse se aberto demais. Mas, sinceramente, não se importava. Não deixaria que aquela fraqueza aparente tomasse conta dele para que fosse uma vantagem utilizável.

Após ouvir atenta e silenciosamente — inclusive no âmbito mental —, Leonard não demorou a pensar e verbalizar sua resposta:


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— Apesar de soar mais óbvio, o plano A me parece muito mais eficaz — iniciaria, olhando para baixo de braços cruzados.  — Se o sistema de segurança da mansão é tão avançado, de nada adiantaria tentar invadir a mansão na surdina. Muito provavelmente ainda seríamos pegos tentando nos esgueirar — voltaria o rosto para cima, dando de ombros enquanto caminhava um pouco pelo recinto para aparentemente descontrair. — Sem falar que estar na festa nos daria mais tempo para estudar o sistema de segurança de Ultred e, quem sabe, encontrar formas de andar livremente pela mansão — prosseguiria, voltando à postura normal e levando uma das mãos à face do capacete. — Cumprida a neutralização da segurança, muito provavelmente conseguiríamos investigar a mansão com muita facilidade, dada a distração causada pela festa — deliberaria, apoiando o capacete sob um dos braços, finalmente revelando seu rosto a Lin.

Observaria bem a reação do mink ao que parecesse concordar deixar sua armadilha para trás. Algo que definitivamente não seria preciso, visto suas habilidades de armazenamento. Mas, ainda assim, estava curioso.

— Nesse aspecto, parece ter cuidado [das preparações de forma exemplar — elogiaria, com um leve sorriso no rosto. — Sendo assim… Quem seremos essa noite?  — finalizaria, indagando sobre as identidades.

Quer dizer, elas com certeza eram eficazes como documentos. No entanto, só documentos não bastariam para entrar na festa. Uma história de background seria necessária para que entrassem sem parecer peixes fora d’água. E, a julgar pelo contexto, talvez houvessem papéis da alta classe da Cidade da Lua que valessem a pena interpretar. Nada que fosse famoso demais a ponto de se destacar e gerar dúvidas a ponto de se perguntarem porque nunca haviam ouvido falar. Mas também nada que não fosse relevante de menos para que não se perguntassem o que pé raspados como eles estariam fazendo ali.

— Digo, conheço pouco sobre a sociedade local — ressurgir logo em seguida, buscando elaborar mais. — E precisamos de algo que soe convincente. Mas, como sequer conheço os habitantes daqui, duvido que poderia criar um posto social que não fosse nem famoso e nem irrelevante demais para estar lá. Alguma sugestão? — finalizaria, olhando frente a frente para o Rei de Espadas.

Caso conseguissem acertar todos os detalhes do disfarce, prosseguiria para visitar a médica da instalação local. Já estava com fome àquela altura, mas o dever vinha primeiro. Assim que os assuntos sérios estivessem resolvidos, poderia ir ao refeitório repor suas energias da viagem de submarino.





[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] Sigo sem ter acompanhado o tópico até o up to date, então não sei muito do que não poderia saber no RP. Mas... Como fui eu quem pessoalmente revisou e editou todo o texto de Ithil'thol para que a ilha fosse adicionada ao novo mundo, acho que não estou a fim de mais spoilers do que já sei...

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Como já era de esperar, Gato não era de nada. Apenas um vilãozinho fraco na grande escada de manipulação de Naruto. Se tudo estivesse certo com o cronograma, o próximo que Koichi deveria enfrentar era Orochimaru, seu favorito. Mas antes de dar continuidade em sua campanha para exterminar os vilões da série, precisava resolver alguns problemas com o Pinguim. Ou melhor, descobrir a localização da aldeia do som.

- Ei, seu fudido. I need to see your boss.. Levanta e mostra seu esconderijo. E sem gracinhas ein, você tá com sorte que o encontro com Momochi me deixou de bom humor. - Falou, fazendo uma referência amaldiçoada e crente que havia alguém acima daquele animal estranho. Pela fala do pinguim, ele provavelmente concordaria, e se fosse esse o caso, usaria-o de refém até que chegassem ao destino. Durante o caminho, recolheria a arma usada pela ave e vez ou outra fingiria ter escorregado o dedo para dar um tiro na perna dele ou coisa assim. O garoto achava isso divertido e deveria servir para mantê-lo na linha.

Mas primeiro, faria questão de tentar procurar seus companheiros, levando os dois criminosos consigo. Dado o efeito do genjutsu, era provável que estivessem muito doidos nessa altura do campeonato, mas se fosse o caso, simplesmente os jogaria na sua dimensão particular. Desde que tivessem feito bom uso do tempo antes do genjutsu agir, Koichi não ficaria irritado, e o garoto esperava que esse fosse o caso.


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- Gyokuken, Kon. - Summonaria o cão divino. Não esperava ter que usá-lo tão cedo, mas guiar-se na névoa estava fora dos seus talentos, e quanto mais demorasse a agir, maior a chance de perder membros do seu bando. E isso era algo que ele não almejava, tanto porque diminuiria seu poderio bélico e também, em menor grau, porque minimamente se importava com eles. - Hora de trabalhar, seu vagabundo. Ache o paradeiro do Noah, Kraven e Bato. Vocês dois, sigam-me. - Ordenou enquanto chutava o estomago do coitado do bichano. Se algum dos dois negasse ou fizesse corpo mole, o arrastaria com Kurouzu.

Se alguma ameaça surgisse, usaria um único Ghoul para lidar com o problema, usando chutes ou pontapés. A gaiola também seria desativada, por via das dúvidas
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O pirata poderia perceber que a lama arremessou contra a criatura fora absorvida por ela, ele então entenderia que ela realmente era gigante. " - Essa criatura é realmente gigante, ela deve absorver tudo que entra contato com ela. Podendo assim, aumentar seu tamanho. " - O jovem teorizava em sua cabeça. Recuando com medo de ser atacado, Bartolomeu também poderia perceber que a criatura responderia seu chamado, porém não podia entender nada do que ela falava, o slime aparentava falar em alguma língua especial que o protagonista não conhecia. Além disso a criatura também parecia entender que o jovem estava com medo, não se aproximando mais do mesmo. Bartolomeu imaginava qual era o motivo para tal, devido a sua aparência o pirata pensava que a criatura fora criada a partir de experimentos feitos em laboratórios. O protagonista estaria animado para descobrir o que originou tal criatura, e se haviam arquivos sobre tal feito. Ele imaginava se poderia replicar o mesmo.


Seguindo os acontecimentos, o protagonista poderia perceber os grandiosos poderes de seu Capitão Koichi. As almas penadas da fruta do diabo de seu capitão começavam a surgir por todo o lugar, aquilo aparentava assustar a Slime que aparentava se preparar para deixar o local. Bartolomeu aproveitaria dessa deixa para fugir do local, o pirata gostaria muito de adquirir uma amostra de tal criatura, no entanto tinha medo dos efeitos do ar daquele local, então buscaria um local que pudesse se proteger. O protagonista então novamente ativaria suas heranças de eco-localização e super audição e tentaria achar um lugar que aparentasse ser fechado, podendo testar então sua teoria sobre o ar do local estar contaminado. De qualquer forma o pirata não tardaria a começar a se mover, e tentaria rapidamente encontrar um local fechado. Caso detectasse um barulho ou vozes pelo caminho iria verificar. Bartolomeu se protegeria com seu escudo caso fosse alvejado por alguma coisa. 




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Quando não neutralizados pela raiz antes de gerarem frutos, todo o regente quer manter o status quo necessita de constante diálogo com grupos e institutos que possam trazer desequilíbrio ao jogo de poder, ou constantemente oprimi-los para evitar maiores danos, já que, uma vez organizados, fervorosos dissidentes são dificilmente eliminados. Nosso trabalho é evitar que eles cheguem nesse ponto, ou ao menos, caso cheguem, utilizar de todos os meios para cumprir nossas missões.

Isso é enraizado no meu DNA. Algo inato, como o cacarejar de uma galinha ou o sibilar de uma serpente. Nós trabalhamos nas sombras, nas conspirações. Ao contrário do que Ultred ou qualquer outro déspota pensa, a única certeza do equilíbrio é o desequilíbrio, tal como a única certeza do desequilíbrio é o equilíbrio. Não há inércia nos governos, mas uma dialética mortal. Nem paz com os filhos da lua, e sim o completo extermínio de uma das partes. A única certeza do cessar-fogo é o fortalecimento das partes e um futuro derramamento de sangue após uma Guerra Fria.

Suspiro, dando um acom um aceno com a cabeça para baixo após as falas da minha superior, além das informações dadas pelo Mink acerca dos efeitos colaterais da névoa. Precisão e delicadeza, mister para uma multifacetada e volátil missão, além de parte fundamental dos meus estilos de combate e conduta, são extremamente afetados. Sem tempo para praguejar ou, na melhor das hipóteses, deprimir-me, prontamente respondo à fala da minha superior. Minhas dúvidas, até então sanadas, novamente despertam com a fala sobre um dragão lendário numa conjectura que não tarda a percorrer meu imaginário.

— Tenho uma dúvida, senhor. — Dirijo-me agora ao Mink. — Os Filhos da Lua. Qual tipo de povo eles são? Ou melhor, qual sua conexão com o dragão lendário que o senhor mencionou? Ele se liga, se alguma forma, com seus objetivos? Além disso, por que eles agem? Preciso de todas as informações que possam ligá-los ao dragão, uma vez que essa seria a pior possibilidade possível, e preciso me preparar para o pior.

Trata-se de algo assaz comum nativos reverenciarem totens divinos, porém, com a possibilidade da existência de um usuário portador de uma Fruta do Diabo que lhe proporciona o poder de se transformar num dragão, preciso compreender o cerne da questão: de qual tipo de civilização estamos falando? Qual seu Modus Operandi? O que o dragão representa? São revolucionários céticos materialistas ou espirituais? Tudo isso é essencial para a compreensão e execução da missão.

— Sem mais dúvidas, Nath-senpai. Podemos prosseguir.

Ainda insistindo, mesmo que inconscientemente — até o término da primeira oração — consinto com o avanço para a próxima etapa da missão, além de atentar-me à reação da minha superior ao pronome de tratamento formal. Mesmo que consciente da dispensa das formalidades, formalidades essas que algo, como se fosse parte do meu DNA, me tornasse incapaz de contestar, ou ao menos relativizar, mesmo que casualmente. Nesse caso, o que devo obedecer? As diretrizes hierárquicas dadas por mim pela Cipher Pool ou as ordens de uma superior, que também está à mercê do mesmo regimento? Ao chocar com regras, as obedeço, mas e quando as regras colidem? Mesmo que no meu âmago, sinto-me insegura sobre essa questão, ao ponto de sentir o embrulhar do meu estômago.

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— Aaaaata, agora temos um objetivo e não vamos só seguir um roteiro aleatório que alguém sentado numa mesa tá escrevendo. Melhor assim. — Balbuciaria em reação à aparição do holograma, que explicara nosso objetivo e nos dara um rumo. Por segundos tentei mentalizar o que deve ser a tal relíquia, mas simplesmente deletarei essa ideia da cabeça por ora.

Utilizando o dispositivo entregue pela Liberatores para que possamos mapear onde estamos e saber pra que lado ir, iniciaria as primeiras movimentações de exploração. Isso enquanto Michaella tenta reparar o navio aos poucos, coisa que eu pararia pra admirar por instantes. — Você é boa com as mãos. — Elogiaria Michaella ao passo em que observasse ela consertando o Le Brasserie. Talvez com malícia, talvez não. Vou deixar sua imaginação decidir; continuando, Michaella parece incomodada com algo. E o que me incomoda em sua atitude é o fato dela não me contar o problema. Isso me faz pensar: — Será que o problema é comigo? Eu fiz algo de errado? Ela enjoou de mim e não me ama mais...?! — Indagaria com certa paranóia, já criando cenários em que tudo dá errado em nosso relacionamento na cabeça.

Ainda preocupada, mas tentando conter a ansiedade, continuaria minha exploração — mesmo com pensamentos ruins martelando minha cabeça, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da missão e minha relação com Michaella. Eventualmente descobriria fatores geográficos da praia, ainda querendo saber a origem e efeitos da tal névoa maligna. E pouco mais a frente, com ajuda do dispositivo, encontraria uma floresta. Aparentemente o caminho que devemos seguir pelo fator "Tá apontando pra esse lado. O mestre quer me matar sabendo que vou entrar sem medo ou ele deu essa opção apenas por benevolência mas imaginando que eu me "desesperaria" pelas paranóias acerca da possibilidade de algo ou tudo dar errado pra eu poder desenvolver minha personalidade e testar minha resolução de problemas pra ganhar nota no final da campanha".

— Quando quiser, moça de beleza excepcional, dona deste monumental par coxas. — Responderia a indagação de Michaella, que me faria inibir os pensamentos negativos por enquanto. Andar ao lado dela será ótimo como sempre, embora ainda me preocupe com sua saúde mental. De qualquer forma, devido meu amor e carinho por ela, tentarei fazer com que se sinta mais confortável. Talvez deixá-la a vontade para contar o que a incomoda tanto; enfim, buscaria seguir sem muita enrolação. Já enchi muita linguiça nesse parágrafo.

De repente, veria almas saindo do além e uma gaiola misturada com a névoa. — Oh, será que são almas de humanos? Se sim, que sofram eternamente. Imundos. — Balbuciaria, deixando escapar meu lado racista de ser, fitando as almas de soslaio, emitindo um brilho de desprezo para com humanos, mas sem esquecer daqueles que me criaram, claro. Provavelmente vou ser cancelada e / ou a Michaella vai ficar com um pé atrás comigo devido minha frase, mas... — Você não é humana, vida. É uma deusa. Aquela que ilumina meus dias sombrios. Nunca te compararia com esses lixos. Bom, quem será que fez essa gaiola? Isso ressalta que não estamos sozinhas. E aliás, não nego que ficar presa só eu e você não é uma ideia ruim. — Elucidaria à minha companheira, tentando não deixá-la insegura, mas com a entidade sentada em uma cadeira que me controla sabendo que provavelmente vai. Espera, do que eu tô falando de "Entidade sentada em uma cadeira que me controla"? Eu quem tomo minhas decisões. — Ou talvez realmente tenha alguém me controlando?! Calma, do que eu tô falando? — Com um dedo no queixo na primeira indagação, me sentiria confusa na segunda. Nem eu, nem o Chupa-Cu e nem o Bills sabemos que pira minha foi essa. — Espera, quem é Bills? — Indagaria pela última vez.

Depois das minhas trocentas maluquices sem contexto e finalidade; quando tudo estivesse tranquilo, tentaria seguir com Michaella pelo caminho que indica o dispositivo revolucionário, tomando cuidado pra não tropeçar em algum galho, cair e quebrar o objeto. Manteria a atenção para possíveis perigos escondidos na floresta, pedindo para que Michaella nos guie com seu Haki da Observação. No entanto, caso minha companheira tenha um surto, TPM ou qualquer outro tipo de problema de personalidade e resolva me atacar, não hesitarei em tentar contê-la com o braço de Kairouseki e acalmá-la. Se não, apenas seguirei na mó paz.
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